De origem indígena, do tupi, igapó e igarapé são utilizados para representar características geográficas, hidrográficas e botânicas na região amazônica.
Com cerca de sete milhões de metros quadrados, a bacia do Rio Amazonas é formada por mais de mil afluentes, os quais possuem rios menores e nascentes que drenam seu volume para a bacia.
Essa característica faz com que igapós e várzeas sejam comuns na região. Mas afinal, qual a diferença entre eles? O Portal Amazônia explica:
De origem indígena, do tupi, igapó e igarapé são utilizados para representar características geográficas, hidrográficas e botânicas na Amazônia. Em geral, são termos bastante utilizados na bacia amazônica.
Na tradução do tupi, igapó significa “rio de raízes”, do y (“água”) e apó (“raiz”); e igarapé significa “caminho de canoa”.
Igapó
O termo Igapó se dá para um tipo de vegetação amazônica com plantas que sobrevivem permanente na água (chamada hidrófilas) e é uma vegetação bastante densa. As árvores podem ter em média 20 metros, e atingem de quatro a cinco metros acima da superfície da água.
Na arte abaixo, é possível observar o ecossistema se um igapó:
Entre as plantas hidrófilas estão a vitória-régia, a orquídea, o mucuri e as bromélias, muito frequentes na flora dos igapós.
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Igarapé
Já igarapé é um termo para designar o curso de um rio ou canal dentro das matas. Do tupi, “caminho de canoa” é conhecido por ser um canal estreito e pouco profundo no qual somente canoas e barcos pequenos conseguem navegar.
Devido as dificuldades encontradas pela vegetação densa ao seu entorno e pela profundidade baixa, apenas pequenas navegações passam pelos igarapés.
Nas cidades, até meados da década de 90, os igarapés eram bastante frequentados pela população como balneários, nos quais famílias inteiras iam aos fins de semana, como o Igarapé da Bolívia, Igarapé do 40 e Igarapé do Mindu, todos em Manaus (AM).