Censo Demográfico: quilombolas rondonienses tem idade mediana um ano a mais que população total

Na região norte, o maior índice de envelhecimento dos quilombolas foi apresentado por Mato Grosso (76,93) e os menores foram no Amazonas (23,4) e Amapá (28,96).

A divulgação do Censo Demográfico 2022 a respeito da população quilombola mostra que, em Rondônia, a idade mediana deste povo é um ano maior que da população total. Considerando toda as pessoas residentes no Estado, a idade mediana é de 32 anos; já a dos quilombolas é de 33 anos. Idade mediana quer dizer que metade da população tem até aquela idade e a outra metade é mais velha.

Rondônia, que tem 2.925 pessoas que se consideram quilombolas, é um dos três estados em que a idade mediana dos quilombolas é maior que da população total. No Mato Grosso, a diferença é três anos (35 anos para os quilombolas e 32 para a população total) e, no Mato Grosso do Sul, os quilombolas têm idade mediana de 35 anos e a população total de 33 anos. Ponderando todo o Brasil, a idade mediana dos quilombolas é de 31 anos enquanto que da população total é de 35 anos.

Em relação ao índice de envelhecimento (proporção de pessoas com 60 anos ou mais em relação ao número de pessoas com até 14 anos), o Censo Demográfico 2022 aponta que os quilombolas rondonienses têm indicador próximo ao brasileiro e maior que o da Região Norte. No Estado, o índice foi de 53,02, enquanto em todo o país foi de 54,98 e na Região Norte foi de 36,86.

Os maiores índices de envelhecimento dos quilombolas foram apresentados por Rio Grande do Sul (82,69), Minas Gerais (81,37) e Mato Grosso (76,93) e os menores foram no Amazonas (23,4), Amapá (28,96) e Distrito Federal (34,85).

Quilombolas em Rondônia se concentram no Vale do Guaporé. Foto: Divulgação/IBGE

Taxa rondoniense de alfabetização dos quilombolas é a quarta maior do país

Averiguando sobre alfabetização, o Censo Demográfico 2022 mostra que a taxa entre os quilombolas rondonienses com 15 anos ou mais é de 92,4%, ficando atrás dos índices do Distrito Federal (98,7%), Amazonas (92,9%) e Santa Catarina (92,4%). A taxa de alfabetização brasileira desse povo foi de 81%.

As menores taxas de alfabetização entre os quilombolas foram registradas nos estados de Alagoas (70,2%), Piauí (70,3%), Paraíba (73,1%), Ceará (73,6%) e Pernambuco (74,1%).

Alfabetizada é a pessoa com cinco anos ou mais que consegue, pelo menos, ler e escrever um bilhete simples ou uma lista de compras.

Você pode ver a pesquisa completa AQUI.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Perda de áreas naturais no Brasil atinge a marca de 33% do território em 2023

Metade da área de vegetação nativa perdida entre 1985 e 2023 fica na Amazônia, um dos estabilizadores do clima no continente.

Leia também

Publicidade