Foto: Iryá Rodrigues/Acervo g1 Acre
Pelo menos 518 pessoas viviam em residências improvisadas no Acre em 2022, segundo dados do Censo divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início de setembro. De acordo com o levantamento, eram 275 homens e 243 mulheres nessa situação naquele ano, e a taxa de alfabetização nesse público era de 87,6%.
A maior parte desta população, segundo o Censo 2022, vive em estabelecimentos em funcionamento. Eram 232 pessoas neste tipo de moradia.
Logo depois, vêm as tendas ou barracas (de lona, plástico ou tecido), com 141 pessoas, estruturas não residenciais permanentes degradadas ou inacabadas, com 79 pessoas, outros domicílios improvisados, com 43 pessoas.
Também há 22 pessoas em estruturas improvisadas em logradouro público (exceto tenda ou barraca), sendo 15 homens e 7 mulheres, além de 1 pessoa que vive em veículo (carros, caminhões, trailers, barcos, etc).
O total de pessoas em moradias improvisadas no Acre representa 0,32% do montante registrado no país, que foi de 160 mil.
Déficit habitacional
Em julho, ao anunciar mais 110 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, o secretário estadual de Habitação e Urbanismo, Egleuson Santiago, destacou que o Acre tem um déficit habitacional de 23,9 mil unidades.
À época, o Ministério das Cidades destinou a nova remessa que, segundo o governo do Acre, será construída em municípios de até 50 mil habitantes, o que abrange 20 cidades do interior do estado.
Ao todo, o estado já teve quase 2 mil unidades destinadas pelo programa do governo federal. Com a autorização, a Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo do Acre (Sehurb) pode definir os locais onde os projetos serão construídos, e apresentar as propostas ao governo federal.
Em novembro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia divulgado que seriam destinadas 1,6 mil unidades ao estado distribuídas entre três municípios: 1,4 mil em Rio Branco, além de 100 em Xapuri e mais 100 em Cruzeiro do Sul. A atualização não especifica, porém, a distribuição desta nova remessa entre as cidades.
*Por Victor Lebre, da Rede Amazônica AC