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Turismo sustentável, progresso e representatividade são debatidos no Glocal Amazônia

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O Glocal Amazônia 2024 discute desafios e ações para a região amazônica com foco na sustentabilidade. O evento iniciou na manhã desta quinta-feira (22) e segue até sábado (24) com vasta programação.

Nas conferências do primeiro dia, os temas discutidos foram ‘Amazônia 2030 + Índice de Progresso Social’, ‘Conectado à Amazônia: desafios e oportunidades digitais’ e ainda ‘Caminhos para o Turismo sustentável’.

Glocal Amazônia 2024: confira a programação e os locais de realização do evento

Na primeira, ‘Amazônia 2030’, o consultor de projetos socioambientais para planos de desenvolvimento local e governamentais, baseado no Índice de Progresso Social (IPS), Sergio Marangoni, citou a importância de debater temas como o IPS “na Amazônia e para a Amazônia”.

“O Amazônia 2030 é um grande estudo que fazemos lá no Imazon, junto a outras instituições, para repensar a Amazônia e desenvolver alternativas, para termos melhores condições aqui na Amazônia. Atrelado a isso, apresentamos o Índice de Progresso Social, que faz um mapa, como se fosse um exame de sangue, de cada um dos municípios”, explicou Sérgio.

Fotos: Diego Andreoletti/Amazon Sat

A segunda conferência, ‘Conectado à Amazônia’, contou como um dos palestrantes o líder quilombola e conselheiro do Instituto Conexão Povos da Floresta, José Carlos Guerreiro. Para ele, eventos como o Glocal Amazônia são oportunidades para dar visibilidade às comunidades quilombolas amazônidas.

“Um evento como esse é uma oportunidade de ganharmos mais visibilidade. Apesar de tanta luta, as comunidades quilombolas ainda estão muito invisíveis, principalmente agora que se fala de COP30 na Amazônia, mas a Amazônia negra não aparece. Somos comunidades que preservam tanto quanto qualquer outro povo a floresta”, afirmou o líder quilombola. 

Para fechar os debates do dia, o evento promoveu a palestra do dia abordou os ‘Caminhos para um turismo sustentável’, que contou com a participação do Secretário de cultura de Manaus, Jander Lobato, o líder comunitário e empreendedor na área do turismo de base comunitária, Roberto Brito, e a Fundadora do Hostel da Milla, a Turismóloga e especialista em Gestão Hoteleira, Camilla Gonçalves. Que retratam, o quanto a região é privilegiada por ser cercada pela Natureza.

“Nós temos muitos desafios e segmentos, mas nosso estado nos ensina todos os dias, o turismo é apaixonante, a cultura está presente no turismo, nós precisamos mostrar para o mundo a dimensão da nossa cultura”, disse a turismóloga Camilla Gonçalves. 

Sobre o Acelera Amazônia

Glocal Experience Amazônia faz parte do projeto Acelera Amazônia 2024 e tem o apoio da Apa Móveis, Prefeitura de Manaus, Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), Amazonastur e Governo do Amazonas. Idealização e operação: Dream Factory. Realização: Fundação Rede Amazônica (FRAM).

Glocal Experience nasceu em maio de 2022 com sua primeira edição no Rio de Janeiro. O encontro busca se tornar anual e tem a intenção de ser realizado em cada Estado da Amazônia. Em 2024, Manaus (AM) recebe o evento pela segunda vez.

Mariri Yawanawa: a celebração da vida na floresta do Acre

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A Aldeia Mutum do povo Yawanawa, no Alto Rio Gregório, em Tarauacá, no Acre, recebeu por seis dias (10 a 15 de agosto) indígenas de todas as suas comunidades para uma grande festa de celebração cultural. O Mariri Yawanawa é um encontro ancestral que tem como objetivo unir as famílias da etnia para fazer planos de vida, comer juntos, dançar, cantar, participar de cerimônias espirituais e brincadeiras.

Durante esse período as lideranças das aldeias da Terra Indígena Yawanawa se encontram para fortalecer a união entre eles. Apesar da seca do verão amazônico, que dificulta a navegação nas águas do Rio Gregório, cerca de mil pessoas participam do Mariri, entre indígenas e visitantes.

O Mariri era praticado pelos ancestrais Yawanawa desde tempos imemoriais, mas foi perdendo a sua força a partir do contato com os brancos e o aculturamento religioso, que quase aniquilou a cultura tradicional Yawanawa. No entanto, há 24 anos, por meio da luta de jovens lideranças e, principalmente, da atuação de dois pajés, Tatá e Yawa, o Mariri voltou a ser celebrado unindo toda a Nação Yawanawa e atraindo visitantes de várias partes do Brasil e do mundo.

O professor indígena Nani Yawanawa, morador da Aldeia Yawarani, um dos guardiões da cultura do seu povo, explica o sentido do Mariri.

Foto: Altino Machado/FEM

Nani, que além de ensinar os mais jovens está elaborando um dicionário do idioma Yawanawa, afirma que a questão da produção de alimentos é um dos pontos dos debates entre os indígenas.

“Falamos sobre plantações e criação de animais. Pra nós termos saúde é preciso se ter algo para comer. Quem não tem o que comer da terra onde mora é um homem doente, miserável e perdido. O nosso povo sempre teve muita fartura e o que não se tirava da agricultura era buscado na floresta, na caça e na pesca”, afirmou.

Segundo Nani, no Mariri se via quem era o melhor caçador, aquele que sabia fazer caiçuma mais rápida, o melhor contador de histórias e quem mais cuidava do povo. Mas o sentido espiritual da vida é marcante na celebração do Molutê ou Mariri.

“A espiritualidade é dada pelo Espírito por meio de uma escolha que depende de uma vida inteira de práticas. É preciso fazer a doação de um tempo da nossa vida a Deus, que chamamos de dieta. Nos sonhos durante a dieta vem toda a orientação de como evoluir na espiritualidade, assim como a manifestação do poder de cura e da sabedoria”, conta Nani.

Um dos principais organizadores do Mariri é Tashka Yawanawa. Ele viabiliza apoios internos e externos para a realização da celebração na floresta e explica o propósito da Festa.

Tashka faz questão de esclarecer que a vinda de visitantes de várias partes do mundo é importante, mas o objetivo principal do Mariri é o fortalecimento cultural.

Foto: Altino Machado/FEM

“O Mariri é uma manifestação cultural e espiritual para fortalecer o nosso povo. Durante esses dias pegamos inspiração para irradiarmos para o mundo essa luz de alegria. Cada canto e reza que é cantado no Mariri corta o silêncio da floresta e ecoa para o planeta trazendo mais força para a afirmação da cultura Yawanawa”, poetiza Tashka.

O renascimento cultural do povo Yawanawa

O jovem cacique da aldeia Mutum Rasu Yawanawa, filho do pajé Tatá, entende o Mariri como um fator de libertação.

“O Mariri representa a existência do nosso povo porque há muito tempo fomos proibidos de ser quem somos. Não podíamos falar a nossa língua, rezar os nossos rezos e nem cantar os nossos cantos. Passamos um tempo sem a nossa identidade e depois que conseguimos virar essa página os velhos pajés trouxeram de volta a nossa cultura. E há mais de 20 anos realizamos o primeiro Festival Cultural e conseguimos inspirar outros povos indígenas. Então, o Mariri significa que o nosso povo está de pé com as nossas raízes ancestrais vivas”, salienta o cacique.

Júlia Yawanawa é uma das produtoras do Mariri mais dedicadas e com muitas responsabilidades para que a festa possa acontecer.

“O Mariri envolve muita confiança e entrega para Deus. Já trabalhamos essa celebração desde o ano 2000. Somos inspirados nas orientações do meu pai Raimundo Luis, Tuiukuru, que buscou nas suas memórias e nas histórias dos mais antigos como os Yawanawa cantavam, se vestiam e como eram as brincadeiras. Assim, aprendemos a melhorar e aperfeiçoar cada vez mais a realização do Mariri”, conta Júlia.

Foto: Altino Machado/FEM

Apoio

Nedina Yawanawa, diretora da Secretaria de Povos Indígenas, participa do Mariri como representante do governo do Acre. “É muito clara a visão do governador Gladson Cameli sobre a importância dos povos indígenas que cuidam das nossas florestas. Nós temos os festivais indígenas no calendário oficial do governo. Isso é uma manifestação de respeito com os povos originários do Acre, além dos vários programas sociais que realizamos para as comunidades indígenas por intermédio da Sepi [Secretaria de Povos Indígenas]”, explica Nedina.

Esse investimento, segundo Nedina, fortalece cada vez mais as culturas das diversas etnias do Acre e gera renda para muitas famílias.

“O etnoturismo é um cartão postal do nosso estado. Então, esse apoio que o governo tem dado para vários festivais é uma forma de impulsionar a economia dos povos indígenas, por meio do artesanato e outros produtos ofertados aos visitantes. Também é importante acolher os turistas que vêm participar dessas festas e que movimentam a economia dos municípios acreanos nas hospedagens, em hotéis, transportes, alimentação, entre outros itens de consumo”, destaca Nedina.

Leia também: Etnoturismo: 9 aldeias acreanas que atraem turistas por suas tradições culturais

Foto: Altino Machado/FEM

Etnoturismo cada vez mais forte no estado

Renata Reluz é uma operadora de turismo com uma agência em Rio Branco especializada em grupos de viagens para as aldeias indígenas. Nascida no Maranhão, mudou-se para o Acre para fortalecer cada vez mais as atividades de turismo sustentável.

No Mariri de 2024, Renata trabalhou também na produção interna do evento por intermédio da Associação do Povo Yawanawa. Houve uma divulgação de 45 dias no Instagram e a sua agência reuniu um grupo de 13 pessoas para participar das festividades.

“Essa é uma festa do povo Yawanawa e a gente veio com esse grupo para entender a sua cultura e a espiritualidade. É uma oportunidade para conviver com indígenas de diversas aldeias, um momento único e muito especial”, salienta.

Renata também faz uma reflexão sobre o aspecto econômico que é movimentado no estado durante o Mariri.

“O etnoturismo traz não só sustentabilidade para os povos originários, mas também a bandeira da preservação ambiental. O etnoturismo precisa da floresta em pé para poder acontecer. Esse é um aspecto diferenciado de qualquer outro tipo de turismo. Mas existe um movimento financeiro gerado com a logística do movimento dos visitantes que pode chegar próximo a um milhão de reais. No meu trabalho sempre favoreço os hotéis da região e a prestação de serviços com pessoas que vivem no Acre”, conclui.

*Com informações do Governo do Acre

Barroco e heavy metal? Professor no Amapá lança livro com análise de componente literário em discos do Angra

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Fã de heavy metal, o docente do curso de Letras Português da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Victor Cantuário, lançou o livro ‘O peso do metal: por uma tempestade barroca’, no dia 14 de agosto. O livro, publicado pela editora da UFPR, propõe-se a examinar o componente literário presente nos três primeiros discos da banda de heavy metal brasileira Angra (‘Angels Cry’, de 1993; ‘Holy Land’, lançado em 1996; e ‘Fireworks’, de 1998), balizando os aspectos líricos e estéticos à luz do movimento artístico Barroco.

Segundo o autor, o livro é resultado do seu Trabalho de Conclusão (TCC) na graduação de Letras-Francês na Unifap, defendido em novembro de 2008.

Foto: Divulgação

Sinopse

Ao longo da década de 1990, a banda brasileira de power metal Angra lançou os épicos discos “Angels Cry” (1993), “Holy Land” (1996) e “Fireworks” (1998). O primeiro álbum é considerado pela crítica especializada como a maior obra do maestro e então vocalista André Matos (morto em 2019), sendo um marco na história do heavy metal nacional. A qualidade musical e técnica desses trabalhos é inquestionável.

O que este livro propõe é o exame minucioso da elaboração literária deles, a qual extrai do movimento artístico Barroco a energia criativa das composições em seus aspectos líricos e estéticos. Esta obra se constitui, portanto, como uma rica e capilarizada fonte de informações científicas sobre a história de quase meio século da música pesada, cuidadosamente pensada com o ouvido, a filosofia e a literatura do autor.

Sobre o autor

Victor André Pinheiro Cantuário possui doutorado em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) e mestrado em Planejamento e Políticas Públicas pela Universidade Estadual do Ceará (Uece).

É especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira e em Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia (Facinter). Graduou-se em Letras Português-Francês pela Unifap e em Filosofia pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap).

Escreveu também “Hipomodernidade: a era de Narciso e as faces do consumo” (Editora Unifap, 2022).

*Com informações da Universidade Federal do Amapá

Projetos buscam restauração ecológica produtiva de áreas degradadas no Amazonas

O Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus (AM), recebeu o Seminário Floresta Viva Amazonas no início de agosto para fomentar a restauração ecológica no estado. Dois projetos apoiados pelo Floresta Viva na região pretendem demonstrar as possibilidades de fazer com que a Amazônia siga desempenhando suas funções ecossistêmicas enquanto tem sua área degradada recuperada, gerando renda para as comunidades locais.

Realizadas pelo Idesam e Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), essas duas iniciativas têm como meta restaurar 400 hectares na região de Manaus e Presidente Figueiredo por um período de quatro anos.

No projeto ‘Restauração Ecológica Produtiva: Promovendo uma Paisagem Sustentável na Amazônia’, parceria entre Idesam, projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF/INPA) e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que é realizado em quatro unidades de conservação no entorno de Manaus, o compromisso é restaurar 200 hectares: 80 hectares com sistemas agroflorestais e 120 hectares com enriquecimento de capoeiras.

A iniciativa realizará capacitações para as populações tradicionais em práticas de restauração ecológica e no manejo dos sistemas agroflorestais. Para isso, pretende unir as forças dos integrantes da cadeia da restauração para que seja possível montar um modelo produtivo sustentável na região, desenvolver e fomentar os negócios ligados à restauração.

No mesmo âmbito, o projeto ‘Reflora – Recuperação Ecológica e Implantação de Sistemas Agroflorestais Multifuncionais’, do IPÊ, pretende contribuir, desde já, para a garantia da conservação da Amazônia e recuperação das áreas que foram degradadas já em um grau elevado. Concentrado dentro dos limites da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, em Manaus, o projeto pretende trabalhar de maneira integrada ao território, ou seja, provendo os recursos naturais que as comunidades locais necessitam.

“Para nós, é fundamental reunir pesquisadores, as instituições, o Estado e em especial as comunidades desses territórios, para que a gente consiga pensar uma estratégia coletiva, de fato. Que seja um processo em que todos os atores envolvidos no território consigam participar de uma restauração florestal completa em todas as esferas: ambiental, social e econômica”, afirma Gustavo Brichi, técnico-extensionista que integra a equipe do Floresta Viva Amazonas pelo IPÊ.

Atualmente, a Aliança pela Restauração na Amazônia, tem compartilhado experiências sobre a restauração ecológica produtiva e outras técnicas de restauração que podem ser empregadas na Amazônia. A Aliança é um coletivo biotemático com mais de 130 atores ligados à restauração e que estão distribuídos em vários estados da Amazônia Legal, cujo objetivo é discutir critérios, orientações e posicionamentos acerca dessa temática para a região.

Foto: Divulgação/Idesam

A Aliança desenvolveu um planejamento estratégico, olhando para 2025, que tem várias linhas de atuação e de atividades esperadas, mas a principal delas está muito ligada à geração de conhecimento, capacidades locais e à inserção nas políticas públicas e como se apresentam as soluções inovadoras para a restauração na Amazônia.

Em termos de metas gerais, a Aliança não é uma restauradora de áreas, mas um coletivo que congrega vários restauradores de áreas em várias regiões da Amazônia. E o objetivo disso é justamente fomentar as políticas públicas de maneira geral, gerar o conhecimento e aumentar as capacidades para alcançar ganho de escala de restauração em todo o bioma.

Para Marcelo Ferronato, da Aliança pela Restauração da Amazônia, um dos principais desafios para a restauração ecológica naquela região é a necessidade de ganhar escala para outras regiões. Para ele, hoje, algumas regiões conseguiram avançar mais, porém em termos de escala nas regiões que estão começando o desafio é sempre o mesmo: engajar as pessoas para restaurar mais áreas.

“Somos um coletivo muito importante que tem ganhado muita força e representatividade aqui na região. Esperamos desempenhar cada vez mais o papel de engajar pessoas e atores em outras localidades da Amazônia, que ainda não têm essa história da restauração ecológica tão fomentada assim. Os desafios da restauração ecológica são similares independente da região. Seja por conta do engajamento das pessoas, aspectos científicos, de conhecimento tradicional associado a isso tudo, das técnicas de restauração que podem ser utilizadas, bem como em aumentar nosso conhecimento acerca disso”, afirma ele.

A iniciativa Floresta Viva Amazonas recebe apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Eneva, empresa que atua na exploração e produção de gás natural e no fornecimento de soluções energéticas. A gestão administrativa é realizada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

A iniciativa tem como objetivo alavancar investimentos para a restauração em diferentes biomas no Brasil. Em 2023 foi lançado um edital com foco em projetos de restauração no entorno de Manaus (AM). As propostas poderiam ser submetidas para 10 diferentes Unidades de Conservação e os projetos selecionados elencaram cinco dessas unidades de conservação. São elas: Poranga-conquista, APA tarumã-mirim, APA Sauim-de-Manaus, RDS do Tupé e RDS do Uatumã.

A experiência da organização com editais em todas as regiões indica que a diferença entre eles é o fornecimento de insumos necessários para as ações de restauração, sendo que os projetos apoiados são focados no fortalecimento da cadeia, que também é uma estratégia da iniciativa Floresta Viva. “Não queremos só mobilizar recursos para as ações de restauração em si, mas também para a cadeia da restauração, capacitando pessoas, novos atores e fomentando a distribuição de insumos necessários para as ações de restauração”, finaliza Rodolfo.

*Com informações do Idesam

Segunda edição da Glocal Experience Amazônia conta com mais de 30 atividades em Manaus

Começou, na manhã desta quinta (22), o Glocal Experience Amazônia. O evento discute os desafios e ações para a região amazônica com foco na sustentabilidade e conta com uma vasta programação: conversas, palestras, feira e shows. A ação acontece pela segunda vez em Manaus (AM) e segue até sábado (24).

A cerimônia de abertura aconteceu no Contemporâneo Eventos, no Centro da capital amazonense, e reuniu lideranças indígenas, comunitárias, empresariais e sociais, como CEO do Grupo Rede Amazônica, Phelippe Daou Júnior; a diretora-presidente da Fundação Rede Amazônica (FRAM), Claudia Paixão Daou; o diretor do Glocal, Rodrigo Baggio; o gestor do Glocal Experience, Artur Barros; o líder quilombola José Carlos Galiza; entre outros.

Glocal Amazônia 2024: confira a programação e os locais de realização do evento

Este ano, a programação do Glocal Experience Amazônia conta com mais de 53 palestrantes, atividades diversas no Palácio da Justiça, a Feira Sustentável e atividades no Largo de São Sebastião, além de 13 painéis que vão debater os grandes desafios da Amazônia.

“Mais de 20 mil pessoas participaram do Glocal Amazônia em 2023. Temos o desafio de dobrar esse número, pois a principal missão do Glocal é mostrar a realidade e os obstáculos que são enfrentados pelos amazônidas diariamente. Criamos uma programação visando gerar o debate e reflexão. Espero que o público possa vir visitar e conhecer mais sobre a região amazônica”, destacou o diretor da Glocal, Rodrigo Baggio.

Foto: Anderson Mendes/FRAM

Após a cerimônia de abertura, a diretoria do Glocal Amazônia Experience divulgou o Índice de Progresso Social da Amazônia (IPS), que mostra através de dados os grandes desafios enfrentados na região amazônica. “Inclusive, este ano, vamos ter um painel de conectividade, que vai trabalhar a conexão das aldeias indígenas, quilombolas e reservas extrativistas como forma de empoderar essa população”, contou Baggio. 

Além de palestras e oficinas, o ‘Glocal Experience Amazônia’ leva ao público o melhor da cultura regional. Para o gestor do evento, Artur Barros, a regionalidade amazônica já começa na abertura do evento com a voz inconfundível de Márcia Siqueira. “A Márcia (Siqueira) é uma cantora renomada na região amazônica e abrilhantou a cerimônia inicial. Teremos diversas palestras e workshops de música, arte e dança. O lado positivo da programação é que toda a família pode participar e conhecer mais da cultura local”, contou.

Realidades

Márcia entoou canções que mostram a garra e a cultura dos povos originários da Amazônia. Ela acredita que o seu papel é trazer a reflexão através da música. “É um evento que mostra o melhor da cultura amazônida. Eu espero que as pessoas participem e possam desfrutar de todo o conhecimento que será aplicado através do Glocal. Principalmente para quem não conhece a realidade da Região Norte”, afirmou a artista.

Quem também marcou presença na abertura do evento foi José Carlos Guerreiro Galiza, que é agricultor e líder quilombola, da comunidade quilombola de Guajará Miri – Acará/PA.

“É uma honra participar e contribuir para o debate. Por muitos anos, o povo quilombola se escondeu na mata para não ser capturado, porém, atualmente, a luta é para ganhar visibilidade para mostrar a nossa existência. Então, evento com este é importante para mostrar a nossa luta e que precisamos de políticas públicas”, disse.

Parceria

Desde a primeira edição do Glocal Experience Amazônia, o Grupo Rede Amazônica e a Fundação Rede Amazônica (FRAM) se tornaram parceiros do projeto. Para a diretora-presidente da FRAM, Claudia Paixão Daou, a confiança da diretoria do Glocal Experience no trabalho da Rede Amazônia é essencial para a parceria. “É uma programação rica e cheia de possibilidades para a região amazônica. Espero que essa parceria dure por muito tempo”, afirmou.

Já para a diretora executiva da FRAM, Mariane Cavalcante, o Glocal é um grande encontro de ideias para a sustentabilidade da Amazônia. “A FRAM tem esse compromisso do desenvolvimento sustentável da região alinhando ao crescimento econômico com a floresta em pé e a inclusão social. Para a gente é muito importante debater temas que cheguem neste lugar e são importantes para a Amazônia”, afirmou.

Sobre o Acelera Amazônia

Glocal Experience Amazônia faz parte do projeto Acelera Amazônia 2024 e tem o apoio da Apa Móveis, Prefeitura de Manaus, Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), Amazonastur e Governo do Amazonas. Idealização e operação: Dream Factory. Realização: Fundação Rede Amazônica (FRAM).

Glocal Experience nasceu em maio de 2022 com sua primeira edição no Rio de Janeiro. O encontro busca se tornar anual e tem a intenção de ser realizado em cada Estado da Amazônia. Em 2024, Manaus (AM) recebe o evento pela segunda vez.

Peru e Equador firmam parceria para avançar na gestão ambiental

Os governos do Peru e do Equador coordenam a implementação de ações conjuntas ligadas à gestão de investimentos em infraestrutura com foco na sustentabilidade e à implementação de estratégias contra os impactos das mudanças climáticas em seus respectivos territórios, entre outros instrumentos de gestão ambiental.

Para tanto, o Vice-Ministro de Gestão Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (Minam), Edgar Romero, teve uma reunião, na sede do Minam, com seu homólogo equatoriano, Edgar Heredia. Nesse encontro trocaram experiências sobre avanços em sustentabilidade.

O vice-ministro peruano Edgar Romero destacou o trabalho conjunto dos dois Estados na conservação ambiental e em benefício da população. Durante a reunião foi também discutido o projeto ‘Mobilização do financiamento climático internacional e investimentos privados para o desenvolvimento resiliente ao clima e de baixo carbono’, promovido pelo Equador em coordenação com o Ministério da Economia e Finanças do Peru.

Da mesma forma, foram abordados temas relacionados à cooperação internacional para ações contra a crise climática, bem como o apoio do Fundo Verde para o Clima.

*Com informações da Agência Andina

Circuito Gastronômico é destaque entre rotas turísticas de Porto Velho

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Tanto os moradores da capital de Rondônia, Porto Velho, quanto aqueles que visitam a cidade têm à disposição vários pontos e passeios turísticos para desfrutar. Uma dessas rotas turísticas é o Circuito Gastronômico, no qual visitantes podem saborear pratos típicos da região, entre eles o pato no tucupi, bolo de macaxeira, tambaqui, dourado frito, pamonha de milho verde e outros destaques culinários, servidos em restaurantes localizados no Mercado Cultural, Vila Candelária e Vila do Teotônio.

São pratos da culinária local encontrados em vários restaurantes do município que atraem milhares de turistas durante o ano todo.

Mercado Cultural

Mercado Cultural conta com espaço destinado a eventos culturais
Foto: Wesley Pontes/ Felipe Ribeiro/ SMC

Localizado à avenida Presidente Dutra, no Centro da cidade, o espaço é destinado aos eventos culturais, valorização gastronômica e atividade turística. Aos domingos é servido café da manhã nordestino e todos os dias tem almoço de gastronomia variada. Funciona de segunda a domingo, das 7h à meia-noite.

Vila Candelária

 Vila Teotônio fica a 39 quilômetros de Porto Velho, com acesso pela BR-364
Foto: Wesley Pontes/ Felipe Ribeiro/ SMC

Para quem gosta de história, gastronomia regional e belas paisagens, este é o local ideal, que possui uma vista privilegiada da cidade de Porto Velho, a Vila Candelária, localizada na Estrada Santo Antônio, KM 2,5 – bairro Triângulo, é um excelente ponto turístico local.

Vila Teotônio

A 39 quilômetros de Porto Velho, com acesso pela BR-364, sentido Acre, a Vila do Teotônio agora conta com ônibus em horários exclusivos e com infraestrutura de restaurantes em pleno funcionamento. O destaque fica pela vista da praia artificial construída a partir do reservatório da Usina Hidrelétrica Santo Antônio e aos passeios de voadeira, que devido ao baixo nível de água do rio Madeira, estão temporariamente indisponíveis.

Informação aos Turistas

O Centro de Atendimento ao Turista (CAT), localizado no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira de Oliveira, em Porto Velho, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 14h30, como mais uma ferramenta da Prefeitura de Porto Velho, por meio da Semdestur, para aproximar o turista e os porto-velhenses dos atrativos turísticos da cidade, fornecendo informações sobre os mais de 70 pontos turísticos locais divididos em 17 circuitos e quatro rotas.

Conheça todas as rotas turísticas do Melhor de PVH.

*Com informações da Prefeitura de Porto Velho

Jaider Esbell

Foto: RCCaleffi – Coordcom/UFRR

Artista, escritor e produtor cultural indígena do Povo Makuxi, Jaider Esbell, era um dos artistas mais renomados de Roraima. Representante da “arte indígena contemporânea”, Esbell é reconhecido, nacional e internacionalmente, pelo seu trabalho, que aborda questões sobre arte, ancestralidade, espiritualidade, humanidade, memória, política, ecologia e vários outros assuntos.

O artista foi vencedor do prêmio Pipa Online 2016 e, em 2020, participou da Mostra Coletiva de Arte Indígena Contemporânea “Véxoa: nós sabemos” na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Foi curador de mostras de arte, como a “Moquêm_Surarî”, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), como parte da programação paralela da 34ª Bienal de São Paulo.

Em outubro de 2021, um mês antes de falecer, Jaider teve as obras “Carta ao Velho Mundo (2018-2019) e “Na Terra Sem Males” (2021) adquiridas pelo Centre Georges Pompidou, em Paris, que possui grande acervo de arte moderna na Europa.

*Com informações da UFRR

Professor paraense conquista prêmio nacional de educação e ciência

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Um professor do Pará chamou a atenção em prêmio nacional de educação e ciência. Com experimentos científicos em sala de aula e nos ambientes escolares com uso do laboratório itinerante e imersão da comunidade escolar no clube multidisciplinar de matemática, ciência, tecnologia e linguagens, o professor Charles Ruan, da Escola Estadual de Ensino Médio Santa Tereza D’Ávila, em Marituba, na Região Metropolitana de Belém (RMB), foi um dos vencedores do Prêmio Seymour Papert e Paulo Freire de Educação e Ciência, em São Paulo. O docente conquistou o 3º lugar na categoria Ennes de Sousa de experimentos científicos.

O Prêmio Seymour Papert e Paulo Freire de Educação e Ciência procura reconhecer as boas práticas em robótica educacional, pensamento computacional, inteligência artificial, experimentos científicos e humanidades implementadas por professores de escolas públicas e privadas, bem como, projetos desenvolvidos por Secretarias Estaduais e Municipais de todo o Brasil.

Segundo o professor Charles, a premiação também reforça o avanço da educação paraense nacionalmente: “Receber esse prêmio é de fundamental importância e eu vejo ele como um reconhecimento de todas as ações que venho aplicando, de todas as ações que eu venho aplicando durante anos na escola em que eu desenvolvi, e eu acho importante a educação paraense mostrar, Brasil afora, que nós temos muito a oferecer, que a educação paraense hoje, como 6º lugar no Ideb, mostra, além de tudo”.

Foto: Divulgação

“Nós temos profissionais competentes, profissionais compromissados com a educação. Esse prêmio mostra o protagonismo dos nossos alunos. Não foi só o professor que recebeu, não foi só a escola, o nosso aluno também. A gente está mais e mais focado em desenvolver um bom trabalho na nossa escola e na nossa rede estadual de ensino”, enfatizou o educador.

O Prêmio é uma iniciativa do Centro de Inovação para a Excelência das Políticas Públicas (CIEPP), em parceria com a Federation of International Robosports Association (FIRA/Capítulo Brasil), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a Fundação Sousândrade e a Robo City – Escola de Robótica. E tem o apoio da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI) e Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CONSECTI).

*Com informações da Agência Pará

Estratégia para enfrentamento à poluição do ar é discutida por ministérios da Saúde e MMA

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O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), deu mais um passo no enfrentamento às mudanças climáticas ao realizar um evento para debater os episódios críticos de poluição do ar e sua relação com a saúde humana. O encontro ocorreu no dia 20 de agosto em Brasília.

O evento reuniu, além de representantes das duas pastas, especialistas e membros da sociedade civil para compartilhar experiências nacionais e internacionais, analisar metodologias de identificação e tratamento de episódios críticos de poluição do ar, e coletar subsídios para a revisão dos valores de referência dos níveis de atenção, alerta e emergência. Também foram discutidas diretrizes para a elaboração do guia para os Planos de Atendimento a Episódios Críticos de Poluição.

Leia também: Coberta pela fumaça produzida por queimadas em outros municípios do Amazonas, qualidade do ar em Manaus é monitorada

As duas pastas têm trabalhado em conjunto para apoiar a formulação de políticas públicas de saúde ambiental, bem como para aprimorar a qualidade das informações e fortalecer a vigilância em saúde no Brasil. Um exemplo dessa colaboração foi o lançamento, em junho deste ano, do Painel Vigiar: Poluição Atmosférica e Saúde Humana, uma ferramenta para identificar áreas com maior exposição ao material particulado fino e seus impactos.

Representando a ministra da Saúde, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, destacou que a poluição atmosférica não só afeta a saúde e a qualidade de vida, mas também aumenta os custos para o Estado devido ao maior número de atendimentos e internações hospitalares. Esses gastos poderiam ser reduzidos com a melhoria da qualidade do ar nas áreas urbanas.

A secretária ressaltou a preocupação com a saúde das populações vulneráveis e dos trabalhadores na linha de frente quando ocorrem queimadas, por exemplo. 

Qualidade do ar

O Brasil tem avançado na luta contra as mudanças climáticas, como demonstrado pela instituição da Política Nacional de Qualidade do Ar (PNQAr), em maio deste ano. A nova legislação surge em resposta a anos de debates sobre os impactos da baixa qualidade do ar na saúde, liderados principalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que em 2019 classificou a poluição atmosférica e as mudanças climáticas como temas prioritários para a saúde humana.

Com essa nova legislação, o Brasil fortalece suas normas de qualidade do ar, alinhando-se às tendências globais de descarbonização e cuidados climáticos.

Ainda como parte das ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, o Ministério da Saúde criou a Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde. O mecanismo, inédito na pasta, é uma ferramenta de gestão para planejar respostas às emergências como queimadas, escassez de água, chuvas intensas e outras ocorrências relacionadas ao clima.

*Com informações do Ministério da Saúde