Conheça os benefícios do açaí, o alimento-remédio da Amazônia

Anti-inflamatório, anti-câncer, contra malária, proteção do cérebro contra o Alzheimer, e uma grande lista de benefícios que fazem do açaí, um alimento-remédio

 Nilson Chaves já cantava: “Põe tapioca, põe farinha d’água, põe açúcar, não põe nada, ou me bebe como um suco, que eu sou muito mais que um fruto, sou sabor marajoara, sou sabor…”

No maranhão é juçara, mais aqui para o norte é conhecido como açaí. O “ouro negro” da Amazônia é uma superfruta com o título de fruto mais completo do mundo, inclusive pela sua composição química.

Antioxidante é apenas um dos inúmeros benefícios que o açaí apresenta. O que foi constatado por um estudo desenvolvido pela Universidade de Arkansas (EUA). 

Foto: Divulgação / Agência Pará 
Anti-inflamatório, anti-câncer, contra malária, proteção do cérebro contra o Alzheimer, e uma grande lista de benefícios que fazem do açaí, um alimento-remédio, como afirma o professor doutor Euler Esteves Ribeiro.
“O açaí é como um alimento-remédio que é usado pela população contra problemas gastrointestinais, vermes, disfunções de coagulação, envelhecimento da pele e dos órgãos, anemias, anti-malária e como energético utilizando não somente o fruto, mas também a casca do tronco e as folhas da palmeira”, disse.
Para estudar os benefícios do açaí, existe uma parceria entre a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) através da Universidade Aberta da Terceira Idade (UEA-UnATI), Universidade Federal de Santa Maria e Universidade de Toronto, no Canadá. 

Foto: William Costa / Portal Amazônia

Dieta Amazônica
O doutor Euler que também coordena as pesquisas feitas com o açaí na parceria das universidades através da UEA, ressalta a importância do fruto na dieta do amazônida.
“Segundo dados de 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Maués, interior do Amazonas, 1% da população está acima de 90 anos, quando a média mundial nessa faixa de idade é de 0,5%. Fomos pesquisar todos os vieses favoráveis ao envelhecimento. E chegamos a alguns dados como: eles fazem muito exercício, como não tem eletricidade eles dormem mais, e ganham mais energia, além da solidariedade e principalmente a dieta, com mandioca, peixes e frutos da floresta” disse. 

Foto: Divulgação / Agência Pará
Ainda segundo o professor, todas as condições nutricionais da alimentação desse ribeirinho foi pesquisada.
“Chegamos a algumas conclusões, dentre elas, saber que o peixe jaraqui tem mais ômega 3 que o salmão. Os ribeirinhos amanhecem o dia tomando o guaraná, comem castanha na alimentação, o camu-camu, que é o fruto mais rico em vitamina C do mundo, além de comerem o açaí todos os dias”, disse.
O trabalho desenvolvido com os ribeirinhos, avaliando as propriedades nutricionais da dieta amazônica, rendeu prêmios ao grupo de pesquisa, dentre eles, o Prêmio Saúde da Editora Abril, que segundo o professor Euler é um grande avanço para a área de neurologia.
“Fomos agraciados com o prêmio, concorrendo com 116 pesquisadores brasileiros e estrangeiros, descobrindo fatores próprios do açaí, que são antioxidantes por excelência, são capazes de modificar favoravelmente as alterações que possam ocorrer nos neurônios cerebrais. A pesquisa já está sendo realizada em humanos, com pessoas depressivas, com bitonalidade de comportamento, e até demência de Alzheimer”, concluiu.
As pesquisas com o suco do açaí mostram, em simulação, que já é possível reverter os efeitos nocivos nas células, possibilitando alivio dos sintomas de distúrbios psiquiátricos. 
Foto: Divulgação / Agência Pará
 
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