O estudo aponta, ainda, que mais de 30 rios são afetados pela atividade ilegal. O coordenador da Rede, Beto Ricardo, explica que a atividade ilegal pode resultar em diversos impactos ambientais.
“Esse modelo de garimpo semimecanizado precisa de muita água para mover as bombas de águas que vão desmontando os barrancos do rio, revolvendo a terra que sai dos barrancos. Grande impacto no desmatamento, abrindo cicatrizes enormes nas florestas, poluição dos rios e dos peixes com mercúrio, que leva à contaminação de pessoas que vive nessas regiões“, explicou.
O pesquisador Beto Ricardo afirma, ainda, que o combate ao garimpo ilegal na Panamazônia exige ação conjunta dos governos de vários países da região. “Quando um país resolve reprimir o garimpo ilegal, os garimpeiros fogem para o país vizinho, depois voltam, e essa fronteira móvel cria a sensação de que as autoridades estão enxugando o gelo. O tempo todo empreendem ações de fiscalização e de remoção, mas que não se sustentam ao longo do tempo”, disse.
Os membros da Rede Amazônica compilaram, desde 2007, informações primárias de organizações não-governamentais parceiras, análise de imagens de satélite e notícias publicadas na imprensa dos seis países.