‘Operação Amazônia Viva 5’ fecha propriedade em Moju após flagrante de desmatamento a uma área equivalente a 250 campos de futebol

A “Amazônia Viva” prossegue até o próximo dia (6) de novembro, com as seis frentes de trabalho que cobrem quase 15 municípios, no combate a crimes ambientais no interior do Pará.

No último dia (22) de outubro iniciou a quinta fase da Operação Amazônia Viva, com o objetivo de combater o crime de desmatamento nos municípios  de Senador José Porfírio, Moju, Tailândia, Pacajá, Novo Progresso e São Félix do Xingu.  A ação formada  por 15 profissionais, entre policiais civis, militares do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Corpo de Bombeiros Militar, servidores do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), segue  prossegue até o próximo dia (6) de novembro.

Foto: Alex Ribeiro/Agência Pará

Nos cinco primeiros dias de trabalho, a equipe integrada que atua na região de Moju identificou uma área equivalente a 250 campos de futebol, que foi desmatada Ilegalmente em uma fazenda na área rural do município. No momento do flagrante, 10 homens usavam motosserras para derrubar árvores.

“Eles não reagiram de forma agressiva quando chegamos aqui e obedeceram à ordem para parar de cortar a árvore. É pra isso que nós, do Batalhão de Polícia Ambiental estamos aqui, para proteger a floresta e garantir que os fiscais possam trabalhar para acabar com o desmatamento”, informou o cabo PM Cezar Leal.

O responsável pela coordenação da atividade ilegal foi preso e pagou R$ 17 mil de fiança, mas continua a responder processo na Justiça pelo crime ambiental. O dono da fazenda não estava no local, mas já foi identificado e também vai responder judicialmente. A propriedade foi embargada pelos fiscais, que apreenderam 175 metros cúbicos de madeira em tora e oito motosserras, e destruíram o acampamento erguido no meio da floresta, para abrigar as pessoas que derrubavam as árvores.

Ampliação – A Operação começou uma semana antes do previsto inicialmente pelo cronograma de ações, incluindo mais dois municípios – Moju e Tailândia -, que ainda não haviam recebido ações da “Amazônia Viva”. “Nós adiantamos a operação, que iniciaria só na última semana de outubro, porque precisamos trabalhar com a análise dos dados, e quando percebemos um aumento do desmatamento nesses municípios. Não poderíamos perder tempo”, ressaltou o coordenador da Operação e diretor de Fiscalização da Semas, Rayrton Carneiro.

A equipe que cobre o município de Senador José Porfírio, abrangendo também Altamira (ambos na região do Xingu), conseguiu frear o desmatamento na Gleba Bacajaí, uma área de 961 hectares, equivalente a quase mil campos de futebol. A propriedade foi embargada e os fiscais apreenderam madeira cerrada no local. Uma pessoa foi presa.

A Operação Amazônia Viva faz parte do pilar de Comando e Controle do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), coordenado pela Semas. A macroestratégia inclui, além da repressão aos crimes ambientais, ações de incentivo ao desenvolvimento sustentável no campo, como: apoio técnico aos produtores rurais, regularização fundiária e ambiental e linhas de crédito direcionadas a quem mantém boas práticas ambientais.

A “Amazônia Viva” prossegue até o próximo dia (6), de novembro, com as seis frentes de trabalho que cobrem quase 15 municípios, no combate a crimes ambientais no interior do Pará. 

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