Com o tema “Suco de cupuaçu (Theobroma grandiflorum) como veículo para administração do probiótico Lactobacillus platarum Lp62: otimização, potencial antioxidante e estabilidade”, Lucas se organiza, agora, para a publicação do trabalho em uma revista científica.
De acordo com o discente, todo o levantamento começou em março deste ano, finalizado após aproximadamente 8 meses: “O trabalho é baseado na produção de um suco fermentado de cupuaçu, utilizando uma bactéria probiótica, ou seja, um micro-organismo que influencia positivamente na saúde de quem ingerir. Basicamente passamos uns 8 meses trabalhando esse experimento, realizando a produção do suco, fazendo o processo de otimização da fermentação e diversos outros testes de qualidade, referentes ao potencial antioxidante, e nosso resultado foi bastante otimista”.
Segundo dados da pesquisa, o suco de cupuaçu com a adição da bactéria teve um aumento significativo na quantidade de antioxidantes. São essas substâncias que contribuirão com a saúde e bem-estar dos consumidores. A bactéria também consegue inibir outros micro-organismos causadores de doenças. O pesquisador assegura que o lançamento de um produto a partir do suco do cupuaçu deverá ocorrer, inicialmente, em nível regional. “Com essa finalidade, esse produto a partir do suco de cupuaçu, até então, é inédito. Já existem outros, mas com uso de outras frutas. Pretendemos fazer esse lançamento, a nível regional, se tudo der certo, em pouco tempo”.
Orientação
O TCC foi orientado pelo professor Dr. Thalis Ferreira dos Santos e coorientado pela professora Dra. Débora Kono Taketa Moreira, vinculados ao Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) e Instituto de Saúde Coletiva (ISCO), respectivamente, da Ufopa.
O professor Thalis assegurou que o próximo passo será “otimização para garantir o melhor sabor. Para isso, faremos uma análise sensorial, tipo fazer com que as pessoas experimentem e vejam se gostam, se não gostam, se está ácido, se está amargo, se está doce etc. Tentar fazer esses ajustes para chegar em um produto que possa ser comercializado. A gente vai estudar, ainda, qual a forma de apresentar esse produto, que pode ser um suco em pó ou líquido, em caixinha. Ainda não sabemos, mas o importante é que já temos um protótipo de um produto que a gente sabe que tem potencial para ser utilizado”.
Thalis explicou que o suco de cupuaçu em conjunto com a bactéria probiótica tem o potencial de promover melhorias à saúde humana porque pode, por exemplo, contribuir na inibição do envelhecimento precoce, de doenças crônico-degenerativas, ajudar na prevenção do câncer e de doenças do trato intestinal, entre outros benefícios: “A gente descobriu que essa nova forma de apresentar o suco de cupuaçu faz bem à saúde, em vários aspectos. Só precisamos, agora, dar continuidade aos trabalhos para viabilizar o produto e a melhor forma de disponibilizar isso no mercado”.
A defesa de Lucas Alvarenga da Silva foi muito elogiada pelas professoras Katrine Rabelo e Graciene Fernandes, ambas da Ufopa, que fizeram parte da banca de avaliação e não pouparam incentivos à continuidade do trabalho.