Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia
Realizado na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o 2º Fórum ESG Amazônia reuniu especialistas e empresas para debater práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) no setor de indústrias do estado do Amazonas.
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Dentre as autoridades presentes na solenidade de abertura, estiveram o Superintendente da Zona Franca, Bosco Saraiva; o Secretário Executivo de Desenvolvimento do Amazonas, Gustavo Igrejas; e a idealizadora do fórum e coordenadora da Comissão do Cieam de ESG, Régia Moreira.

Uma das pautas abordadas foi o reforço no compromisso do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e da Suframa com o desenvolvimento sustentável da Amazônia e, de acordo com a organização do evento, será uma base para o que o Amazonas deverá apresentar na COP 30, a ser realizada em novembro no Pará.
Durante o fórum, Gustavo Igrejas realizou o lançamento do selo Zona Franca + ESG, que tem como intuito estimular empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM) a adotarem práticas ESG em suas rotinas de trabalho.
“Estão inclusas a implementação de medidas para diminuir a pegada de carbono da empresa, com o uso de energias renováveis, utilização de processos produtivos, investimento em tecnologias limpas, gestão eficiente de recursos naturais, adoção de práticas para reduzir o consumo de água e de energia, além de utilizar matérias que venham de forma sustentável e responsável, gerenciamento de resíduos, prevenção e controle de poluição, adoção de prática para prevenir e controlar a poluição do ar, da água e do solo, garantindo o cumprimento das normas ambientais e a proteção do meio ambiente, a conservação da biodiversidade de modo geral”, explicou o secretário sobre algumas dessas práticas no âmbito ambiental.

Além dos aspectos ambientais, estão incluídas questões sociais e de governança na adoção do selo ‘Zona Franca + ESG’. O secretário também elencou outros exemplos:
“Tem também a questão da segurança do trabalho, da diversidade e inclusão, o protagonismo feminino. Combate ao assédio moral, sexual e a discriminação, o despeito aos direitos humanos e o engajamento da comunidade. Na área de governança, exemplos de adotar código de ética, de conduta, transparência, código de utilidade, compliance das empresas, definição de estrutura de governança clara, manter o diálogo aberto e transparente com os seguidores da empresa, colaboradores, clientes, fornecedores, investidores e comunidades locais”.
Ao Portal Amazônia, a idealizadora do Fórum, Régia Moreira, comentou ser importante mostrar para o mundo o que a Amazônia tem produzido no âmbito industrial, mas também sobre suas práticas sustentáveis.

“É muito importante a gente mostrar isso para o mundo, porque nem mesmo o Brasil conhece a nossa Amazônia, então eles precisam conhecer aquilo que nós fazemos. Nós temos todas as indústrias aqui no polo que nenhuma tem chaminé. Todas as empresas têm o seu tratamento de resíduos, têm aterro zero, têm várias ações sociais que ajudam toda a nossa comunidade. É muito importante mostrar aquilo que nós estamos fazendo e a preservação da Amazônia que nós temos aqui, que são mais de 97% da floresta preservada, então são as riquezas que temos. O ESG não é só para a indústria, o ESG ele é para todos nós seres humanos”.
O evento também trouxe empreendedores e artistas, com intuito de divulgar o trabalho de quem já atua no ramo da sustentabilidade. O artista indígena Amadeu Teixeira, que trabalha na produção de grafismos corporais e em tecidos, esteve como convidado do Fórum.

“Eu acho importante ter um evento desse que fala muito sobre a nossa sustentabilidade e que abre espaço para nós, povos indígenas, onde a gente pode expor nosso trabalho, nossa cultura e também toda a nossa essência, trazer para esse evento que traz visibilidade e as pessoas entenderem mais sobre a nossa cultura e também a cultura de outros povos daqui da nossa área, da Amazônia, do Amazonas”, afirmou o artista.
De acordo com o CEO do Grupo Rede Amazônica, Phelippe Daou Jr., o conceito de ESG tem ganhado cada vez mais relevância no mundo corporativo, e para a Rede Amazônica essa pauta faz parte de sua essência desde sua fundação. Com mais de 53 anos de história, o grupo tem como principal missão servir à Amazônia e à sua população, promovendo transformação social por meio da comunicação e de iniciativas voltadas à sustentabilidade.
“A Rede Amazônica foi criada por visionários como Dr. Felipe, Dr. Milton e Joaquim Margarido, que tinham um compromisso claro: pensar na região não apenas como um mercado, mas como um ecossistema que precisa ser preservado e desenvolvido de forma responsável. Essa mentalidade foi transmitida ao longo das décadas e segue guiando as ações da empresa”, afirmou.
Ele ainda destacou que o compromisso ambiental da Rede Amazônica vai além da cobertura jornalística sobre temas ambientais. A empresa se engaja diretamente em projetos que impactam positivamente a região, garantindo que todas as suas iniciativas estejam alinhadas com as práticas de ESG. “A classificação do Studio 5 como um espaço de desenvolvimento e a criação de uma fundação para capacitação de mão de obra são exemplos concretos dessa abordagem”, disse.
O aspecto social também é um pilar essencial da emissora. A Rede Amazônica investe constantemente na qualificação de seus colaboradores e em iniciativas que beneficiam toda a comunidade. Mais do que simplesmente levar informação por meio de suas emissoras de TV, rádio e plataformas digitais, a empresa busca contribuir para o desenvolvimento da população amazônica, fomentando debates e mobilizando parceiros para promover mudanças positivas.
A governança corporativa também é uma prioridade dentro da Rede Amazônica. A empresa segue diretrizes que garantem transparência, ética e compromisso com as melhores práticas do mercado. Além disso, trabalha em parceria com entidades como a SUFRAMA e o CIEAM, fortalecendo sua atuação e ampliando seu impacto na região.
“A disseminação de informações sobre ESG também é parte do papel da Rede Amazônica. Por meio de sua atuação, a empresa influencia e incentiva outras organizações a adotarem práticas mais sustentáveis, contribuindo para que a transformação aconteça em diversas camadas da sociedade”, disse o CEO da emissora.
O II Fórum ESG Amazônia é realizado pelo Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) e pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). Além das discussões, o evento apresenta cases de implementação do ESG por empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), associadas ao CIEAM, destacando ações que promovem inovação e responsabilidade ambiental e social.
*Com a colaboração de Diego Oliveira, do Portal Amazônia