Quem nunca passou a tarde em um balneário ou praia, apenas de bubuia, não sabe aproveitar as belezas naturais do Amazonas.
Quem nunca passou a tarde em um balneário ou praia, apenas de bubuia, não sabe aproveitar as belezas naturais do Amazonas. Só que, infelizmente, muitos lugares de lazer para as famílias de Manaus perderam a luta contra a poluição e hoje suas águas não servem mais para o banho. Outros lutam bravamente pela sobrevivência, mas carecem da conscientização das pessoas e do poder público.
Nesta sexta-feira (22), comemorado o Dia Mundial da Água, o Portal Amazônia reuniu o antes e depois de balneários de Manaus que já fizeram sucesso, mas que hoje vivem em completo abandono e degradação. Confira:
Igarapé da Bolívia
O igarapé da Bolívia tem sua nascente na Reserva Florestal Adolpho Ducke. O percurso do igarapé próximo a barreira policial da estrada Manaus-Itacoatiara já serviu de Balneário e fazia sucesso entre as famílias da capital, principalmente, na década de 70. Segundo uma pesquisa realizada pelo químico e doutor em Engenharia Ambiental, Sávio José Filgueira Ferreira, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), mesmo com a alteração da qualidade da água, muitas igarapés ainda têm suas nascentes preservadas.
Igarapé da Cervejaria Miranda Corrêa
Por anos, a Cervejaria Miranda Corrêa se tornou um dos cartões-postais de Manaus. Muitos manauaras que moravam o bairro do São Raimundo aproveitavam para tomar banho nas águas do Rio Negro. Atualmente, o bairro conta com o Parque Rio Negro, infelizmente, nadar nas águas da região não é permitido, mas a lembrança fica na memória de muitas pessoas.
Igarapé do 40
A nascente do Igarapé do 40 está localizada no bairro Armando Mendes, na Zona Leste, e percorre os bairros do Coroado, Japiim e Distrito Industrial. Na década de 70, não era difícil encontrar crianças pulando nas águas do igarapé, ou donas de casa lavando roupas no fim da tarde. O tempo passou, e o que encontramos hoje é desolador, montanhas de lixos seguem por toda a extensão do Igarapé do 40, a situação piora com as fortes chuvas que caem na cidade.
Igarapé limpo que servia para lazer e locomoção dos manauaras. Foto: Reprodução-Manaus de Antigamente/Postal de George Huebner-Photographia Alemã
Trecho do Igarapé do 40. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Ponte da Glória
Quem foi criança e adolescente na década de 70 e 80 aproveitou bastante os igarapés de Manaus. Os curumins que cresceram do São Jorge e Glória lembram com saudade de uma época que infelizmente não volta Manaus. A ponte que liga o bairro da Glória com a avenida Boulevard se tornou um grande trampolim para os pequenos, que após as aulas se reuniam para tomar banho.
Agora um alerta. Um lugar de Manaus que precisa ser protegido para não entrar na lista acima:
Ponta Negra
Às margens do rio Negro, a praia da Ponta Negra é, hoje, uma das principais atrações de Manaus e um dos locais mais frequentados da cidade. Na década de 60, se banhar na Ponta Negra não era tão fácil, os manauaras pegavam uma embarcação, um dos pontos de partida era o Porto de São Raimundo. Com o passar dos anos, a praia foi se modernizando, mas em 2009, um projeto de revitalização foi apresentado ao Ministério do Turismo, e a população manauara ganhou o Complexo Turístico da Ponta Negra. Apesar de ser própria para banho, muitas pessoas reclamam dos lixos que são encontrados nas águas da praia da Ponta Negra.
Antigamente para chegar na Ponta Negra, só de barco. Foto: Reprodução-Manaus de Antigamente/Cartão Postal da editora Edicard
A Praia da Ponta Negra passou por muitas transformações durante o ano. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
E vamos fechar essa matéria com essas duas imagens: