Fui demitido (a). E agora?

Neste artigo, vamos falar sobre o que fazer após uma demissão: o primeiro passo, a quem procurar, como abordar profissionais-chaves e onde achar vagas. 

A crise junto com a pandemia agravou a situação do desemprego na região amazônica em todos os setores de mercado, inclusive no Terceiro Setor. Muitos contratos de trabalho foram suspensos temporariamente e outros encerrados de forma definitiva. Esse cenário requer algumas ações diferentes por parte do/a profissional que está agora em busca de recolocação.

Neste artigo, vamos falar sobre o que fazer após uma demissão: o primeiro passo, a quem procurar, como abordar profissionais-chaves e onde achar vagas.
(Foto: Reprodução/Internet)

O primeiro passo

A primeira ação que devemos tomar depois de uma demissão é entender o nosso perfil perante a última experiência. Algumas informações como tipo de cargo, segmento de empresas que atuou e tipo de perfil necessário para esse segmento são os três pontos focais para isso. Um exemplo:

João foi Assistente Técnico de Manutenção em uma empresa de mineração. Assim que houve a demissão, começou a procurar em todos os tipos de empresas, em qualquer segmento que fosse. Com isso, disparou vários currículos sem um alvo ou direção correta. A tendência é que João não consiga se recolocar em um tempo interessante, ocasionando uma longa demora para as buscas. Considerando isso, como o João pode reduzir esse tempo pelas buscas de vagas? É simples:

– Ter em mente que quantidade de envios de currículos não aumenta a probabilidade, mas sim o desperdício de tempo. Dois alvos são mais fáceis de acertar do que 100 ao mesmo tempo. Dessa forma, é necessário ter foco nas buscas. É melhor gastar 30 minutos com uma única abordagem sendo feita de maneira eficiente do que um dia inteiro distribuindo currículos que nem sempre vão chegar aos responsáveis de fato.

– Ele deve listar todas as empresas que são similares do setor de mineração, mapeando os tipos de fornecedores que atuavam, os compradores e empresas que possuem maquinários e equipamentos parecidos.

– Mapear todas as empresas de terceirizações e recrutamento e seleção da região. Normalmente são empresas que possuem muitas vagas e que têm o poder de incluir o/a profissional no processo seletivo.

A quem recorrer?

A melhor forma de fazer contatos é investir nas redes de contatos particulares e redes sociais. Elas têm um grande poder de retorno positivo e que pode gerar grandes frutos. Dentro desse universo, temos algumas boas alternativas:

– Contatos antigos de escola, faculdade ou de cursos realizados: normalmente são contatos que deixamos de lado. Quando terminamos a escola, ou faculdade ou algum curso, em muitos casos cada um/a vai para o seu canto e se esquecem. Entretanto, são pessoas que estão próximas do nosso rol de contatos, que conhecem outras pessoas e empresas, e que podem facilitar um processo de recolocação para nós. Por isso, é fundamental que tenhamos essas pessoas em nosso radar, com a cautela de não criarmos a sensação que estamos procurando apenas porque estamos precisando de algo. O interessante é manter contato contínuo com essas pessoas.

Achando as vagas

Os níveis de vagas têm características diferentes para a forma que será usada nas buscas por elas. Alguns recursos funcionam muito bem para um nível hierárquico e não para outro, fazendo que tenhamos o foco exato para termos sucesso para acharmos as oportunidades.

– Grupos de whatsapp: normalmente é um meio que possui publicações de muitas vagas operacionais. É um tipo de recurso que proporcionalmente não tem eficiência para vagas com níveis gerenciais, que possuem a característica de serem trabalhadas de forma confidencial.

– Sites de empregos: são tantos os sites de vagas que não sabemos qual exatamente funciona de forma eficiente, mas ainda são meios que podem gerar bons frutos. Alguns deles possuem um teste de 7 dias gratuitos, outros são diretamente pagos com vendas de pacotes. Ainda sobre eles, há um equívoco por parte de alguns profissionais sobre a forma que as oportunidades podem ser geradas por esse meio: apenas ter o cadastro não significa que as empresas vão nos buscar. Assim, é necessário que usemos tempo para acompanhar as publicações de vagas novas, atualizando informações, não deixando qualquer possibilidade de dados obsoletos. Recentemente, fizemos um estudo que mostra que 57% de profissionais não atualizam informações em situações de mudanças de contatos, endereços, cidades ou funções. Com a falta dessas novas informações, podemos deixar lacunas na leitura para quem estiver recrutando.

 Como abordar profissionais-chaves?

A abordagem é um fator que funciona muito bem em muitos aspectos, seja profissional ou pessoal. Entretanto, é necessário entendermos o contexto da situação, para que assim não cometamos erros como abordagens invasivas, com um nível de intimidade desnecessário e de maneira informal. Vamos a exemplos práticos disso?

O que não fazer:

– Tem emprego aí? Quero mandar meu currículo.

– Tem vaga aí? Preciso de emprego.

– Quero enviar o meu currículo. Qual o e-mail?

Como fazer:

– Tomei conhecimento de um processo seletivo com vocês para a função de ………….., e gostaria de me disponibilizar para participar da concorrência. É possível?

– É possível participar de um processo seletivo com vocês?

– Gostaria de enviar o meu currículo para vosso banco de dados, e assim ficar disponível para demandas futuras. Tenho muito a contribuir.

As últimas abordagens focam em estratégias de indução de aprovação/aceitação por parte de quem vai receber. É fundamental que tenhamos formas diferentes de abordar profissionais recrutadores/as e gestores/as, esquecendo os clichês que muitas pessoas já fazem.

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

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