Modo de fazer Bonecas Karajá ganha Plano de Salvaguarda do IPHAN

O documento foi produzido após um extenso trabalho de mobilização coordenado conjuntamente pelas equipes técnicas das superintendências do Iphan nos estados de Mato Grosso, Tocantins e Goiás.

Foto: Telma Camargo da Silva

No ano em que a Política Nacional do Patrimônio Imaterial completa 25 anos de história, os Saberes e Práticas Associados ao Modo de Fazer Bonecas Karajá e o Ritxoko: Expressão Artística e Cosmológica do Povo Karajá, registrados como Patrimônio Cultural do Brasil em 2012, ganharam um Plano de Salvaguarda, instrumento fundamental para a gestão dos bens registrados como Patrimônio Cultural Imaterial. 

O documento foi produzido após um extenso trabalho de mobilização coordenado conjuntamente pelas equipes técnicas das superintendências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nos estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins e do Departamento de Patrimônio Imaterial, com lideranças indígenas do povo Iny Karajá de mais de 20 aldeias da área de abrangência do bem cultural.

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Plano de Salvaguarda  

O plano de salvaguarda apresenta as iniciativas de proteção de maneira estratégica, os objetivos e o planejamento de ações a serem desenvolvidas a curto, médio e longo prazo, a fim de promover um amplo alcance da política de salvaguarda, a qual deve, também, estar sempre articulada a outras políticas públicas.

Mas quem elabora um plano de salvaguarda? Como diagnosticar políticas públicas e ações de salvaguarda? Essas e outras perguntas são respondidas no Manual de Elaboração de Planos de Salvaguarda, publicado pelo Iphan com versões em português e espanhol.

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Saberes e Práticas Associados ao Modo de Fazer Bonecas Karajá

Denominadas na língua nativa ritxoko (na fala feminina) ou Ritxoko (na fala masculina), as bonecas Karajá são consideradas representações culturais que comportam significados sociais profundos. Com motivos mitológicos, de rituais, da vida cotidiana e da fauna, são importantes instrumentos de socialização das crianças indígenas que, brincando, se veem nesses objetos e aprendem a ser Karajá.

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De acordo com o parecer técnico que reconheceu o bem cultural como Patrimônio Cultural do Brasil, em 2011, e inscreveu o Ofício e Modos de Fazer as Bonecas Karajá no Livro dos Saberes e a Ritxoko: Expressão Artística e Cosmológica no Livro das Formas de Expressão, os Karajá dedicam-se à pesca, à agricultura e ao artesanato.

A cultura material Karajá abrange técnicas de construção de casas, tecelagem em algodão, madeira, palha e cerâmica, a única ou a mais importante fonte de renda familiar.

*Com informações do IPHAN

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