Na madrugada desta segunda-feira (7), houve outras três tentativas de incendiar veículos em cidades do interior do estado, mas as ações foram impedidas pela polícia.
O secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, afirma que os ataques são uma reação de bandidos à instalação de bloqueadores de celulares nas unidades prisionais da capital acreana, há cerca de um mês.
“Esse evento ocorreu em razão, obviamente, da instalação de bloqueadores de celulares. Nós, de maneira nenhuma, vamos reduzir a intensidade dos bloqueadores. Pelo contrário, pretendemos aumentar”, disse ele.
De acordo com Farias, o bloqueador cria um campo magnético sobre o presídio, impedindo qualquer comunicação, via celular, com o mundo externo. O secretário disse ainda que esta é a medida mais dura adotada pelo Estado contra o crime organizado, nos últimos dez anos.
“No raio em que está situado o presídio nenhum celular faz contato nem via SMS, nem WhatsApp, nem ligando pra nenhum outro celular no meio exterior. Isso [presídio] pra nós é o escritório do crime. É de onde partem as principais ordens de execução, roubo, furto, para os demais delitos que ocorrem tanto no estado do Acre quanto no estado brasileiro”, disse.
Por causa das ocorrências, a circulação de ônibus ficou reduzida na capital acreana durante o fim de semana, mas, de acordo com o secretário, toda a frota está transitando normalmente nesta segunda-feira.
Para evitar novas ocorrências, a segurança em Rio Branco foi reforçada e 23 líderes de facções criminosas foram postos em isolamento durante o domingo, dia de visitas.
O Acre tem cerca de 5.500 detentos. 80 por cento da população carcerária do Estado está dividida em dois presídios na capital Rio Branco.