Segundo a coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, a vacina protege contra três tipos de vírus (Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B), sendo atualizada anualmente, uma vez que as cepas dos vírus sofrem mutação todo ano.
A coordenadora ressaltou, no entanto, que a vacina é direcionada aos grupos prioritários – crianças de seis meses a menores de 5 anos, mulheres gestantes e puérperas, idosos com mais de 60 anos, indígenas, pessoas com doenças crônicas, profissionais de saúde, professores e pessoas privadas de liberdade. “Com exceção dos profissionais de saúde e professores, que tomam a vacina em função do seu trabalho, são essas as pessoas mais afetadas pelo agravamento da doença”, acrescentou Jaíra Ataíde.
Apesar de a campanha de vacinação abranger apenas os grupos prioritários, há uma série de medidas preventivas que a população pode adotar para evitar a gripe, como: lavar e higienizar as mãos antes de consumir alimentos e após tossir e espirrar, utilizando lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal – talheres, pratos, copos e garrafas; manter os ambientes bem ventilados, e evitar ficar perto de pessoas com sinais e sintomas de gripe.
Notificação
Em 2018, o Pará fechou o ano com a notificação de 1.208 casos de SRAG, incluindo 97 óbitos, dos quais 58 (62%) tiveram coleta de nasofaringe, confirmando que a maioria – 13 óbitos (40,6%) – foi causada pelo vírus Parainfluenza 3. O H1N1 causou oito mortes (25%).
Conforme a diretora do Departamento de Epidemiologia da Sespa, Ana Lúcia Ferreira, para evitar o agravamento da síndrome gripal é preciso que os pacientes com SG que integram o grupo prioritário, e aqueles com SRAG, iniciem o tratamento com o antirretroviral Oseltamivir nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas, pois a demora pode provocar a morte do paciente.
Sinais e sintomas
Em crianças menores de 2 anos de idade também é preciso considerar a febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios, como tosse, coriza e obstrução nasal. Os sinais e sintomas de agravamento da doença, que evoluem para SRAG, são dificuldade para respirar (dispneia), desconforto respiratório, saturação de oxigênio menor que 95% no ambiente e piora da doença pré-existente, além de pressão baixa em relação à habitual do paciente.