Universitários criam soluções para agilizar extração do óleo de andiroba em comunidade na Amazônia

Além da Amazônia, os universitários também atuam em comunidades da Mata Atlântica. Estudos são realizados pelo Centro Universitário Facens, no Projeto Florestas Inteligentes.

Foto: Divulgação/Facens Amazônia

Universitários que participam do Projeto Florestas Inteligentes, do Facens, receberam o desafio de encontrar uma solução para as mulheres da Associação Amélias da Amazônia, localizada na Floresta Nacional do Tapajós, em São Domingos (PA) em relação a extração do óleo de andiroba.

Ao conversar com a comunidade, as produtoras relataram que toda a extração é feita manualmente e que, por isso, não conseguem aproveitar totalmente o produto e seus resíduos, como a casca e a massa do fruto.

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Universitários soluções andiroba Amazônia foto facens
Foto: Divulgação/Facens Amazônia

A proposta foi então a criação de novos processos e produtos, como o biopigmento natural, extraído do que antes virava lixo. A casca tem cheiro de chocolate e valor agregado, já que pode ser aplicado e vendido como tinta natural para artesanato e papelaria, incensos, e até como base natural de cosméticos (pó facial, blush, lip balm), entre outras aplicações ainda em teste. Para facilitar os processos, a equipe vai implementar um triturador elétrico na comunidade.

“Os produtos feitos a partir do biopigmento podem ser armazenados e comercializados ao longo dos meses, permitindo que a associação comercialize os derivados ao longo do ano e não só na época da colheita. Além disso, vamos criar uma prensa para acelerar a retirada do óleo após a sova inicial. Hoje, o processo é feito manualmente e pode durar até 20 dias, com a prensa ele pode cair até pela metade, mas ainda respeitando o processo ancestral utilizado no território”, explica Mel Plens Angelis, estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Facens e uma das participantes do projeto.

Leia também: Resíduo de andiroba tem potencial para desenvolver pesticida natural, aponta pesquisa

Universitários fazem parte de projeto nacional

O desenvolvimento de soluções como esta, faz parte do Projeto Florestas Inteligentes que, de acordo com Vitor Belota, Head de Sustentabilidade e Educação Inovadora na Facens, “incentiva a bioeconomia, unindo estudantes e comunidades florestais da Amazônia e da Mata Atlântica com o objetivo de desenvolver soluções inteligentes para a conservação das florestas e sua biodiversidade, além da melhoria da qualidade de vida dessas pessoas por meio da geração de renda. E tudo isso, de forma sustentável”. 

*Com informações do Facens

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