Recifes de corais na Amazônia: uma potencial farmácia subaquática

Localizado entre os Estados do Pará e Amapá, a fauna marinha nos recifes possui extrema relevância para Amazônia.

É comum associar a fauna aquática da Amazônia apenas a peixes de água doce. Porém, na foz do Rio Amazonas, entre os Estados do Pará e do Amapá, foram encontrados bancos de recifes de corais.

Distante cerca de 100 metros da foz, o grande recife amazônico (GARS, em inglês, como é conhecido pelos cientistas e comunidade em geral) fica entre 50 e 200 metros de profundidade.

O GARS compreende uma faixa de cerca de 40 km de extensão e vai do Maranhão até a Guiana Francesa, abrangendo a Amazônia Internacional. Confira algumas particularidades já divulgadas sobre ele:

Foto: Divulgação/Greenpeace

O Rio Amazonas é o maior rio do mundo em extensão e em volume pluviométrico. E por baixo de toda essa água doce, barrenta e potente é possível encontrar o grande recife amazônico onde o rio se encontra com o mar.

Por mais encantador que pareça, ainda não existem muitos estudos que investigam as especificidades do GARS. Mesmo assim, são quase 200 espécies registradas que povoam o recife. Dentre elas estão: 40 espécies de corais, 60 de esponjas e mais 73 espécies de peixes típicos de recifes, como lagostas e estrelas do mar.

Foto: Divulgação/Greenpeace

Farmácia submersa 

A região da foz do rio é uma das menos estudadas de toda a costa brasileira. Para se ter ideia, o grande recife amazônico foi descrito em detalhes apenas em 2018. Por isso há o incentivo para mais pesquisas sobre o tema. 

Além de ser o habitat para dezenas de espécies de peixes e animais marinhos, o recife amazônico pode ser considerado uma farmácia submersa. Nesses corais existem recursos que podem se transformar em alimentos, remédios de maneira geral e até mesmo produtos biotecnológicos.

Recentemente foi publicado um estudo sobre os corais da Amazônia e pela primeira vez foi possível identificar que os microrganismos da pluma do Rio Amazonas alimentam as esponjas do grande recife amazônico.

Confira o estudo completo aqui.


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