Na manhã desta sexta-feira (21), foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) a operação Forte do Castelo, para desarticular a atuação de um grupo de pessoas vinculadas ao ex-prefeito de Belém (PA), Duciomar Costa (PDT) que são suspeitos de desviar pelo menos R$ 400 milhões de recursos públicos e fraudes em processos licitatórios.
Estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 5 mandados de prisão nos estados do Pará, São Paulo e Belo Horizonte.
De acordo com informações do portal UOL, o ex-senador e ex-prefeito de Belém, Duciomar Costa foi preso na manhã desta sexta-feira em sua casa, e já está na sede da Polícia Federal do Pará. Segundo investigações, os crimes ocorreram entre os anos de 2005 e 2012, quando “Dudu” era prefeito na capital paraense.
De acordo com a Receita Federal, que também atuou na operação, o grupo criminoso agia principalmente direcionando licitações e contratos para pessoas jurídicas ligadas a parentes e ex-funcionários de políticos e servidores públicos, cujas empresas passaram a receber recursos da prefeitura Municipal de Belém, grande parte originária dos cofres da União.
Segundo o órgão, em alguns casos, as empresas vencedoras das licitações subcontratavam outras empresas e essas subcontratadas efetuavam os repasses de recursos aos integrantes do grupo criminoso, “tudo com o provável intuito de dificultar o rastreamento em fiscalizações”, diz a nota da PF.
Laudos e auditorias dos órgãos envolvidos na investigação mostram fortes indícios de fraudes. O dano ao erário já identificado pela Força-Tarefa é de pelo menos R$ 400 milhões.
A operação foi deflagrada pela PF em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). O nome da operação faz referência a um conhecido ponto turístico da cidade de Belém, fortaleza construída no século XVII com o intuito de oferecer proteção ao povo contra eventuais saqueadores.