Você sabia que a Rodovia Transamazônica conecta o Amazonas e a Paraíba?

A rodovia Transamazônica conecta o Nordeste (a partir da cidade de Cebedelo, na Paraíba, o 'marco 0') ao Norte do país (mais precisamente a cidade de Lábrea, no Amazonas).

Pavimentação realizada pelo DNIT entre Novo Repartimento e Anapu, no Pará, em 2023. Foto: Reprodução/DNIT

É isso mesmo. Conhecida como Rodovia Transamazônica, trata-se de obra que surgiu durante a Ditadura Militar: a BR-230. Ela foi criada em uma época em que era chamado o ano do ‘milagre brasileiro’ com o objetivo de conectar o Nordeste ao Norte do País. São mais de 4 mil km, passando por sete Estados e cruzando três diferentes ecossistemas do Brasil.

Por isso, ainda que a pavimentação são seja em toda a rodovia e existam muitas discussões sobre o impacto de sua implementação no meio ambiente, a rodovia conecta o Nordeste (ao extremo a rodovia leste se inicia na cidade de Cebedelo, na Paraíba, o ‘marco 0’) ao Norte do país (mais precisamente o extremo oeste, na cidade de Lábrea, no Amazonas.

Leia também: Rodovias da Amazônia: conheça as estradas que integram a região

A Transamazônica era é uma das propagandas mais destacadas do regime militar e foi lançada oficialmente em 09/10/1970. Ela acabou sendo inaugurada ainda inacabada, no dia 27/08/1972. Originalmente, o projeto era que se previa cerca de 8.000 km de estrada ligando o país “do Atlântico ao Pacífico”, cruzando o Brasil e seguindo até os países vizinhos Peru e Equador.

A pavimentação da via, segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), ainda não está completa e 41% (1.753 km) ainda não tem asfalto. Por isso, o tráfego, principalmente de cargas como grãos, é difícil na rodovia. No período de chuvas (outubro a março) é ainda mais complicado. São necessárias, pelo menos, 70 horas de viagem para cruzar toda a rodovia.

Extensão da BR-230. Foto: Reprodução/Google Maps

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Por onde ela passa?

Ao todo, como dito anteriormente, são sete estados atravessados pela BR-230:

Paraíba (nos municípios de: Cabedelo, João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cruz do Espírito Santo, Sobrado, Caldas Brandão, Gurinhém, Mogeiro, Ingá, Riachão do Bacamarte, São Miguel de Taipu, Massaranduba, Campina Grande, Soledade, Juazeirinho, Junco do Seridó, Santa Luzia, São Mamede, Patos, Malta, Condado, São Bentinho, Pombal, Aparecida, Sousa, Marizópolis, Cajazeiras e Bom Jesus);

Ceará (nos municípios de: Ipaumirim, Lavras da Mangabeira, Várzea Alegre, Farias Brito, Assaré, Antonina do Norte e Campos Sales);

Piauí (nos municípios de: Fronteiras, Vila Nova do Piauí, Campo Grande do Piauí, Santo Antônio de Lisboa, Picos, Dom Expedito Lopes, São João da Varjota, Oeiras, Nazaré do Piauí e Floriano);

Maranhão (nos municípios de: Barão de Grajaú, São João dos Patos, Pastos Bons, São Domingos do Azeitão, São Raimundo das Mangabeiras, Balsas, Riachão, Carolina e Estreito);

Tocantins (nos municípios de: Aguiarnópolis, Nazaré/Santa Terezinha do Tocantins, Luzinópolis, Cachoeirinha, São Bento do Tocantins e Araguatins);

Pará (nos municípios de: Palestina do Pará, Brejo Grande do Araguaia, São Domingos do Araguaia, Marabá, Itupiranga, Novo Repartimento, Pacajá, Anapu, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Rurópolis, Itaituba e Jacareacanga);

Amazonas (nos municípios de: Maués, Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama e, por fim, Lábrea).

*Com informações da Agência Brasil, DNIT e Agência Cidades

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