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Investidores apoiam reflorestamento da Amazônia por meio de crédito do Banco Mundial; valor é de US$ 225 milhões

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O Banco Mundial – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) – precificou no dia 13 de agosto um título vinculado ao reflorestamento da Amazônia, com prazo de 9 anos, no valor de US$225 milhões.

Este é o maior título vinculado a resultados já precificado pelo Banco Mundial, oferecendo aos investidores um cupom que é composto por uma parte fixa garantida e outra que é variável, atrelada à geração de Unidades de Remoção de Carbono (CRUs) provenientes de projetos de reflorestamento na floresta Amazônica, no Brasil.

Este título é o primeiro a vincular o retorno financeiro dos investidores à remoção de carbono da atmosfera, distinguindo-se de transações anteriores que eram baseadas na venda de créditos de carbono relativos a emissões evitadas.

Deste total, aproximadamente US$36 milhões estão sendo mobilizados para apoiar as atividades de reflorestamento da Mombak, uma empresa brasileira que utiliza esses fundos para adquirir ou firmar parcerias com proprietários de terras na Amazônia, com o objetivo de reflorestar áreas com espécies de árvores nativas.

Além de remover carbono, o reflorestamento contribui para o aumento da biodiversidade e promove o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. O uso de CRUs nesta estrutura de bônus por resultados introduz um novo modelo de mobilização de capital privado para o financiamento do reflorestamento.

Leia também: Mercado de carbono gerará recursos para preservar Amazônia, diz especialista

Foto: Divulgação/TV Brasil

O título tem proteção de 100% do principal e os recursos, de US$225 milhões, serão utilizados para apoiar as atividades de desenvolvimento sustentável do Banco Mundial ao redor do mundo. Os investidores do título abrirão mão de uma parte dos pagamentos de cupom ordinário, com valores equivalentes a serem disponibilizados, via uma transação de hedge com o HSBC, para financiar os projetos da Mombak.

Os projetos de reflorestamento da Mombak estão alinhados com as prioridades do Banco Mundial na Amazônia e não são financiados por empréstimos do BIRD. As CRUs geradas serão adquiridas através de um contrato de compra e venda por um comprador de CRUs. Uma parte da receita gerada por essa venda será destinada aos detentores do título na forma de juros atrelados às CRUs, além do cupom mínimo garantido que o Banco Mundial pagará aos investidores.

O título oferece aos investidores um potencial benefício financeiro em comparação com os títulos tradicionais do Banco Mundial de prazos semelhantes, caso os projetos e a monetização das CRUs de alta qualidade ocorram conforme o esperado.

Foto: Divulgação/Fundo Amazônia

Sobre o Banco Mundial

Os títulos do Banco Mundial apoiam o financiamento de programas que promovem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os títulos estão alinhados com as Diretrizes de Títulos de Sustentabilidade publicadas pela Associação Internacional de Mercado de Capitais e, como tal, financiam uma combinação de projetos, programas e atividades verdes e sociais, ou seja, de “desenvolvimento sustentável”, nos países membros do BIRD, conforme descrito na Estrutura de Títulos de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial.

O Banco Mundial (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, BIRD), classificado como Aaa/AAA (Moody’s/S&P), é uma organização internacional. Criado em 1944, é membro original do Grupo do Banco Mundial e opera como uma cooperativa de desenvolvimento global de propriedade de 189 nações. O Banco Mundial oferece empréstimos, garantias, produtos de gerenciamento de risco e serviços de consultoria a países de renda média e outros países com capacidade de crédito, com o objetivo de apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, erradicar a pobreza extrema e promover a prosperidade compartilhada.

Além disso, oferece liderança para coordenar respostas regionais e globais aos desafios do desenvolvimento. O Banco Mundial emite títulos de desenvolvimento sustentável nos mercados de capitais internacionais há mais de 70 anos para financiar programas e atividades com impacto positivo. Mais informações sobre os títulos do Banco Mundial estão disponíveis em www.worldbank.org/debtsecurities.

Parques estaduais são opções de lazer no Pará; saiba quais

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Você gosta de se aventurar pelo bioma amazônico? No Pará, por exemplo, uma boa pedida são os parques estaduais administrados pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). Com atrações para todos os perfis de visitantes, eles garantem um passeio recheado de cultura, aventura e tranquilidade em meio à exuberante natureza paraense.

Em Belém, o Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna” é uma das escolhas para quem busca lazer sem precisar sair da capital. Com funcionamento das 6h às 17h, o local oferece uma ampla gama de atividades, incluindo trilhas, caminhadas e ciclismo, além de esportes aquáticos, como passeios de caiaque. A UC é perfeita para famílias e esportistas que querem desfrutar do feriado em meio à natureza, sem abrir mão do conforto da cidade.

Pré-História

Enquanto isso, o Parque Estadual de Monte Alegre, na região oeste paraense, destaca-se por suas belezas naturais e importância arqueológica. Os visitantes têm a chance de conhecerem as famosas e raras pinturas e inscrições rupestres que datam de aproximadamente 12 mil anos.

Os desenhos são considerados pelos especialistas como os sítios arqueológicos mais antigos da Amazônia. Essa imersão na história oferece uma experiência única e educativa, ideal para quem busca conhecer mais sobre o patrimônio cultural amazônico.

Além dos aspectos históricos, o Parque de Monte Alegre é um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza. As trilhas que percorrem a UC revelam formações rochosas impressionantes e uma biodiversidade rica, que inclui diversas espécies endêmicas da região. Os mirantes ao longo dos percursos oferecem vistas panorâmicas que capturam a essência das paisagens amazônicas, tornando cada caminhada uma experiência visual e sensorial.

Foto: ASCOM – IDEFLOR-Bio

Cachoeiras

No sudeste paraense, o Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia, promete uma experiência também marcante. Situado em uma área de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado, o local combina o melhor dos dois mundos, com uma diversidade de flora e fauna que impressiona até os visitantes mais experientes. A UC é um destino popular para ecoturismo e atrai visitantes de todo o Brasil em busca de aventura e tranquilidade.

As mais de 30 cachoeiras catalogadas são um dos principais atrativos do local. Com suas águas cristalinas e quedas d’água de grande impacto, as cachoeiras proporcionam momentos de relaxamento e contato profundo com a natureza. Além disso, os mirantes estrategicamente posicionados oferecem vistas de tirar o fôlego, tornando o Parque um cenário ideal para fotógrafos e amantes de paisagens naturais.

Foto: ASCOM – IDEFLOR-Bio

Situação alimentar dos povos indígenas terá ferramenta para diagnóstico local

Acordos de cooperação foram firmados para a elaboração de uma ferramenta que vai apoiar o diagnóstico local dos sistemas alimentares em territórios indígenas. O objetivo é promover sistemas mais saudáveis e sustentáveis, respeitando a cultura dos diferentes povos e identificando demandas de segurança alimentar e nutricional.

O tema dos sistemas alimentares indígenas foi tradado na oficina técnica na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), no dia 14 de agosto. O evento contou com representantes dos ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), da Saúde (MS), dos Povos Indígenas (MPI), da Funai, além da Opas, do Unicef e da Fundação José Luis Egydio Setúbal.

“Esse trabalho é bastante importante e estratégico para o MDS e para o governo como um todo. Esse estudo vai permitir olhar para os sistemas alimentares indígenas de forma específica. É uma oportunidade inédita que temos de olhar para o que está acontecendo junto aos povos indígenas em termos de alimentação e nutrição de maneira geral”, explicou Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS.

O acordo inclui a entrega de uma matriz para diagnóstico do sistema alimentar em territórios indígenas, da metodologia para elaboração de planos intersetoriais a partir do diagnóstico, de materiais didático-pedagógicos para formação de multiplicadores em pelo menos 10 territórios, além de planos de ação intersetoriais para melhoria da situação de segurança alimentar e nutricional em 15 territórios indígenas.​

No início de 2023, o Governo Federal decretou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) no território Yanomami, onde foi verificado crianças e idosos em estado grave de saúde e desnutrição, além de muitos casos de malária, infecção respiratória aguda e outras enfermidades.

Os Mapas da Insegurança Alimentar e Nutricional (MAPA INSAN) de 2016 e de 2018 já mostravam números preocupantes de insegurança alimentar entre os povos indígenas e as comunidades tradicionais.

Diante desse cenário e do contexto de mudanças do clima, os territórios indígenas são os mais vulneráveis, o que prejudica os sistemas alimentares desses povos. No entanto, os povos indígenas possuem conhecimentos e práticas ancestrais sobre os recursos naturais que são importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas.

Com o projeto, pretende-se identificar as práticas realizadas e experiências positivas, além de questões importantes que exigiriam ações intersetoriais para garantir a produção local, o abastecimento ou consumo de alimentos saudáveis em territórios indígenas.

*Com informações da Agência do Governo Federal

Pesquisador afirma que “fungos são uma das maiores riquezas da biodiversidade da região amazônica”

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Os fungos são os organismos com a maior diversidade na região amazônica e são apontados como uma potencial fonte de promoção do desenvolvimento socioeconômico. É o que aponta o pesquisador no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), João Vicente de Souza, que palestrou nos ‘Seminários da Amazônia’ com o tema ‘Prioridades de Pesquisa com Fungos para valorização, desenvolvimento humano e preservação da Amazônia’, em que abordou a potencialidade de estudo dos fungos amazônicos.

Para Souza, os microorganismos – fungos – são uma das maiores riquezas da região amazônica que precisam ser melhor aproveitadas e também são um grande desafio. A pressão pelo desmatamento da floresta para a agropecuária e a abertura de estradas, como a Rodovia Álvaro Maia (BR-319), são algumas das ameaças ao conhecimento desses seres vivos e que são pouco conhecidos em relação à sua distribuição na Amazônia.

Os microorganismos são fontes potenciais de desenvolvimento por estarem envolvidos em diversas cadeias de transformação e na criação de novos produtos como combustíveis. O pesquisador apresentou algumas áreas de pesquisas prioritárias na Amazônia e as possibilidades de pesquisas com fungos que beneficiam o ser humano, como a descoberta de novos antibióticos. Souza destaca, ainda, que pesquisas com fungos trazem soluções para doenças que desafiam a sociedade como a esporotricose.

Seminários da Amazônia

Os Seminários acontecem duas vezes no mês, às 16h, no Centro de Convivência, campus 1 do Inpa, em Manaus (AM). A depender da ocasião, sessões extras podem ocorrer, inclusive com mudança de local. O evento é presencial (sem transmissão), aberto ao público e gratuito.

O próximo ‘Seminários da Amazônia’ será no dia 29 de agosto com a pesquisadora Camila Ribas, com o tema ‘Amazônia em movimento: biogeografia, evolução e conservação’.

*Com informações do INPA

PL que permite operação de companhias aéreas estrangeiras em trechos domésticos na Amazônia é aprovado em comissão do Senado

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Um projeto de lei (PL) que permite operação de companhias aéreas estrangeiras em trechos domésticos na Amazônia Legal foi aprovado com emendas pela Comissão de Infraestrutura do Senado no dia 15 de agosto.

O texto do Projeto de Lei Nº 4392/2023 foi apresentado pelo senador do Acre, Alan Rick (União), e prevê o transporte aéreo doméstico por empresas estrangeiras, desde que possuam viagens com origem ou destino nos nove estados da Amazônia Legal, o que contemplaria o Acre.

O objetivo do projeto, segundo o parlamentar, é abrir espaço para que novas empresas operem nesses trechos, o que poderá diminuir o custo dos bilhetes aéreos na região.

“Com mais empresas podendo operar nos estados amazônicos, haverá maior concorrência e, consequentemente, os preços das passagens devem cair. E, claro, teremos mais voos, o que é uma necessidade urgente em todos os aeroportos da região”, enfatizou Alan Rick.

A legislação brasileira não permite, atualmente, que as companhias estrangeiras façam voos de uma cidade brasileira para outra antes de voltar a seu país de origem, questão que a proposta pretende alterar.

Após aprovado, com emendas, na comissão, o projeto seguirá para análise do plenário do Senado, ainda sem data prevista.

Crise aérea

Foto: Senador Alan Rick/Asscom

Em 2023, ao lado de representantes do governo estadual e de empresários do setor de turismo, parlamentares do Acre se reuniram com o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França em Brasília. O encontro buscou discutir possíveis soluções para a crise dos voos no estado, causada pela escassez na oferta de viagens e o alto custo.

O coordenador da bancada federal acreana, senador Alan Rick (União Brasil), disse que alternativas foram debatidas, e espera contar com o apoio do Governo Federal para solucionar a questão.

Na reunião, foram apresentadas as seguintes propostas:

  • Utilização do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) para subsídio do querosene de aviação;
  • Instalação do Instrument Landing System (ILS) no aeroporto de Cruzeiro do Sul;
  • Construção de aeródromo em Sena Madureira;
  • Alfandegamento do aeroporto de Rio Branco.

A instalação do ILS é pauta de uma recomendação do Ministério Publico Federal do Acre (MPF-AC) ao Ministério Público do Acre (MP-AC). O órgão federal pede que o MP solicite a utilização do sistema para permitir o fluxo de aeronaves em condições meteorológicas adversas, e assim amenizar o problema da escassez de voos no estado.

O ministro Márcio França afirmou que o objetivo é garantir que mais pessoas consigam viajar no Acre, e que deve fazer uma visita ao estado para acompanhar de perto o problema.

Alan Rick destacou que o alto custo do querosene é uma alegação constante das companhias aéreas, e agir para diminuir o preço é uma das saídas para aumentar a oferta de voos.

Após o encontro, o parlamentar apresentou um projeto de lei para oficializar essas propostas. O texto segue em tramitação no Senado Federal.

*Com informações da Rede Amazônica AC

Estudo alerta sobre declínio do cultivo de peixes na Amazônia

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O cultivo de peixes nativos na Amazônia não tem recebido a merecida atenção dos governos federal e estaduais, considerando seu potencial econômico e baixo impacto ambiental. É o que mostra o novo estudo do Instituto Escolhas, ‘Solução debaixo d’água: o potencial esquecido da piscicultura amazônica’, lançado no dia 8 de agosto, que traz um levantamento inédito sobre o atual panorama da piscicultura de espécies nativas nos nove estados da Amazônia Legal.

O mapeamento geoespacial identificou 76.942 hectares de lâmina d’água naquela região e 61.334 empreendimentos de piscicultura – um número 39% maior do que mostra o Censo Agropecuário.

Segundo o estudo, o cultivo de peixes nativos da Amazônia é viável economicamente, tem a vantagem de usar até 10 vezes menos espaço para produzir a mesma quantidade de carne que a pecuária extensiva e pode gerar uma renda significativa – especialmente para os pequenos produtores, que respondem por 95,8% das propriedades mapeadas. Para isso, no entanto, a atividade precisa alcançar novos mercados para se manter relevante regionalmente e ganhar competitividade no cenário nacional.

“Um avanço consistente no mercado nacional depende da resolução de dois gargalos: solucionar os problemas responsáveis pela baixa produtividade, como a falta de acesso à assistência técnica adequada, e aumentar a produção, que oscila entre 160 mil e 175 mil toneladas anuais desde 2015. Para efeito de comparação, somente o estado do Paraná, maior produtor de peixes do país, produziu 150 mil toneladas em 2022”, afirma Sergio Leitão, diretor executivo do Instituto Escolhas. O estado de Rondônia detém a liderança da produção regional, tendo produzido 57,2 mil toneladas, também em 2022.

De acordo com a pesquisa, os empreendimentos de piscicultura na Amazônia têm, em média, 19% de área inativa. Esse percentual chega a 20% nas pequenas propriedades. Isso acontece porque, no atual contexto de pequena produção e baixa produtividade, o investimento necessário para manter os tanques ativos não compensa. 

O acesso ao crédito, que poderia mudar essa realidade, emerge como mais um gargalo, principalmente devido à necessidade de regularizar o empreendimento para acessar o recurso. Em 2022, pouco mais de R$ 189 milhões (ou 28,4% do total nacional) foram efetuados em operações de crédito para custeio de piscicultura na Amazônia Legal. Em termos de investimento, os estados da Amazônia Legal participaram apenas com R$ 5,3 milhões ou 10,5% em relação ao total nacional.

Além da falta de dados, da saturação do mercado regional e da baixa produtividade decorrente da ausência de assistência técnica e infraestrutura, outros dois fatores ajudam a explicar a situação atual da piscicultura amazônica: o desinteresse dos governos estaduais e federal em reconhecer o potencial da piscicultura e investir no setor e o marco regulatório defasado de alguns estados.

Combinando as tendências atuais verificadas em cada estado, o estudo prevê um crescimento de 175 mil toneladas para 183 mil toneladas nos próximos dez anos, ao fim dos quais, o setor terá crescido apenas 4,6%.

Leia a íntegra do estudo aqui. 

Morre Mário Expedito Guerreiro, último ex-combatente amazonense da 2ª Guerra Mundial

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O ex-combatente amazonense da 2ª Guerra Mundial, Mário Expedito Neves Guerreiro, de 103 anos, morreu nesta quinta-feira, 15 de agosto. Mário era o único vivo dos 160 amazonenses que foram para a Itália participar do maior conflito armado da história mundial.

História e legado

Mário Guerreiro nasceu em Manaus (AM), no bairro Villa Municipal (atual Adrianópolis), no sítio de sua avó. Seu pai era contador do extinto jornal Correio do Norte. 

Guerreiro foi, ao lado de Adalberto Valle, o criador da empresa Brasiljuta, cuja planta de processamento foi inaugurada com a presença do então Presidente Getúlio Vargas em 1951.

Dentro de suas atividades não só na Brasiljuta, como também nas usinas de classificação e prensagem de juta, promoveu o emprego de mão-de-obra direta de mais de 3.000 pessoas, durante os 40 anos de existência da Brasiljuta.

Confira outros trabalhos desempenhados por ele:

  • Expedito foi acionista fundador e membro do Conselho Fiscal da Copam (Companhia de Petróleo da Amazônia), 1955/56;
  • Presidente do Banco do Estado do Amazonas (BEA) entre 1965/67;
  • Presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA) entre 1968/70, 1970/72 e 1978;
  • Sócio-fundador da Cervejaria de Manaus (Cerman) em 1970;
  • Primeiro presidente e depois diretor da Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam) entre 1979/81;
  • Vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) por diversos períodos; entre outras funções.
Mário Guerreiro lutou na Segunda Guerra Mundial em 1944. Foto: Arquivo Pessoal

Seu pai era contador do extinto jornal Correio do Norte e faleceu quando Mário tinha 10 anos, sendo criado pela mãe e tia.

Em 1940, ele começou a trabalhar como datilógrafo em São Paulo. Em 1942, ele se apresentou à praça no Exército e foi convocado para guerra em 1943.

No dia 22 de setembro de 1944, ele embarcou para o teatro de operações da Itália para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ele voltou ao Brasil em 1945, e voltou a trabalhar em São Paulo, na mesma empresa em que atuava antes da guerra.

Mário se casou em maio de 1948, em Manaus, com Thereza. Mas só voltou a morar na capital amazonense em 1951, para assumir o cargo de diretor-superintendente do Hotel Amazonas. Em 1954, ele se formou Bacharel em Direito e obteve a inscrição de número 154 na Ordem dos Advogados Seccional Amazonas (OAB-AM).

Homenagem

O Comando Militar da Amazônia (CMA), em 2020, conduziu uma solenidade em sua homenagem. Durante a cerimônia, foi dado o Toque de Presença de ex-combatente e foi entoada a Canção do Expedicionário.

Filme sobre povo Yanomami no desfile da Salgueiro tem pré-estreia em cinema de Boa Vista

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Em 2024, a Salgueiro levou para o Sambódromo do Rio de Janeiro o enredo ‘Hutukara‘, que exalta a cosmologia e cultura dos Yanomami. A apresentação foi baseada no livro ‘A Queda do Céu – Palavras de um Xamã’, escrito pelo líder indígena Davi Kopenawa e o antropólogo francês Bruce Albert.

A participação dos indígenas Yanomami no Carnaval do Rio de Janeiro virou tema do documentário ‘Ya Temi Xoa’. Além do desfile da comunidade da Acadêmicos do Salgueiro em 11 de fevereiro, o filme, que tem 25 minutos de duração, mostra os bastidores desde uma visita de Davi Kopenawa à quadra da escola até os preparativos finais dos Yanomami para desfilar na Avenida Marquês de Sapucaí.

Uma parceria entre a Hutukara Associação Yanomami e o Instituto Socioambiental, o filme tem a direção assinada por Thomas Mendel e produção de Ariel Gajardo, Carolina Fasolo, Evilene Paixão, Fabrício Araújo, Marina Terra e Roberto Almeida.

A narrativa é centrada no encontro de lutas entre a comunidade negra das favelas do Rio de Janeiro e os Yanomami, que vivem na maior Terra Indígena do Brasil.

Exibição

O filme ‘Ya Temi Xoa’ será exibido pela primeira vez em uma sala de cinema nesta sexta-feira (16). A pré-estreia será na Playarte Cinemas do Roraima Garden Shopping, localizado no bairro Paraviana, zona Leste de Boa Vista.

Foto: Tayná Uráz / Hutukara / ISA

A primeira exibição ocorre para lideranças indígenas Yanomami, parceiros de organizações não governamentais, autoridades de órgãos do governo federal, jornalistas e membros da sociedade civil.

Outros 77 ingressos serão distribuídos para estudantes da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Estadual de Roraima (UERR) e do Instituto Federal de Roraima (IFRR). Os interessados devem preencher um formulário e aguardar o envio do ingresso no e-mail.

Sobre o desfile

Garantindo o 4º lugar e colocando a Salgueiro entre as seis campeãs do Carnaval do Rio de Janeiro em 2024, o enredo “Hutukara” exalta a cosmologia e cultura dos Yanomami.

Kopenawa também foi o responsável por escolher o samba enredo da escola – que recebeu 10 de todos os jurados – e auxiliar os carnavalescos na escolha das alegorias a fim de evitar que os Yanomami fossem retratados de forma genérica.

Dos bastidores à apuração do resultado, o filme compila toda a história de união de lutas da comunidade Salgueiro e dos indígenas Yanomami. Após o lançamento em Boa Vista, o filme deve ganhar uma estreia nacional, sendo disponibilizado online.

*Com informações da Rede Amazônica RR

Em 12 meses, área sob alertas de desmatamento cai 45,7% na Amazônia

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O desmatamento na Amazônia caiu 45,7% de agosto de 2023 a julho de 2024, a maior queda proporcional já registrada para o período, segundo dados do sistema Deter-B, do Inpe, divulgados no dia 7 de agosto. A área sob alertas (4.314,76 km²) é a menor da série histórica iniciada em 2016. 

Já no Cerrado houve aumento de 10,6% no mesmo período (7.015 km²). Os dados foram apresentados pelas ministras Marina Silva e Luciana Santos (MCTI) em entrevista coletiva no auditório do MMA, em Brasília.

O resultado do Deter é um indicativo de tendência da taxa anual de desmatamento, medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes.

O Prodes usa imagens de satélites mais precisas do que as usadas pelo Deter, que emite alertas diários para apoiar a fiscalização em campo realizada por Ibama e ICMBio.

Nos 12 meses houve queda em cinco dos nove estados Amazônia Legal: de 63% em Rondônia; 58% no Amazonas; 54% no Acre; 52% em Mato Grosso; e 47,7% no Pará.

No caso dos 70 municípios do bioma considerados prioritários para o combate ao desmatamento houve queda de 53% da área sob alertas no período. Esses municípios concentram mais da metade do desmatamento na Amazônia. Dos 70, 48 aderiram ao programa União com Municípios, do governo federal, que prevê repasses de R$ 785 milhões para ações ambientais, caso haja redução do desmatamento.

O resultado ocorreu após o lançamento, em junho de 2023, do novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).

Nas Unidades de Conservação da Amazônia houve queda de 67%, e nas Terras Indígenas, de 50%, no mesmo período de 12 meses.

No mês de julho foram registrados 666 km² sob alertas de desmatamento na Amazônia, alta de 33% em relação ao mesmo mês de 2023 (500 km2), após queda de 55% em relação a julho de 2022 (1.487 km²), último ano do governo anterior.

*Com informações do Ministério do Meio Ambiente

Indígenas e extrativistas criam vídeos sobre proteção em seus territórios no Amazonas

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Foto: Micínio Vasconcelos de Oliveira

A série ‘A floresta e suas resistências’ expõe como comunidades tradicionais que vivem em nove áreas protegidas do sul do Amazonas, enfrentam ameaças em seus territórios. Criada por 25 jovens indígenas, extrativistas e assentados durante o curso de técnicas de comunicação e uso do Portal Proteja, ela é formada por onze vídeos que podem ser assistidos no Proteja.

Em sua segunda edição, o curso de técnicas de comunicação é parte do PROTEJA Educa, ação que forma pessoas que vivem em áreas protegidas para divulgarem seus conhecimentos. A iniciativa é realizada em aliança com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a Wildlife Conservation Society (WCS) no âmbito do projeto Conservando Juntos. 

Pertencente à Resex (Reserva Extrativista) Capanã Grande, o comunicador Antônio Magalhães e seu grupo falaram sobre a importância da cultura para proteção ambiental.

Carolina Guyot, coordenadora executiva do PROTEJA e pesquisadora do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), expõe como a produção de conteúdo por povos e comunidades tradicionais pode ajudar a ampliar a conservação de áreas protegidas.

Concurso de Fotografia

Além de produzir os vídeos que compõem a série ‘A Floresta e suas Resistências’, os estudantes também participaram do 1º Concurso de Fotografia do PROTEJA Educa. A competição incentivou os comunicadores a enviar imagens que mostrassem a relação com seu território. As 15 fotos enviadas também se tornaram uma série.

Durante o encontro presencial, ocorrido em Manaus (AM), as fotografias foram expostas e os alunos votaram naquelas que mais gostaram. A vencedora foi Sabrina Mar, que pertence à RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) Rio Madeira. Em sua fotografia, ela mostrou três filhotes de quelônios, pequenas tartarugas protegidas em seu território.

Foto: Sabrina Couto Mar

Edinho Cruz, Comunicador da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) comenta a importância de produzir e divulgar fotografias de autoria indígena.

“Quando os próprios indígenas são os autores dessas imagens, eles podem capturar e compartilhar aspectos de suas vidas, destacando as riquezas dos seus territórios de maneira que somente alguém de dentro pode fazer. Isso também promove um sentimento de orgulho e valorização interna, ao mesmo tempo, em que educam e sensibilizam o público mais amplo sobre a importância dos territórios indígenas para preservação do meio ambiente.”

O PROTEJA Educa é uma ação do PROTEJA em parceria o IPAM, a COIAB, o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), a Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS) – IPÊ e a WCS.

Esta ação é realizada no âmbito do projeto Conservando Juntos, cujo objetivo é fortalecer as capacidades dos atores da sociedade civil para liderar os esforços de conservação da biodiversidade e prevenção de crimes ambientais na Amazônia.

*Com informações do IPAM (Esta matéria é possível graças ao generoso apoio dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional – USAID. Os conteúdos são de responsabilidade do IPAM e não refletem necessariamente as opiniões da USAID ou do Governo dos Estados Unidos).