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“Payxão” em movimento: gestos, expressões e performances entre torcedores do Paysandu

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Torcedores do Paysandu são apaixonados pelo clube de futebol, gerando interesse para pesquisas. Foto: Alexandre de Moraes

O árbitro apita para iniciar a partida de futebol no Estádio Leônidas Sodré de Castro, os olhos do público estão todos voltados para dentro do campo, os jogadores começam a se movimentar pelo gramado, a torcida vibra, clama e canta junto o trecho mais conhecido do hino popular do time: “Uma listra branca, outra listra azul, essas são as cores do Papão da Curuzu”.

De repente, a cantoria termina e a concentração ganha espaço. Já se passaram 45 minutos desde o segundo tempo, os torcedores voltam a atenção para o jogador camisa 10 da equipe, próximo da área adversária. É a chance do tudo ou nada. A glória de mais um título se aproxima. A bola toca na rede, o público vai à loucura e é gol do Paysandu!

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Em Belém (PA) é comum cenários como esse acontecerem com frequência entre os torcedores fanáticos pelo Paysandu Sport Club, aqueles que vivem intensamente suas emoções dentro do campo. Com vistas a esse olhar futebolístico, a pesquisadora Lucienne Ellem Martins Coutinho desenvolveu um estudo com o propósito de analisar os corpos, os gestos e os movimentos da torcida bicolor nos jogos de futebol.

A tese intitulada ‘Corpos Alterados: gesto, performance e paixão entre torcedores do Paysandu’ teve como objetivo compreender o que move os bicolores com base em dois conceitos: o de “Comportamento Restaurado”, do professor de Estudos da Performance Richard Schechner; e o de “Torcida como Comunidade”, do antropólogo Roberto da Matta.

“Os gestos são figuras de ação e compõem a esfera simbólica das culturas transmitindo significado. É aquele movimento que vai ser impulsionado pelas sensações, pelo que o torcedor está sentindo e quer passar para o jogador. Na verdade, eu sempre digo que é uma troca. Não é à toa que, quando o time joga com a sua torcida, há um diferencial. Os gestos vão impulsionar dando a força, o estímulo e a confiança que o jogador precisa para fazer o gol”, explica Lucienne Coutinho.

Leia também: Futebol na Amazônia #2: saiba quais são os principais times e campeonatos que movimentam o Pará

Tratar futebol como arte é ideia pioneira no PPGArtes

O estudo sobre torcedores do Paysandu é pioneiro por trazer ao Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes/UFPA) uma pesquisadora mulher para tratar sobre futebol como arte.

“A minha tese ajudou a abrir um universo que ainda não tinha sido discutido e que é tão salutar! Espero que esse olhar diferenciado e essa nova perspectiva artística alimente o interesse das pessoas por outros campos não explorados, mas tão ricos e presentes na nossa vida”, afirma a pesquisadora.

Lucienne Coutinho utilizou como referência o antropólogo Roberto da Matta para descrever o sentimento de torcida como uma comunidade que compartilha as emoções, seja a alegria da vitória, seja a tristeza após uma derrota.

Torcida do Paysandu mostra paixão pelo time paraense. Foto: Matheus Vieira/Paysandu

O diretor e pesquisador Renato Cohen também está presente na pesquisa para destacar que a reação dos torcedores é um movimento não ensaiado pelo público, mas, sim, improvisado com liberdade de criação. “Esse performer não ensaia a ação de praticá-la, ele age com base em suas emoções e em seus sentimentos”, relata a autora.

Estudante de Graduação em História, Luciana Silva é assídua nos jogos do Paysandu e detalha seu comportamento durante as partidas de futebol do seu time.

“Eu costumo ficar em dúvida entre beber, criticar todos os bagres do elenco, chorar – no caso de um jogo muito importante ou uma vitória inesperada – ou cantar as músicas das torcidas organizadas. Além do jogo, cantar as músicas é a minha parte favorita. Sempre me arrepio e fico com a sensação de que o Paysandu é ‘a torcida’ quando cantamos: ‘Explode coração, na maior felicidade, é lindo o meu papão, contagiando e sacudindo essa cidade’ ou ‘Vamos pra cima papão, quero gritar campeão’. São músicas que o estádio todo canta e arrepia qualquer um”, explica a estudante.

Re x Pa: emoção fica à flor da pele em dia de clássico

Um dos maiores clássicos do futebol paraense ocorre com a disputa entre as equipes dos Clubes Remo e Paysandu. O famoso RexPa costuma movimentar milhares de pessoas na capital e permite que os torcedores experimentem emoções diferentes, já que o Clube do Remo é conhecido por ser o maior rival do time bicolor. “Nós sempre vamos querer ganhar. Não dá para comparar um RexPa com qualquer outro jogo. Esse clássico é uma paixão que colore a cidade em diferentes tons de azul”, conta Luciana.

Segundo a pesquisadora, apesar de trazer momentos felizes para dentro do campo, o RexPa também é um espaço em que “os fanáticos irracionais” manifestam gestos e performances violentas nas arquibancadas.

“É como se fosse uma guerra entre as duas maiores torcidas de Belém. Elas se manifestam de qualquer forma, usam xingamentos com palavrões, expressões homofóbicas, além de gestos depreciativos contra as mulheres”, lamenta Lucienne Coutinho.

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Como resultados do estudo, a pesquisadora observou que os torcedores apaixonados criam e recriam, a cada jogo, um novo corpo: um corpo alterado por novos sentimentos que possibilitam o surgimento de novos gestos e performances nos estádios e na vida cotidiana. Na arquibancada, esses corpos são vistos como iguais. Independentemente de raça ou religião, eles se movimentam pela alegria, tristeza ou raiva durante a partida, sempre unidos pela vontade de vencer.

“Sou muito grata por ser Paysandu, por viver o clube na derrota, na vitória e no empate. Há alguns anos, assistir aos jogos do Paysandu era uma das poucas coisas que me deixavam feliz. ‘Dia de jogo, dia de lobo’, sempre vai ser um dia diferente. É mais do que um hobbie, é amor. Levo a sério a música ‘As cores do meu clube, defendo com vigor, na luta estamos juntos, com raça e amor’”, finaliza a torcedora Luciana Silva.

Sobre a pesquisa

A tese ‘Corpos Alterados: gesto, performance e paixão entre torcedores do Paysandu’ foi defendida por Lucienne Ellem Martins Coutinho, em 2023, no Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes/ICA), da Universidade Federal do Pará, sob orientação da professora Giselle Guilhon Antunes Camargo.

*O conteúdo foi originalmente publicado pelo Jornal Beira do Rio, da UFPA, edição 175, escrito por Victoria Rodrigues

Potencial turístico de birdwatching em Rondônia é debatido pela Embratur: “paraíso”

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Segundo a Embratur, Rondônia possui espécies migratórias e raras, como o Jacamim-de-costas-verdes, ave símbolo do estado, tornando-se um paraíso para o Birdwatching. Foto: Reprodução/EBird

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo se reuniu no dia 16 de julho com representantes da Secretaria Estadual e Municipal de Turismo de Rondônia, na sede da Agência, em Brasília, para debater novas propostas de promoção internacional do turismo de observação de aves e de pesca esportiva no estado.

Ocupando lugar de destaque em número de espécies no Brasil, a região Norte oferece grande diversidade de aves, incluindo espécies migratórias e raras, como o Jacamim-de-costas-verdes, ave símbolo do estado, e o pazinho-estriado-de-rondonia, além de outras como o Arapaçu-de-bico-curvo-de-rondonia e o Arapaçu-de-rondônia, tornando-se um paraíso para o Birdwatching.

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Durante o encontro, foram discutidas estratégias para a promoção internacional de turismo de observação de aves com foco na atuação em mercados como Reino Unido, Estados Unidos, Itália, Canadá e Alemanha.

Freixo exaltou o momento atual do turismo internacional no Brasil – já recebeu 5,3 milhões de estrangeiros no primeiro semestre – e destacou as possibilidades de crescimento, sobretudo com o Plano Brasis.

“Rondônia é uma nova rota que precisa fazer parte do plano de marketing do país. O Plano Brasis é um grande desafio por conta da diversidade do Brasil e busca despertar o interesse de estrangeiros para as riquezas do nosso país”, afirmou Freixo.

O Turismo de Pesca Esportiva também foi citado na reunião, conforme o Plano de Desenvolvimento do Turismo de Pesca Esportiva do Estado de Rondônia. Inicialmente, Porto Velho e municípios como Pimenteiras do Oeste, Cabixi, Alta Floresta d’Oeste, Alto Alegre dos Parecis e Guajará-Mirim, devem ser ativados para o segmento.

Leia também: Entenda como funciona a pesca esportiva e como deixar o peixe menos ‘estressado’ durante a pescaria

Presente à reunião, o professor e secretário executivo de Turismo de Porto Velho, Aleks Palitot, fez um convite a Marcelo Freixo, para conhecer de perto a Reserva Extrativista Lago do Cuniã, situada no Baixo Madeira, em Porto Velho.

A Reserva Extrativista é rica em biodiversidade e atrativos naturais e abriga vários igarapés e uma avifauna diversa, com destaque para pássaros aquáticos, o que a torna um potencial destino para o ecoturismo e a observação de aves.

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O turismo de observação de aves, tem se tornado uma prática cada vez mais popular, atraindo viajantes que buscam não apenas relaxar, mas também se conectar com a rica fauna do país. Com 18% da diversidade mundial de pássaros, o Brasil é um destino imperdível para quem deseja vivenciar essa experiência única.

*Com informações da Embratur

Escolas indígenas de Boa Vista ganham quadras poliesportivas

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São 15 escolas localizadas nas áreas indígenas de Boa Vista que receberam modernas quadras poliesportivas. Foto: Rebeca Lima/PMBV

O compromisso da prefeitura com a rede municipal de ensino envolve também o incentivo à prática esportiva. E prova disso são 15 escolas localizadas nas áreas indígenas de Boa Vista que receberam modernas quadras poliesportivas, garantindo a alegria dos alunos, das famílias e das comunidades em geral.

Com estrutura moderna, cobertura, assentos, muro, alambrado e pintura lúdica voltada à Primeira Infância, as quadras são usadas para atividades esportivas, culturais e pedagógicas. Uma das unidades de ensino contempladas foi a Escola Municipal Indígena Vicente André da Silva, na Comunidade Truaru da Cabeceira. A estrutura também será utilizada nos Jogos Municipais das Escolas Indígenas.

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“Além das atividades esportivas, essas quadras poliesportivas têm uma estrutura moderna e multifuncional, que permite não apenas a prática de vários esportes, mas também a integração das comunidades indígenas. São espaços onde podem promver festas, apresentações e eventos culturais, fortalecendo os vínculos sociais e valorizando as tradições dos povos indígenas”, disse o secretário municipal de Obras, Felipe Menezes.

Voltada à Primeira Infância, as quadras são usadas para atividades esportivas, culturais e pedagógicas. Foto: Giovani Oliveira/PMBV

Incentivo ao esporte e valorização cultural

O gestor da Escola Vicente André da Silva, Marque Agostinho Batista, afirmou que todos estão empolgados com o novo equipamento público. “Este sempre foi um sonho coletivo da comunidade. É uma conquista aos nossos alunos. Vai fortalecer o esporte e valorizar nossa cultura ancestral, elementos tão importantes para os povos indígenas”, contou.

A prefeitura também entregou mais de 40 mil artigos esportivos para as escolas de Boa Vista, inclusive das comunidades indígenas e do campo. São diversos tipos de bolas, como de futebol, de handebol, de vôlei, além de raquetes, equipamentos para atividades motoras, jogos, lúdicos, entre outros.

“Gostei muito daqui. É colorido e bonito”, disse a aluna Dafnne Victoria. Foto: Giovani Oliveira/PMBV

O espaço foi bem recebido pelos alunos, que não esconderam a euforia ao encontrar os itens esportivos, como bolas, cordas, tatames, bambolês e equipamentos que serão utilizados pelos estudantes, assim como na zona urbana. A aluna Dafnne Victoria, de 10 anos, aprovou. “Eu gosto muito de futebol. Jogo bola desde os 7 anos e agora vai ficar ainda melhor. Gostei muito daqui. É colorido e bonito”, disse.

Estudo atesta propriedades antitumorais de oleorresina de copaíba

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Jhéssica Krhistinne Caetano Frota, autora da tese, durante coleta de oelorresina de copaíba no Pará. Foto: Antoninho Perri

As copaíbas são um patrimônio da flora brasileira. Trata-se de árvores com cerca de 25 a 40 metros de altura encontradas na América Central, na América do Sul e na África Ocidental. Mais de 70 espécies de copaíba já foram descritas no mundo, 16 das quais endêmicas do Brasil e ocorrendo principalmente na região amazônica e na Região Centro-Oeste.

Conhecidas popularmente como paus-de-óleo, essas árvores possuem troncos que produzem uma oleorresina com propriedades farmacológicas verificadas em modelos experimentais, fazendo do produto um componente importante da medicina tradicional dos povos amazônicos.

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Com o objetivo de aprofundar os conhecimentos acerca dessas propriedades, um estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp avaliou o potencial antitumoral da oleorresina de um tipo específico de copaíba, a espécie Copaifera reticulata Ducke.

Os testes mostraram que o produto consegue interromper a proliferação de e matar células de linhagens tumorais, abrindo possibilidades para o desenvolvimento de novas terapias contra o câncer. A avaliação fez parte da pesquisa de doutorado de Jhéssica Krhistinne Caetano Frota, com orientação do professor João Ernesto de Carvalho.

Ação antitumoral

O interesse de pesquisadores das ciências farmacêuticas pela oleorresina de copaíba vale-se também dos conhecimentos etnofarmacológicos de povos tradicionais, especialmente os da região amazônica. Segundo a pesquisadora, o uso do produto é amplamente difundido na cultura local.

“As pesquisas já comprovaram sua ação anti-inflamatória, antimicrobiana, cicatrizante, antileishmania, antitumoral, antimalárica, antioxidante e antinociceptiva [efeito de redução ou bloqueio da percepção e transmissão dos estímulos de dor]”, enumera Frota.

A amostra de oleorresina utilizada nas análises saiu de uma C. reticulata Ducke da Floresta Nacional dos Tapajós, no município de Belterra, no Pará, amostra essa cedida pelo Laboratório de Biotecnologia de Plantas Medicinais da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Antes de avaliar a composição e os efeitos farmacológicos do material, a pesquisadora submeteu a oleorresina a um processo de hidrodestilação separando-a em uma fração volátil, de óleo essencial, e em outra fração resinosa.

Realizaram-se ainda fracionamentos para isolar determinados compostos, com o objetivo de comparar os efeitos da oleorresina bruta com suas frações volátil e resinosa e com as subfrações isoladas. No caso das frações volátil e resinosa, Frota conta que o óleo essencial é rico em sesquiterpenos, enquanto a fração resinosa contém mais diterpenos, outro composto da mesma classe, com atividade antitumoral.

Leia também: Guaraná e Copaíba: conheça os frutos que são os olhos da Amazônia

A análise in vitro ocorreu em culturas de células de diferentes linhagens cancerígenas, como as de glioblastoma (tipo de câncer que afeta o sistema nervoso central) e de câncer de mama, de ovário, de pulmão e colorretal. Tanto a oleorresina bruta quanto as frações e subfrações isoladas apresentaram efeitos citostáticos, interrompendo a proliferação das células, e citocidas, eliminando-as. Na sequência, foram realizados testes em camundongos, primeiro para determinar a toxicidade aguda e, depois, a ação antitumoral e anti-inflamatória.

No teste de toxicidade aguda, as doses máximas toleradas foram de 500 mg/kg, 1.000 mg/kg e 500 mg/kg para a oleorresina bruta e as frações volátil e resinosa, respectivamente. Já nos testes da ação antitumoral, a oleorresina bruta e sua fração volátil inibiram significativamente o desenvolvimento do tumor experimental.

No caso da oleorresina bruta, a dose de 75 mg/kg reduziu o peso relativo tumoral em 44,2% enquanto a dose de 150 mg/kg respondeu por uma redução maior, de 85,3%. Já a dose de 250 mg/kg da fração volátil conseguiu reduzir o peso relativo do tumor em 55,5%.

O professor João Ernesto de Carvalho, orientador do trabalho: pesquisas ajudam a manter a floresta em pé. Foto: Cassio Figueira/Divulgação

Também chamou atenção o efeito anti-inflamatório verificado especificamente nas doses de 75 mg/kg da oleorresina bruta e de 250 mg/kg da fração volátil. “Existem linhas de pesquisa que se dedicam a combater os processos inflamatórios que as células de tumores sólidos causam”, afirmou Carvalho.

Segundo o docente, conforme os tumores se desenvolvem, as células tumorais induzem processos inflamatórios para se nutrir e crescer. Assim, o efeito anti-inflamatório contribuiria com o combate aos tumores. No entanto os pesquisadores alertam que, de forma nenhuma, o produto deve ser utilizado para enfrentar um câncer. Os resultados das pesquisas, ainda preliminares, carecem de aprofundamento para determinar melhor a toxicidade do produto e seus efeitos farmacológicos.

Manejo sustentável

Por se tratar de um produto tradicional na cultura amazônica, a oleorresina de copaíba é facilmente encontrada tanto em feiras, lojas de produtos naturais e sites especializados quanto em áreas de mata nativa e mesmo nos quintais de casas da região. Se, por um lado, isso amplia suas possibilidades de uso, por outro faz com que fique suscetível a misturas de oleorresinas extraídas de diferentes espécies de copaíba e mesmo a adulterações por meio do acréscimo de outros tipos de óleo.

“Como existem 27 espécies de copaíba documentadas no Brasil, quando se fala apenas em ‘oleorresina de copaíba’ não é possível determinar a qual espécie nos referimos”, disse o orientador da tese.

Os pesquisadores ressaltam que a oleorresina de cada espécie apresenta um tipo de composição química específico e fatores como o clima, o tipo de solo e o regime de chuvas podem interferir nisso. No caso, os resultados do estudo referem-se especificamente ao indivíduo da espécie estudada – a C. reticulata Ducke –, encontrado na Floresta Nacional do Tapajós.

Segundo Frota, a rastreabilidade da origem da oleorresina representa uma vantagem, pois permite manter a atenção detalhada acerca de suas propriedades e seus efeitos: “Para mim, é um privilégio estudar algo próprio da minha região, da minha casa, e que eu valorizo muito”.

Outra contribuição importante do estudo é valorizar os conhecimentos trazidos pelos povos tradicionais da região, unindo-os a um manejo sustentável das copaíbas e, consequentemente, à preservação da floresta.

“Toda a utilização popular, o comércio e a própria pesquisa auxiliam a mantermos a floresta em pé pois a copaíba cresce na Amazônia e, sem a floresta, essas árvores não existiriam”, observou Carvalho.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Unicamp, edição 727, escrito por Felipe Mateus

Diversidade de morcegos, patógenos e parasitos é analisada na região do Médio Solimões no Amazonas

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Identificação das espécies de morcegos ajuda a elaborar estratégias de vigilância e saúde pública. Foto: Daniela Bôlla

Identificar espécies de morcegos, seus patógenos e parasitos foram os objetivos de pesquisa apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), realizada em Reservas de Desenvolvimento Sustentável, Reservas Extrativistas, Estação Ecológica, além de áreas urbanas e rurais dos municípios de Alvarães e Tefé, no Amazonas.

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Artibeus lituratus. Foto: Daniela Bôlla

Desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e coordenada pela pesquisadora Tamily Carvalho Melo dos Santos, o estudo ‘Morcegos como reservatório de agentes patogênicos e zoonoses na Amazônia Central’ foi realizado no âmbito do Programa de Fixação de Recursos Humanos para o Interior do Estado: Mestres e Doutores por Calha do Rio (Profix- RH), edital nº 009/2021.

O trabalho desenvolvido na região do Médio Solimões buscou gerar dados sobre a diversidade de morcegos, parasitos, assim como identificar quais espécies de morcegos são possíveis reservatórios de patógenos (vírus da raiva e Coronavírus), além de intensificar medidas preventivas para zoonoses, permitindo a elaboração de estratégias de vigilância e saúde pública.

Leia também: Morcegos ajudam ecossistemas, mas podem estar ameaçados com avanço do desmatamento na BR-319, diz especialista

Artibeus lituratus. Foto: Daniela Bôlla

Para a coordenadora da pesquisa, a conservação dos morcegos, aliada às pesquisas epidemiológicas e ações em saúde pública é a melhor estratégia para garantir um convívio seguro, saudável e sustentável entre seres humanos e a biodiversidade.

“É importante ressaltar que, embora estejam associados à transmissão de agentes patogênicos, os morcegos não são vilões. Eles desempenham papéis ecológicos cruciais. O verdadeiro desafio está no equilíbrio: entender como esses animais interagem com o meio ambiente e com os seres humanos é a chave para prevenir futuras crises sanitárias”, comentou Tamily Santos.

Análise de patógenos

Para realizar o levantamento de informações sobre os morcegos, os pesquisadores utilizaram redes de neblina, além de detectores de ultrassom para registrar as espécies que não são capturadas por meio desse equipamento. Ao todo, foram capturados 1.116 morcegos, de 8 famílias, 41 gêneros e 85 espécies.

Carollia perspicillata. Foto: Daniela Bôlla

Os testes realizados em 727 morcegos para raiva e Coronavírus deram resultados negativos. Em relação aos parasitos, foram identificadas sete espécies de helmintos, com o primeiro registro para o Brasil da espécie Nudacotyle novicia, um verme trematódeo, antes registrado apenas no Equador.

Já as análises moleculares do sangue de 80 morcegos identificaram que 21 deles estavam infectados com Mycoplasma spp., que é uma bactéria conhecida por causar infecções respiratórias, genitais e outras doenças.

Os pesquisadores também realizaram atividade de educação ambiental nas comunidades da Reserva Mamirauá e na cidade de Tefé. Os comunitários conheceram sobre a importância ecológica dos morcegos na manutenção e regeneração das florestas, além de terem participado de atividades de campo, acompanhando e auxiliando na coleta dos dados da pesquisa. Também foi possível informar o papel dos morcegos como polinizadores e no controle e predação de insetos.

*Com informações da Fapeam

Queijarias artesanais do Amazonas conquistam medalhas no Prêmio Queijo Brasil

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Queijaria D´Lourdes venceu diversas categorias em prêmio nacional. Foto: Reprodução/Agência Sebrae de Notícias

As queijarias artesanais do Amazonas tem se consolidado como referências no cenário nacional e internacional da produção de laticínios. No dia 10 de julho, os empreendimentos D’Lourdes, Macurany e Queijaria Original, com o apoio técnico do Sebrae Amazonas e de outros parceiros institucionais, foram premiados com medalhas no VIII Prêmio Queijo Brasil, realizado em Blumenau (SC), considerado o maior concurso de queijos artesanais do país.

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A Queijaria D´Lourdes, localizada no município de Autazes, conquistou nove medalhas e, pelo segundo ano consecutivo, recebeu o título de melhor queijaria do Estado do Amazonas.

Os reconhecimentos incluíram cinco medalhas de ouro, atribuídas à:

  • Ricota Fresca de Búfala,
  • Queijo Coalho de Búfala,
  • Queijo Coalho com Castanha,
  • Queijo Coalho Maturado com Cachaça e Cumaru,
  • e ao tradicional Doce de Leite.

A excelência da produção também rendeu duas medalhas de prata, com o Queijo Coalho com Mistura de Leites e o Queijo Coalho com Orégano. Para completar o pódio, a marca levou duas medalhas de bronze, com os sabores Queijo Coalho com Calabresa e Pimenta Calabresa, e Queijo Coalho com Tucumã.

Leia também: INPI reconhece Indicação Geográfica para o queijo de Autazes, no Amazonas

Queijaria Original. Foto: Reprodução/Agência Sebrae de Notícias

A Queijaria Macurany, do município de Parintins, também se destacou no VIII Prêmio Queijo Brasil, conquistando nove medalhas que reconhecem a excelência da sua produção artesanal. Foram quatro medalhas de ouro com o Doce de Leite Macurany com Castanha da Amazônia, Manteiga Macurany, Queijo Coalho de Búfala e o Queijo de Manteiga Macurany Búfala. A marca também levou quatro pratas, com o Doce de Leite Macurany, o Doce de Leite Tradicional Macurany, a Manteiga de Garrafa Macurany e o Queijo Coalho Macurany. Além dessas conquistas, o Queijo Frescal do Amazonas Macurany rendeu à empresa uma medalha de bronze.

A Queijaria Original, do município de Autazes, foi premiada com medalha de prata pelo Queijo Coalho de Búfala e medalha de bronze pelo Queijo Defumado Artesanal.

Segundo Arleane Figueiredo, responsável pela D’Lourdes, a Ricota de Búfala foi fundamental para a conquista do título estadual. Com nota 9,9, o produto quase voltou a figurar entre os dez melhores queijos do Brasil, feito já alcançado pela empresa em 2024.

“Ano passado começamos pelo Mundial em São Paulo, vencendo em duas categorias com a nossa ricota de búfala e o coalho de búfala. Depois, na missão do Sebrae Amazonas para Minas Gerais, ganhamos mais uma medalha para a ricota. Em Blumenau, enviei quatro produtos e todos foram premiados, três com ouro. Nossa ricota entrou para o ranking dos dez melhores queijos do Brasil, foi uma conquista muito importante para o Amazonas. Também foi esse queijo que garantiu o título de melhor queijaria do estado em 2024”.

“Em 2025, na missão do Sebrae Amazonas em Minas Gerais, nossa queijaria conseguiu um feito inédito: ganhamos quatro ouros. E agora, em Blumenau, estamos levando nove medalhas e repetindo o título estadual. Nossa Ricota de Búfala alcançou nota 9,9, por apenas um décimo, não voltamos ao ranking dos dez melhores. Mesmo assim, é muito gratificante levar esse reconhecimento para o nosso estado”, disse Arleane.

Os produtos D’Lourdes são comercializados em lojas como o Baratão da Carne e Carrefour, em Manaus, além de supermercados em Parintins, com pedidos também realizados via Instagram (@queijariadelourdes) e telefone (92) 98408-8704.

Leia também: Entenda como funciona a produção de queijo artesanal em Manaus

“Mais uma vez tivemos a honra de participar do Prêmio Queijo Brasil, que é o grande encontro dos produtores e queijeiros artesanais de todo o país. Neste ano, mais de 2.200 queijos foram avaliados, e ficamos felizes em conquistar premiações nas categorias ouro, prata e bronze. Essas medalhas coroam nosso trabalho e refletem o esforço contínuo que temos feito com o apoio do Sebrae. Graças à parceria com o Sebrae Parintins, por meio da gerente Luane, e ao apoio do Sebrae Amazonas, conseguimos alcançar essas conquistas e levar o nome de Parintins ao cenário nacional. Nosso queijo está se consolidando entre os melhores do Brasil, e isso nos enche de orgulho”, falou Michele Carvalho, uma das proprietárias da Macurany.

Os produtos da Queijaria Macurany, podem ser encontrados em Parintins, com distribuição exclusiva na cidade. Para mais informações sobre encomendas e variedades disponíveis, basta entrar em contato pelo Instagram (@leiteriamacurany).

Queijaria Macurany. Foto: Reprodução/Agência Sebrae de Notícias

A Queijaria Original, representada por Neto Paiva, também foi destaque na premiação. A empresa levou duas medalhas. “Sempre que precisamos, o Sebrae Amazonas está com as portas abertas, nos apoiando tecnicamente, na logística e divulgação. É uma parceria valiosa para nós da queijaria Original e da Associação de Produtores dos Queijos de Autazes”.

Agora, as três queijarias amazonenses premiadas se organizam para levar o sabor do Brasil a eventos internacionais. Com o apoio logístico do Governo do Estado, Arleane já inscreveu três produtos em um concurso na França, ampliando o alcance da produção local. Michele, por sua vez, submeteu quatro produtos à avaliação internacional, enquanto Neto também busca viabilizar sua participação.

“É muito gratificante levar essas premiações para o Amazonas e mostrar que no interior, em Autazes, temos queijarias com potencial de destaque mundial”, destaca Arleane.

A diretora-superintendente do Sebrae Amazonas, Ananda Pessôa, celebra o avanço da produção artesanal e destaca o papel da instituição.

“Essas conquistas refletem o que acreditamos no Sebrae: que com capacitação, apoio técnico e incentivo à inovação, o pequeno produtor do interior pode alcançar resultados grandiosos. É uma alegria ver as queijarias amazonenses ocupando espaço de prestígio no cenário nacional e já mirando o reconhecimento internacional. Seguiremos fortalecendo esses empreendimentos e conectando cada vez mais o saber tradicional com as exigências do mercado”.

Segundo Eliene Freitas, representante do Sebrae e gestora do projeto na região, o sucesso das queijarias é resultado de um trabalho iniciado há mais de 15 anos em Autazes, município conhecido como Terra do Leite.

Queijaria D´Lourdes. Foto: Reprodução/Agência Sebrae de Notícias

“Quando o Sebrae chegou à região, identificamos um grande potencial de crescimento entre os produtores locais, que já comercializavam seus queijos de forma tradicional. Percebemos que, com apoio técnico adequado, seria possível elevar a qualidade e a estrutura da produção. Foi então que desenvolvemos o projeto ‘Cadeia do Leite de Autazes’. Iniciamos com capacitações, consultorias especializadas e a implantação de boas práticas nas fazendas, sempre respeitando o ritmo de cada empreendedor e valorizando a cultura produtiva da região”.

Ao longo dos anos, o Sebrae promoveu missões técnicas a estados como Santa Catarina, Ceará, Pernambuco e à icônica Serra da Canastra, referência nacional na produção de queijos premiados.

“Ver outros produtores sendo reconhecidos internacionalmente fez com que nossos empreendedores pensassem: ‘Por que não podemos alcançar o mesmo?’”, disse Eliene.

Esse processo envolveu uma intensa articulação com produtores. “O Sebrae abraçou esse projeto desde o início e construiu uma relação duradoura com os queijeiros locais. E hoje é emocionante ver o quanto evoluíram”, disse Eliene.

Sobre o evento

A oitava edição do Prêmio Queijo Brasil, realizada em Blumenau (SC), consolidou-se como a maior competição nacional voltada à avaliação de queijos artesanais, manteigas e, pela primeira vez, doces de leite.

O evento reuniu 618 produtores de mais de 320 cidades brasileiras, que inscreveram 2.291 amostras para julgamento técnico. A análise foi conduzida por um painel composto por 140 especialistas em produtos lácteos, por meio de degustações às cegas, seguindo critérios como aparência, aroma, textura e fidelidade ao estilo declarado.

As avaliações ocorreram entre os dias 7 e 9 de julho, e os vencedores foram anunciados na quinta-feira (10/07), durante a cerimônia oficial que deu início ao Festival Nacional do Queijo. A programação seguiu até o domingo (13/07), reunindo oficinas, rodadas de negócios, feira gastronômica e atividades voltadas ao público consumidor e ao setor produtivo.

*Com informações da Agência Sebrae de Notícias

Seca afeta 22% da bacia amazônica apesar das cheias, aponta monitoramento da ANA

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Encontro das Águas. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Apesar das cheias que atingem os rios do Norte do país, a seca persiste em mais de 22% do território nacional pertencente à bacia hidrográfica amazônica. As informações foram publicadas nesta semana pelo Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

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Esse aparente contraste acontece porque a elevação do nível dos rios amazônicos é consequência das chuvas nas cabeceiras da bacia, especialmente no Peru e na Colômbia. Por isso, as populações das áreas mais baixas enfrentam a falta de chuvas ao mesmo tempo que são ainda impactadas pelas inundações.

Apesar das nove calhas de rios do Amazonas estarem em processo de vazante, mais de meio milhão de pessoas sofrem as consequências das cheias nos últimos meses e 42 cidades estão em situação de emergência.

Leia também: Portal Amazônia responde: o que e quais são as calhas dos rios do Amazonas?

No mês de junho, a estiagem recuou no Amazonas, norte de Rondônia e sul do Tocantins. Por outro lado, devido às chuvas abaixo da normalidade, houve surgimento de seca fraca no leste do Pará.

O Monitor de Secas vem apontando o enfraquecimento da seca desde fevereiro, quando as chuvas passaram a ocorrer com maior regularidade na Região Norte.

A seca considerada grave atinge atualmente apenas a Região Nordeste, especialmente no norte da Bahia e centro de Pernambuco.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas acima da média melhoram os indicadores. No Sul, a escassez de água em sua forma grave deixou de ser registrada e houve recuo de até duas categorias, deixando o sul do Paraná, oeste de Santa Catarina e quase todo o Rio Grande do Sul sem seca relativa.

*Com informações da Rádio Agência Nacional

Comissão de Segurança Pública da Aleam apresenta balanço das atividades do primeiro semestre de 2025

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Foto: Matheus Rodrigues/Aleam

A Comissão de Segurança Pública, Acesso à Justiça e Defesa Social da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), presidida pelo deputado Comandante Dan (Podemos), apresentou um balanço das atividades realizadas no primeiro semestre de 2025. Comprometida com a prevenção da violência e da criminalidade, a Comissão atua na promoção da integração social e na colaboração com as Polícias Militar e Civil, além de se dedicar à construção e ao fortalecimento de políticas públicas de segurança.

O relatório oficial revela que, entre janeiro e junho, foram recebidas 24 proposições legislativas, das quais 18 obtiveram pareceres favoráveis e apenas uma recebeu parecer contrário. Nesse período, foram realizadas 284 reuniões internas, 53 reuniões externas e 139 visitas técnicas a instituições estratégicas. A Comissão também organizou oito eventos voltados ao aprimoramento da segurança pública, consolidando seu papel propositivo na agenda legislativa do estado.

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O deputado Comandante Dan teve participação ativa como presidente da Comissão nas negociações entre policiais militares e o Governo do Estado, buscando garantir o pagamento das datas-bases dos servidores da segurança pública. Ainda em fevereiro, foi realizada audiência pública sobre a data-base, que, conforme a legislação, deve ocorrer anualmente no mês de abril.

A atuação reforça o compromisso da Comissão com o diálogo e a mediação em defesa dos direitos da categoria. Outras audiências públicas foram promovidas para ouvir a população, associações de classe, representantes de órgãos de segurança e especialistas.

Nessas ocasiões, discutiram-se temas como melhorias para as forças policiais, combate ao crime organizado e a situação das Guardas Municipais, com o objetivo de construir soluções conjuntas e dar voz às demandas dos profissionais e da sociedade.

Entre janeiro e junho de 2025, a Comissão esteve presente em 54 dos 62 municípios amazonenses. Neles, vistoriou instalações policiais, dialogou com profissionais da área e atuou junto às lideranças legislativas e executivas locais para promover a municipalização do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), instituído pela Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018.

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Como parte desse esforço, elaborou e distribuiu a “Cartilha da Municipalização da Segurança”, material inédito que orienta prefeituras, câmaras municipais e a sociedade civil sobre como aderir à lei.

Em maio, dois eventos marcaram a atuação da Comissão: o lançamento do Observatório de Segurança Pública do Amazonas e a terceira edição do Seminário de Segurança Inovadora.

O Observatório, iniciativa inédita no Brasil por partir de um poder legislativo estadual, tem como missão produzir estudos, tratar dados e fornecer subsídios técnicos para políticas públicas eficazes. Com acesso democrático ao conhecimento, seu portal está disponível ao público no endereço eletrônico: observatoriocsp.aleam.gov.br.

Ao instalar oficialmente o Observatório, o deputado Comandante Dan expressou satisfação por ver a Aleam tornar-se referência nacional na área. Segundo ele, apesar das quedas nos índices de violência, o Amazonas ainda apresenta números elevados em comparação à média nacional.

“O Observatório democratiza o acesso ao conhecimento e amplia a participação popular, envolvendo universidades, ONGs, lideranças comunitárias e os próprios cidadãos na construção das políticas públicas”, destacou o parlamentar, que comandou a Polícia Militar entre 2008 e 2011 e atualmente está na reserva.

Seminário

O III Seminário de Segurança Inovadora, realizado no auditório Belarmino Lins, na sede da Aleam, resultou em um manifesto em defesa dos povos do Amazonas, propondo políticas que assegurem trabalho, renda e qualidade de vida para a população.

O evento, conduzido pela presidência da Casa Legislativa e pela Comissão de Segurança Pública, reforçou a busca por soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelo estado.

O trabalho da Comissão segue, de acordo com o parlamentar, com o propósito de tornar o Amazonas mais seguro, justo e atento às necessidades de seu povo, afirma o deputado, destacando o compromisso com a população também ao longo do segundo semestre de 2025.

Em reunião com moradores de Presidente Figueiredo, Roberto Cidade confirma início das obras da Rodovia AM-240 após sua articulação

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Foto: Artur Gomes

A atuação do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), garantiu o início das obras emergenciais de recuperação na rodovia AM-240, importante eixo de ligação entre comunidades com a sede do município de Presidente Figueiredo. Conhecida como estrada da Vila de Balbina, a via enfrenta problemas estruturais como buracos, erosão e falta de sinalização.

Nesta quinta-feira, 10/7, o parlamentar recebeu na Casa Legislativa, um grupo de moradores, comerciantes e produtores rurais da região para prestar contas das providências tomadas e reforçar seu compromisso com a população da Terra das Cachoeiras. Cidade já havia solicitado, no dia 21 de maio deste ano, por meio de requerimento, a recuperação asfáltica, requalificação da sinalização vertical e horizontal, e a capinação das margens da rodovia.

O documento foi encaminhado ao Governo do Estado, à Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) e ao Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM). No dia 1º, Cidade voltou a pedir ao Governo do Estado uma intervenção urgente na AM-240.

“Digo para vocês (representantes) que a AM-240 vai ficar do jeito que ela merece. Já tenho informações de que está sendo executada a operação de tapa-buraco e, em breve, vai sair a obra definitiva dessa estrada, por onde passam mais de 10 mil pessoas todos os dias. Essa resposta é resultado do nosso esforço, aqui do Poder Legislativo, da nossa articulação e da união com os moradores e lideranças locais que lutam pela melhoria da estrada”, afirmou o deputado.

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Durante o encontro, Roberto Cidade fez uma videochamada com o secretário de Infraestrutura do Estado (Seinfra), Carlos Henrique Lima, que informou as medidas que estão sendo tomadas a curto prazo para mitigar os transtornos causados pelos buracos. Segundo ele, o projeto para a recuperação total da estrada está em fase de finalização e deve ser concluído até o início de agosto.

“Desde ontem (9/7), estão sendo realizados, de forma emergencial, trabalhos de tapa-buraco com alargamento da via em toda a estrada. Em paralelo a isso, nossa equipe está em processo de finalização do projeto que visa à total recuperação e restauração de toda a estrada, que está com muita erosão. Acredito que, no final de julho e início de agosto, este projeto esteja finalizado, para que possamos, assim, fazer a recuperação total da rodovia”, informou o secretário.

Roberto Cidade destacou a importância estratégica dessa iniciativa para o desenvolvimento local. “Desde o meu primeiro mandato, sempre fui comprometido com Presidente Figueiredo. Meu compromisso é com as pessoas que vivem e produzem naquela região”, declarou o parlamentar.

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A atuação do deputado foi reconhecida por lideranças comunitárias. O produtor rural Fernando Silva, morador do KM 13 da estrada da Vila de Balbina, agradeceu ao presidente Roberto Cidade pela intermediação junto ao Governo do Estado.

“Quero agradecer ao deputado estadual Roberto Cidade. Nós vivemos lá na nossa comunidade da AM-240, buscando a melhoria para a trafegabilidade na via. Ele nos recebeu com atenção, ouviu nossas demandas e intermediou junto ao Governo do Estado. Agora estamos vendo a resposta acontecer. Sabemos que o governo vai continuar promovendo melhorias e, em breve, virá a recuperação da AM em sua totalidade”, disse o produtor rural.

Piscicultor na Comunidade São Salvador, no KM 26 da AM-240, o empresário Withan Laborda destacou que os anseios dos moradores e produtores ao longo da rodovia vão sair do papel. “Fomos bem recebidos e obtivemos, de concreto, que realmente fomos atendidos. Os nossos interesses em relação à AM-240 vão sair do papel. Isso é importante para todo o município de Presidente Figueiredo, sobretudo para quem vive e depende da AM-240”, frisou.

Além de fundamental para o transporte de cargas e pessoas, a estrada é também um importante corredor turístico, com acesso a mais de 200 atrativos naturais, como a Caverna do Maroaga, a Gruta da Judéia, a Cachoeira Santuário e a Pedra Furada, consolidando Presidente Figueiredo como um dos principais destinos do ecoturismo amazonense.

Amazonas é exemplo de campanha de conscientização à saúde animal com o ‘Julho Dourado’

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Foto: Hudson Fonseca/Aleam

O mês de julho marca a realização da campanha ‘Julho Dourado‘, voltada à conscientização sobre a saúde animal e à prevenção de zoonoses. A iniciativa busca destacar a importância da vacinação e de cuidados preventivos para proteger os animais de estimação e a saúde pública.

Na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a deputada estadual Joana Darc (UB) foi autora do Projeto de Lei nº 377/2022, que instituiu oficialmente o “Julho Dourado” no calendário estadual. A proposta foi aprovada e transformada na Lei Ordinária nº 6.193, de 3 de janeiro de 2023.

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A campanha tem como objetivos principais: promover ações em prol da qualidade de vida de animais domésticos e de rua por meio de palestras, seminários, mobilizações e outras atividades educativas; incentivar a adoção de animais abandonados; e divulgar os princípios da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A legislação também prevê a possibilidade de parcerias com a iniciativa privada, entidades civis e organizações não governamentais de proteção animal. Além disso, recomenda-se a decoração voluntária de prédios com luzes ou faixas douradas durante o mês, como forma simbólica de adesão à campanha.

A deputada Joana Darc destaca que o abandono de animais, além de ser um problema ético, representa risco à saúde pública.

“Além do sofrimento a que são submetidos, os animais abandonados podem transmitir zoonoses como raiva, esporotricose, leishmaniose, toxoplasmose e leptospirose. Também causam outros transtornos, como acidentes de trânsito, sujeira e ataques a pessoas”, afirmou.

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Ela ressalta ainda o potencial da campanha para ganhar projeção nacional, comparável a outras já consolidadas.

“O Julho Dourado já é um exemplo de sucesso no Paraná e, se for adotado por outros estados, pode ter a mesma relevância na saúde animal que o Outubro Rosa e o Novembro Azul têm na prevenção do câncer de mama e de próstata, respectivamente”, concluiu.