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Novo Herbário do INPA vai receber investimento de R$ 10 milhões do MCTI

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Durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Belém (PA), a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, anunciou o investimento de R$ 10 milhões para construir o novo Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), uma das maiores coleções de plantas da Amazônia.

Na oportunidade, a ministra também nomeou o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, como coordenador brasileiro do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica (CFBBA), uma cooperação que foi retomada em março de 2024 entre o Brasil e a França. Os anúncios foram feitos na segunda-feira (8).

O recurso para o projeto do herbário faz parte de uma negociação do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Luciana Santos enfatizou a necessidade de proteger o maior acervo de plantas amazônicas.

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Atualmente, quase 300 mil espécimes estão depositadas no Herbário (plantas e fungos), a maior coleta de espécimes vegetais para a Amazônia brasileira e o quinto maior Herbário do Brasil. O Inpa, unidade vinculada ao MCTI, está localizada em Manaus (AM).

De acordo com o diretor do Inpa, esse aporte será destinado a um projeto sob encomenda que visa a construção de um novo espaço para abrigar o acervo do herbário, que hoje ocupa um dos prédios mais antigos do campus do Instituto.

“Necessitamos de instalações adequadas, mais amplas, então esse novo projeto irá permitir duplicar a capacidade da Coleção de Plantas. Será um herbário diferente, interativo, com espaço para reuniões, para visitação pública. E esse novo herbário também irá abrigar laboratórios temáticos, na área de palinologia, estudo de fungos, de pólen, será um complexo de estudo da flora amazônica”, contou Pereira.

No total, serão investidos R$ 500 milhões em programas para a região amazônica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), para os programas Pró-Amazônia e Segurança Alimentar e Erradicação da Fome. Foram destinados R$ 360 milhões para o Programa Pró-Amazônia e R$ 184,2 milhões para o Programa de Segurança Alimentar.

Cooperação com a França

O anúncio de Henrique Pereira como coordenador brasileiro do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica (CFBBA) aconteceu na reunião com outros dirigentes de unidades vinculadas do MCTI. “Foi uma surpresa, nós sabíamos que era aguardado o anúncio do escolhido para coordenar a parte brasileira, mas foi uma surpresa. Agora é receber as devidas orientações e começar o trabalho”, pontua o diretor do Inpa.

Pereira comenta, ainda, que o Inpa já foi sede de uma missão permanente da agência de cooperação científica da França, hoje conhecida como IRD, por mais de 20 anos. “Quem sabe uma das metodologias seja a retomada de missões de pesquisadores visitantes entre Brasil e França, até porque ainda hoje mantemos cooperações com a França, mas muito menos intensas”, frisa.

A ideia do Centro é ser uma rede constituída pelas instituições francesas e brasileiras de ciência que atuam no tema da biodiversidade na região amazônica. Outro ponto favorável ao Centro é o fato que a França tem um território na Amazônia, a Guiana Francesa.

“A maior fronteira da França é com o Brasil, na fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa, então esperamos ter uma inserção das organizações do estado do Amapá, onde devem se concentrar parte das atividades, nessa região de fronteira”, completa Pereira.

Leia também: Portal Amazônia responde: a maior fronteira da França é com o Brasil?

O Inpa e outras instituições brasileiras, como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), cooperam há muitos anos com o Institut de Recherche pour le Développement (IRD) da França. Além disso, o governo francês coopera com outros países amazônicos, como, por exemplo, a Rede HyBam. A relação de fronteira com os países Guiana e Brasil torna essa escolha do Brasil mais distinta.

*Com informações do INPA

Festival Folclórico de Parintins é manifestação da cultura nacional, avalia Senado

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O tradicional Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas, e os Bois Garantido (vermelho) e Caprichoso (azul) estão a um passo de serem reconhecidos como manifestação da cultura nacional. A Comissão de Educação e Cultura (CE) aprovou nesta terça-feira (9) o Projeto de Lei (PL) 2.610/2023, que tem esse objetivo. O texto recebeu parecer favorável do senador Plínio Valério (PSDB-AM) e, como foi alterado pelo relator, volta para a análise da Câmara dos Deputados.

O Festival Folclórico de Parintins, que põe frente à frente os Bois Caprichoso e Garantido, ocorre há quase 60 anos sempre na última semana de junho. Um corpo de jurados é convidado a avaliar, a cada edição, as performances dos grupos e decidir o campeão. Na Arena do Bumbódromo, a 370 quilômetros de Manaus, um público apaixonado veste as cores preferidas e torce pelo seu boi. 

Plínio Valério aponta que o Sistema Nacional de Cultura detalha, entre os deveres do Estado, a garantia de plena liberdade de expressão artística. Ele apresentou emenda para que o poder público, além de garantir a livre atividade do festival, também destine recursos ao evento.

O Iphan, em 2018, reconheceu o Complexo Cultural do Boi Bumbá do Médio Amazonas e Parintins como patrimônio cultural imaterial.

*Com informações da Agência Senado

Origem amazônica do cacau é comprovada por meio de DNA e revela forte rede de comércio pré-colombiana

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Quem encontra um cacaueiro vicejando numa agrofloresta amazônica não imagina quanta história carrega o fruto. Por muito tempo se creditou a origem do cacau ao endereço errado. Evidências arqueológicas apontavam o sul do México e a América Central, a chamada Mesoamérica, como local onde se iniciou a domesticação do fruto há cerca de 4 mil anos. Acreditava-se que, apenas depois, o cacau teria sido levado à América do Sul.

Foi no início dos anos 2000, junto com uma equipe de arqueólogos e antropólogos franceses e equatorianos, que Valdez começou a estudar evidências que pudessem trazer novos conhecimentos sobre os povos antigos que prosperaram no Alto Amazonas, parte andina da Bacia Amazônica localizada no Equador, Peru, Colômbia e Venezuela.

Entre diversas descobertas, os pesquisadores se surpreenderam ao encontrar o DNA do cacau em cerâmicas milenares de uso doméstico e para tradições funerárias. Isso levou a uma reavaliação da origem do fruto: com raízes sul-americanas, as evidências apontam que há cerca de 5.500 anos o cacau já circulava por 19 culturas pré-colombianas.

“A característica mais importante de nossa pesquisa é o fato de colocar as culturas do Alto Amazonas em seu devido lugar, como um povo inovador e fundamental no surgimento dos fenômenos civilizatórios”, diz Valdez. “Agora a sua importância é duplamente reconhecida. Os amazônicos foram capazes de grandes conquistas civilizacionais e a interação regional foi um fator importante”.

Escultura asteca do século 15 com fruto de cacau. Foto: Reprodução/Museu do Brooklyn

Cacau para além da vida

O trabalho dos pesquisadores revelou 400 sítios arqueológicos na região e evidenciou a interação que existia entre os habitantes da Amazônia, das terras altas dos Andes e das planícies e margens da costa do Pacífico.

Ao descobrir as partículas de cacau nas cerâmicas de civilizações de mais de 5 mil anos, a pesquisa revelou que o cacau já era um alimento básico entre os povos daquele tempo. “Estas evidências apareceram no interior de vasos funerários que acompanharam vários indivíduos para a vida após a morte. As mesmas evidências foram também encontradas nas escavações domésticas”, conta Valdez.

Na época, o cacau era degustado em forma de polpa, como bebida, e em receitas elaboradas com o pó da semente torrada, além de ser usado como antisséptico para fins medicinais.

A descoberta foi publicada num artigo em 2018, mostrando que na Alta Amazônia o cacau já existia 1.500 anos antes do que na Mesoamérica.

Foto: Marlon del Aguila Guerrero/CIFOR.

A partir desta descoberta, os estudos sobre o cacau se intensificaram na região. A análise de DNA de mais de 350 peças arqueológicas de museus e de novas escavações, abrangendo um período de quase 6 mil anos, revelou que cerca de 30% delas guardam rastros do fruto.

O novo artigo relata que as partículas de cacau encontradas em cerâmicas de 19 culturas pré-colombianas revelam a mistura genética entre espécies de cacau distantes geograficamente entre si, apontando para as trocas e interações que devem ter ocorrido entre povos da Amazônia e costa do Pacífico e para a adaptação da planta em ambientes diversos.

“Esses dados mostram para nós que o cacau é uma planta sul-americana que foi levada há muito tempo, milhares de anos atrás, em redes de troca desde o centro de sua origem, que está ali na fronteira atual entre o Peru e Equador, no oeste da Amazônia, no sopé dos Andes, e foi levado dali para outras regiões da América do Sul e também para outras regiões das Américas”, avalia Eduardo Góes Neves, arqueólogo e diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP).

Os pesquisadores sugerem que a história complexa da domesticação do cacau é a base das populações atuais de cacaueiros e este conhecimento pode contribuir para o gerenciamento dos recursos genéticos da planta em tempos de mudanças climáticas.

Entre rios e montanhas

Os primeiros registros históricos do cultivo do cacau na Amazônia brasileira estão ligados à colonização portuguesa e datam da segunda metade do século 17.

Fernando Mendes, engenheiro agrônomo que trabalha com cacau há 44 anos, conta que o fruto teria sido combustível de discórdias entre o Marquês de Pombal e os jesuítas, que na época viam na sua comercialização uma fonte substancial de renda.

Sempre se soube, no entanto, que a domesticação do cacau em terras ameríndias é muito mais antiga do que a invasão dos europeus. “Em sua segunda viagem à América em 1502, Cristóvão Colombo estava em Honduras quando encontrou uma canoa indígena e lá dentro tinha frutos de cacau. Ele ficou muito impressionado com aquele fruto que não conhecia”, conta Mendes, autor de diversos livros sobre o cacau e coordenador regional de pesquisa e inovação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).

Segundo o pesquisador, é difícil precisar quando o cacau entrou em terras brasileiras e igualmente complexo avaliar o início de sua domesticação, que deve ser mais antiga do que os 5 mil anos comprovados pelas partículas detectadas nas peças de cerâmica.

Mendes aponta que a milenar domesticação do cacau por terras amazônicas tornou a espécie mais resistente às mudanças climáticas porque a planta se adaptou ao cultivo em sub-bosque, protegida da luz direta do sol.

Por ser uma planta perene e dispensar o uso do fogo, em sistemas agroflorestais o cacau contribui, inclusive, com a mitigação das mudanças climáticas e ajuda na regeneração da floresta.

“Desde 1996, a Ceplac, na Amazônia, tem como diretriz só oferecer assistência para os produtores que fazem um plantio em áreas antropizadas, nunca utilizando áreas de mata virgem”, diz Mendes. “A nossa contabilidade informa que, de 1996 a 2023, o programa de cacau no estado do Pará já recuperou cerca de 160 mil hectares de áreas”.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Mongabay, escrito por Sibélia Zanon

Primeira etapa: Estação de Tratamento de Esgoto Raiz tem 45% de execução da obra concluída

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A primeira etapa da construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Raiz já alcançou 45% de execução da obra. O empreendimento faz parte do programa “Trata Bem Manaus”, que tem como objetivo a universalização do serviço de coleta e tratamento de esgoto. Nesta primeira fase, já será possível tratar mais de sete milhões de litros de esgoto por dia.

A ETE está localizada na rua Independência, no bairro Raiz. O local fica às margens do Igarapé do 40, considerado um dos principais corpos hídricos que cortam a capital amazonense. A nova estação irá garantir que todo esgoto coletado da região passe por tratamento e retorne à natureza livre de contaminações.

O projeto está dividido em quatro etapas. A primeira tem previsão de conclusão neste ano e irá beneficiar mais de 55 mil pessoas. Os outros módulos entrarão em execução, gradativamente, com operação total em 2027.

“Esta é uma obra importante, pois estamos falando que em menos de quatro anos, vamos devolver para o Igarapé do 40, mais de 31 milhões de litros de esgoto tratado. É um benefício que chega para a população, que terá mais qualidade de vida e saúde, e para o meio ambiente. Estamos dentro da maior bacia hidrográfica do mundo e obras como esta são um salto importante para a preservação da natureza”, destaca o diretor-presidente da Águas de Manaus, Diego Dal Magro.

Foto: Divulgação/Águas de Manaus

O empreendimento conta com a mão de obra direta de mais de 100 pessoas. Iniciada no início deste ano, a obra já concluiu a etapa de fundação das principais estruturas. A partir de agora, estão sendo construídas as grandes estruturas como tratamento preliminar, desidratação do lodo, sala de polímeros e subestação, para posteriormente serem realizadas as instalações mecânicas e elétricas.

O andamento da obra também é acompanhado pelo poder concedente do município. O vice-prefeito, Marcos Rotta, esteve no local e destacou a importância da ETE para melhoria da qualidade de vida da população. “Esta obra vai, sem sombra de dúvida, vai mudar a vida de muitas pessoas. Estamos falando de mais qualidade de vida para mais de 220 mil pessoas. Esta é uma forma indelével. A parceria entre a prefeitura e a concessionária irá melhorar o esgotamento sanitário e a saúde pública em Manaus”, destacou Rotta.

ETE Raiz

A estação será uma das maiores da capital amazonense. Ela irá ocupar uma área de 9,6mil m² e terá capacidade de tratar mais de 31 milhões de litros de esgoto por dia. A ETE irá receber o esgoto produzido e coletado nos bairros Petrópolis, Japiim, Praça 14 de Janeiro, Cachoeirinha, São Francisco e Armando Mendes.

A obra é um dos empreendimentos do Trata Bem Manaus. O programa prevê a universalização do serviço de coleta e tratamento de esgoto em menos de 10 anos. Com investimentos de mais de R$2 bilhões, a Águas de Manaus irá realizar a implantação de mais de 2,7 milhões de metros de rede coletora de esgoto, além da ampliação e construção de mais de 70 estações de tratamento, espalhadas por todas as zonas da cidade.

*Por Águas de Manaus

Conheça o museu que já foi telégrafo e deu nome à Vilhena, em Rondônia

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Após quase 30 anos fechado, o Museu Casa de Rondon foi reaberto para visitação, na última semana, em Vilhena (RO). O local é tombado como patrimônio histórico e cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) e faz parte da história da cidade.

Quando construído, no início dos anos 1900, o museu era uma estação telegráfica construída a pedido do Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon.

A estação foi transformada no Museu Marechal Cândido Rondon, popularmente conhecido como Casa de Rondon em meados de 1980. Em anexo ao museu, foi construído um zoológico, que funcionou por alguns anos antes de ser desativado.

Em 1996, a Casa Rondon foi fechada para uma reforma e desde então não foi mais reaberta. Impasses sobre o domínio da área dificultaram a revitalização.

Onça no antigo zoológico de Vilhena. Foto: Júlio Olivar/Acervo pessoal

O governo do Estado conseguiu uma autorização para revitalizar o espaço em 2017. A obra contou com investimento de R$ 546 mil do Ministério do Turismo. O Governo de Rondônia entregou as obras de restauração e ampliação em 2021. No local foram construídos uma sede administrativa e banheiros, além de calçamento e paisagismo.

Mesmo após a conclusão das obras, o local permaneceu fechado. Apenas visitas agendadas eram possíveis, para escolas da cidade, como uma alternativa de extensão ao conhecimento da história regional.

Com a reabertura, o local deve funcionar de quarta a sexta-feira, das 15h às 18h e sábados e domingos das 16h às 20h. A entrada é gratuita.

*Por Iury Lima, da Rede Amazônica RO

‘Amazônia Mapeada’: instalação combina ciência e arte em alerta pela preservação da Amazônia

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Instalação ‘Amazônia Mapeada’ combina ciência e arte em alerta pela preservação no INPA, em Manaus. — Foto: Divulgação

Uma instalação imersiva, com videoarte e sons de DNA ambiental, estará aberta ao público por um mês, a partir do dia 16 de julho, no Paiol da Cultura, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus (AM). Intitulada ‘Amazônia Mapeada: Imagens e Sons do DNA Ambiental’, a ação combina ciência e arte para destacar a necessidade urgente de preservação da biodiversidade e de ações efetivas de controle das mudanças climáticas.

A abertura da exposição terá um evento fechado para colaboradores acadêmicos e parceiros locais do projeto, no Paiol da Cultura, no dia 15 de julho.

A exposição é promovida pela iniciativa da Swissnex no Brasil com o objetivo de conectar a pesquisa “Amazônia Mapeada” da artista Sonia Guggisberg, com o trabalho realizado pelo grupo de cientistas da iniciativa CLabs (DNA of Music), liderada por Andrea Desiderato, integrante do ETH BiodivX.

A exposição é uma proposta que combina ciência e arte para destacar a necessidade urgente de preservação da biodiversidade e de ações climáticas.

O projeto aborda a fragmentação dos ecossistemas devido à negligência e à falta de políticas voltadas para práticas sustentáveis na região. As imagens captadas em vídeo mostram a realidade do solo seco e da fumaça de queimadas que apaga as paisagens naturais de vegetação e compromete a sobrevivência da fauna e dos rios exuberantes.

Por meio da videoarte documental e da decodificação do DNA ambiental (eDNA), a instalação “Amazônia Mapeada: Imagens e Sons do DNA Ambiental” busca ampliar o debate sobre as complexidades amazônicas. Examina, criticamente, a crise ambiental e as suas implicações.

Além de estimular conscientização e espalhar conhecimento, para construir uma memória social, o projeto destaca a relevância de ações de preservação que tenham como suporte a ciência e a arte. ‘Amazônia Mapeada’ aproveita o poder da arte e da ciência para promover um diálogo crítico sobre a conservação da biodiversidade e a ação climática.

Pesquisa e metodologia

A investigação de Sonia Guggisberg ilustra como a regressão ecológica se estende à vida social. Suas intervenções e videoinstalações são ações micropolíticas que visam reativar valores como afeto, pertencimento e memória.

Em parceria com uma equipe de fotógrafos locais, Sonia Guggisberg utiliza múltiplas telas e mapeamentos para entrelaçar diversas perspectivas sobre a Amazônia e revelar o impacto humano das intervenções na floresta. A abordagem reforça o poder dos documentários não lineares, com videografia e intertextos artísticos.

Sete artistas da região Amazônica foram convidados a colaborar na produção de um vídeo sobre secas e incêndios na Amazônia em 2023. Os artistas amazonenses Raphael Alves, Tadeu Lima da Rocha e Silva, Michael Dantas, Orlando Junior, Cesar Nogueira, Val Ricardo e Tiago da Mota e Silva reuniram diferentes perspectivas de pessoas que vivenciaram o problema.

Andrea Desiderato apresentará uma obra sonora que expressa a exuberância natural da Amazônia. Os sons de DNA ambiental são derivados de vestígios de expedições.

Parcerias

A Swissnex é uma rede global suíça que conecta educação, pesquisa e inovação. Tem como foco apoiar o intercâmbio internacional de conhecimentos, ideias e talentos.

A equipe ETH BiodivX, liderada pela ETH Zurich, inclui 50 pesquisadores de diversas disciplinas em todo o mundo. O seu trabalho envolve o desenvolvimento de drones para recolher dados florestais e a parceria com comunidades locais e especialistas globais para visualizar e interpretar os dados.

A suíça brasileira Sonia Guggisberg vive e trabalha em São Paulo. Possui doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), pós-doutorado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e mestrado em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Guggisberg atua como artista, videomaker e pesquisadora, participando de exposições individuais e coletivas, palestras e workshops no Brasil e no exterior desde a década de 1990.

Andrea Desiderato, professor assistente do Departamento de Zoologia e Hidrobiologia de Invertebrados da Universidade de Lodz, na Polônia, possui graduação em Ciências Naturais (Universidade de Bari, Itália, 2013), mestrado em Biologia Marinha (Universidade de Bolonha, Itália, 2015) e doutorado em Zoologia (Universidade Federal do Paraná, Brasil, 2020).

David Dao, cofundador do GainForest e colíder do grupo ETH BiodivX, disse que a iniciativa está focada em desenvolver tecnologias tão inclusivas quanto possível para os indígenas e as comunidades.

*Com informações do g1 Amazonas

Pico da Neblina volta a receber viajantes em expedições junto ao povo Yanomami

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Há muito tempo, na intocada floresta amazônica, os espíritos ancestrais dos Yanomami escolheram um lugar sagrado para residir: o Yaripo, conhecido por nós como Pico da Neblina, Serra dos Ventos ou a Casa dos Espíritos, montanha que carrega histórias que são passadas de geração em geração. Segundo as lendas, o grande Pajé Yoyoma, em uma visão espiritual, descobriu a imponente montanha que agora abre a sua temporada de visitação para 2024 e 2025 para receber viajantes em busca de aventura e (re)conexão com a natureza.

Uma das principais crenças está relacionada ao poder de cura e proteção espiritual. “O Pico da Neblina é a casa dos espíritos, onde fazem, às vezes, as invocações de espíritos para poder salvar uma pessoa quando ela está doente espiritualmente, que é diferente da dor física”, explica Renê da Cruz Pinto, Yanomami e guia de turismo. 

Antes de pessoas não indígenas subirem a Serra dos Ventos, elas recebem uma proteção dos caciques e tuxauas, membros de grande respeito, espiritualidade e liderança dentro da comunidade. “A gente acredita, espiritualmente, que o Pico da Neblina é muito perigoso para a visita que as pessoas desconhecidas fazem. Então, para não acontecer alguma coisa ruim para os não indígenas, os Pajés fazem uma proteção para as pessoas não ficarem doentes ou se machucarem”, destaca Érica Figueiredo, coordenadora do projeto Yaripo.

O Pico da Neblina fica em uma sobreposição entre duas unidades de conservação. Foto: divulgação

20 anos de visitação suspensa 

O Pico da Neblina fica em uma sobreposição entre duas unidades de conservação, a Terra Indígena (TI) Yanomami com quase quase 10 milhões de hectares e o Parque Nacional Pico da Neblina, com cerca de 2,2 milhões de hectares. Por mais de 20 anos, a visitação ao Yaripo foi suspensa, sendo retomada apenas em 2021, após alguns anos de conversas e estruturações para que as vivências fossem realmente sustentáveis e positivas para os viajantes e a comunidade, que deve ser protagonista e a maior beneficiada financeiramente. Durante os próximos três anos, duas empresas que conseguiram a anuência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e o recredenciamento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), estão aptas e credenciadas a operar roteiros na região com exclusividade global. 

Uma das empresas credenciadas é a Vivalá, que atualmente promove experiências de ecoturismo, turismo de aventura e de turismo de base comunitária em 26 unidades de conservação de 15 estados do país. 

Retomada do turismo precisou ser aprovada por lideranças

O retorno dos viajantes é recente, mas a vontade é antiga. Desde 2014, os Yanomami possuíam o forte desejo de tornar realidade o plano de ecoturismo na região. Para isso, alguns parceiros estratégicos passaram a fazer parte do projeto. “ICMBio, Funai, Exército e Instituto Socioambiental (ISA) entraram na trilha aberta pelos Yanomami rumo ao Yaripo, acreditando no potencial da iniciativa como atividade econômica sustentável para a comunidade”, diz Assis.

“Chamamos a ICMBio e a FUNAI para nos apoiar nessa luta e conseguimos fazer a parceria com a ISA, que nos ajudou a construir o plano de visitação e nos apresentou a esse mundo”, relembra Renê. O plano foi feito em quatro anos, de forma colaborativa, entre organizações governamentais, não-governamentais e os Yanomami. Um dos principais pontos era o de proteção da fronteira e da sociobiodiversidade, além do bem-estar dos povos.  

Retornar com as visitações no Pico não foi uma tarefa fácil, mas com certeza, já está valendo a pena. O turismo na região contribui com o desenvolvimento da comunidade, além de trazer melhorias e suporte, vindo junto com as duas empresas que chegaram na região. “Podemos chamar o Projeto Yaripo de iniciativa, para que ele não tenha fim e continue trazendo o desenvolvimento para as comunidades indígenas do povo Yanomami, mas de forma ordenada, com cautela e sempre respeitando a singularidade deste povo ancestral”, comenta Sheldon Yupuri, facilitador e agente temporário ambiental do ICMBio. 

Agora, após muitos anos de planejamento e desenvolvimento do plano junto às autoridades e lideranças indígenas, a Vivalá começa a operar o roteiro para o Pico da Neblina pelos próximos três anos. A temporada 24 e 25 terá 12 datas de saída, nas quais mais de 120 pessoas do mundo inteiro poderão participar de experiências sustentáveis pelo Brasil. Os viajantes terão a oportunidade de conhecer comunidades indígenas e os povos originários, mas também ribeirinhos, quilombolas, sertanejos, caiçaras, entre outros grupos.

Roteiro ao ponto mais alto do Brasil dura 15 dias

A expedição ao Pico da Neblina é uma jornada de 15 dias, ideal para amantes de grandes aventuras de trekking. Iniciando em São Gabriel da Cachoeira (AM), os participantes se preparam na pousada e exploram a cidade antes de embarcar numa viagem que combina estradas, voadeiras e trilhas profundamente imersivas. O roteiro atravessa paisagens diversas, desde a Serra dos Ventos até a densa floresta amazônica, guiando os viajantes até Maturacá e além e colocando o povo Yanomami como protagonista da terra sagrada.

Os primeiros dias são marcados por experiências autênticas, como receber bênçãos dos Pajés Yanomami e acampar em locais estratégicos como Irokae e Gavião. À medida que a jornada avança, os desafios se intensificam com elevações íngremes e trilhas exigentes até o acampamento Laje, a 1.600 metros de altitude, oferecendo vistas impressionantes do Pico da Neblina. O ponto alto da expedição é a ascensão final ao acampamento Base, a 2.030 metros, preparando os aventureiros para a escalada final até os 2.995 metros.

Após a conquista do pico mais alto do Brasil, os viajantes desfrutam de momentos de despedida com os Yanomami, compras de artesanato local e celebrações em São Gabriel da Cachoeira.
Serão somente 12 saídas e 120 vagas na temporada 2024/2025, entre setembro deste ano e dezembro do ano que vem para aventureiros de todo o mundo. Segundo a agência de turismo, o investimento é R$ 17.500.

A expedição inclui também treinamentos antes da viagem, hospedagem em pousada em São Gabriel da Cachoeira por quatro noites, duas noites na sede do projeto Yaripo em Maturacá e oito noites em acampamentos na floresta, transporte terrestre e aquático, equipamentos coletivos de acampamento, alimentação, taxa de entrada nas comunidades e uma equipe capacitada para guiar a expedição com grande atenção a segurança. Ainda há vagas disponíveis para a primeira expedição que acontecerá em 07 de setembro. Para mais detalhes sobre o roteiro e reservas em setembro ou outras datas, acesse. 

Sobre a Vivalá

A Vivalá atua no desenvolvimento do Turismo Sustentável no Brasil, promovendo experiências que buscam ressignificar a relação que as pessoas têm com o Brasil, sua biodiversidade e comunidades tradicionais. Atualmente, a Vivalá atua em 26 unidades de conservação do país, contemplando os biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Caatinga, e trabalha em conjunto com mais de 700 pessoas de populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, sertanejas e caiçaras.

Com 15 prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais, a Vivalá tem a confiança da Organização Mundial do Turismo, ONU Meio Ambiente, Braztoa, Embratur, Aberta, Fundação do Grupo Boticário, Yunus & Youth, além de ter uma operação 100% carbono neutro e ser uma empresa B certificada, tendo a maior nota no turismo do Brasil e a 7ª maior em todo o setor de turismo no mundo. Até junho  de 2024, a Vivalá já embarcou mais de 4 mil viajantes, além de ter injetado mais de R$ 5 milhões em economias locais através da compra de serviços de base comunitária e consumo direto dos viajantes. Para mais informações, acesse aqui.

CCJ do Senado adia votação da PEC do marco temporal de áreas indígenas

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Um pedido de vista coletivo adiou para outubro a deliberação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 48/2023, que define como marco temporal da demarcação de terras indígenas a data de promulgação da Constituição Federal (5 de outubro de 1988).

A PEC, de autoria do senador Dr. Hiran (PP-RR) e subscrita por mais 26 parlamentares, muda o Artigo 231 da Constituição, que passa ter a seguinte redação: “são terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições, sendo-lhes garantida a sua posse permanente, estabelecido o marco temporal em 5 de outubro de 1988.”

O adiamento foi acertado entre os membros da CCJ, após a leitura de parecer favorável do senador Esperidião Amin (PP-SC), tendo em perspectiva o funcionamento da comissão de conciliação proposta pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que justamente vai tratar do marco temporal.

A comissão proposta pelo STF vai funcionar a partir de 5 de agosto, após o recesso parlamentar, e o prazo inicial é 18 de dezembro. Os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados indicarão, cada um, três membros para atuar na comissão.

Veja aqui como será a composição de toda a comissão

Após eleições

Na prática, a CCJ deve voltar a deliberar sobre a PEC após a realização do segundo turno das eleições municipais, marcadas para 27 de outubro.

O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), disse esperar que a comissão de conciliação faça uma “construção política de alto nível” e ponha fim à insegurança jurídica e às polêmicas entre os Três Poderes em torno da demarcação das terras indígenas.

Em 21 de setembro do ano passado, o STF estabeleceu que a tese do marco temporal para demarcações é inconstitucional. Em reação, em 28 setembro, o Senado aprovou o Projeto de Lei nº 490/2007, que já havia sido aprovado pela Câmara no final de maio, fixando em lei o marco temporal. Em 20 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 14.701/2023, mas impôs vetos ao entendimento do marco temporal. Em meados de dezembro, os vetos foram derrubados em sessão do Congresso Nacional.

Após a decisão do Parlamento, partidos políticos e entidades da sociedade civil ingressaram no próprio STF com quatro ações diretas de inconstitucionalidade contra a lei, batizada como “Lei do Marco Temporal”, e com uma ação declaratória de constitucionalidade em favor da lei.

Diante das demandas, o ministro Gilmar Mendes, relator das ações no STF, ordenou a suspensão, em todo o país, de processos judiciais que discutem a constitucionalidade da Lei do Marco Temporal até que a Suprema Corte se manifeste sobre as ações. Ele também determinou a realização de audiências de conciliação. Em sua decisão, o ministro negou pedido para suspender a deliberação do Congresso que validou o marco temporal.

*Com informações da Agência Brasil

Projeto criado em Mato Grosso vai monitorar emissões de dióxido de carbono no cultivo de soja

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Projeto de pesquisa desenvolvido em Mato Grosso permite monitorar o cultivo de soja e as emissões de dióxido de carbono (CO2) utilizando imagens de satélite e tecnologia de ponta. O projeto tem como objetivo fornecer informações detalhadas e atualizadas sobre as áreas de cultivo e as emissões de CO2 associadas à soja. Esses dados estão disponíveis gratuitamente para o público em geral através da plataforma SojaMaps.

O projeto de pesquisa foi  financiado pelo estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) através do  Edital Fapemat nº. 010/2022 – Pesquisas com Nível Médio de Maturidade nas Engenharias

O projeto utiliza uma série temporal de imagens de satélite, abrangendo a totalidade dos 141 municípios. As imagens fornecidas pelos sistemas sensores Terra/MODIS, Landsat-8/OLI e Sentinel-2/MSI, com diferentes bandas (multiespectrais), são cruciais para identificar e monitorar a dinâmica temporal da soja e outras coberturas do solo.

Para mensurar as emissões de dióxido de carbono (CO2) é utilizado o sistema portátil EGM-5 (modelo AGA560), que monitoriza as variações da concentração de CO2 no solo através da espectroscopia de absorção óptica no infravermelho. O FCO2 ou fluxo de CO2 é medido em cada ponto de amostragem, ajustando a concentração de CO2 dentro de uma câmara fechada em função do tempo. Este processo, que leva 90 segundos por ponto, permite uma medição precisa das emissões de dióxido de carbono, que são complementadas pela monitorização da temperatura e umidade do solo.

Integração com dados de satélite

Após essas medições locais serem efetuadas, os dados são validados utilizando modelos espectrais complexos baseados em dados do sensor MODIS. O Índice de calculado será utilizado para estimar a eficiência de carbono pela vegetação, indicando a taxa de armazenamento de CO2 nas folhas, integrando esses dados na plataforma SojaMaps, proporcionando uma visão abrangente das emissões de dióxido de carbono e da eficiência do cultivo da soja.

O SojaMaps é acessível por meio do portal institucional da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), O portal permite a visualização e o download dos dados mapeados, integrando informações de áreas mapeadas de soja e emissões de CO2, essa plataforma é gratuita e de fácil acesso. O projeto não só permite uma melhor compreensão das áreas de cultivo de soja e dos seus fluxos de CO2, mas também contribui para a transparência e a acessibilidade das informações sobre o uso do solo e o impacto ambiental no Mato Grosso.

*Com informações da FAPEMAT

Prefeitura de Porto Velho emite decreto em razão da situação crítica de estiagem

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A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Geral de Governo (SGG), publicou o decreto 20.187, de 8 de julho de 2024, que dispõe sobre a situação de emergência ambiental, em razão do cenário de extrema seca e dos riscos de desastre com a afetação na navegação e transporte de produtos pelo rio Madeira, além das dificuldades de acesso à água, alimentos e medicamentos para a população do Alto, Médio e Baixo Madeira.

O decreto se baseia no Relatório Técnico da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, assim como o Decreto Estadual n° 29.252, de 04 de julho de 2024, que declara situação de emergência estadual em virtude de estiagem.

A medida da Prefeitura avalia ainda os riscos econômicos, com a afetação das atividades agropecuárias, em razão da escassez de água nos mananciais. Há ainda o temor de problemas de abastecimento de produtos e que a rede escolar e de saúde sejam afetadas, com a falta de água, especialmente nas regiões ribeirinhas.

O decreto estabelece ainda que é necessária uma articulação da Prefeitura, através da Defesa Civil Municipal, envolvendo as demais secretarias municipais, na execução de atividades e ações de socorro, bem como assistência às comunidades atingidas pelos efeitos da seca, além da celebração de instrumentos com outros órgãos e entidades públicas, em todos os níveis da federação.

A meta é adotar medidas de prevenção e remediação para a hipótese de ocorrência de desastres, com o agravamento da crise hídrica.

O Comitê de Gestão de Crise. Foto: Leandro Morais/SMC

Ações municipais

Para enfrentar a crise, a gestão municipal de Porto Velho, por meio da Semasf, intensificará as políticas públicas como o auxílio-moradia, remanejamento de famílias que residem em áreas de riscos, aditivo de cestas básicas e água mineral, entre outras medidas. Já a SMD, está planejando e realizando a perfuração de poços artesianos para abastecimento de água.

Outra linha de atuação importante é a Semusb, que está trabalhando no planejamento de execução para abastecimento de água. A Sema monitorará os impactos ambientais; a Semed atua no planejamento logístico de estratégias para quem precisa utilizar o rio para transporte escolar; e a Semusa, à frente da saúde, está fazendo o estudo da situação do rio para que danos sejam evitados e para que a população não fique sem atendimento médico e medicamentos.

O Comitê de Gestão de Crise tem por objetivo providenciar levantamentos, avaliações, investigações e demais estudos necessários, que darão suporte técnico para auxiliar na tomada de decisões para o enfrentamento da situação de crise, no que concerne aos planos e metas propostas no Plano de Trabalho de enfrentamento da crise hídrica em Porto Velho.

Prefeitura de Porto Velho emite decreto em razão da situação crítica de estiagem. Foto: Leandro Morais/SMC

Elias Ribeiro, coordenador da Defesa Civil de Porto Velho disse que as reuniões são para nortear as próximas ações a serem tomadas.

Durante a reunião, técnicos, especialistas e gestores debateram acerca das medidas antecipadas a serem tomadas, visando um planejamento de ação rápido e eficaz para sanar o máximo possível a crise hídrica prevista para o município.

Leia o decreto na íntegra.

*Com informações da Prefeitura do Porto Velho