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Sábado, 20 Abril 2024

Conheça o Parque Nacional do Jaú e os 41 anos de história

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O Parque Nacional do Jaú é situado no Amazonas, há 220 km da capital do estado, Manaus. Seu aniversário foi comemorado na última sexta-feira (24), com seus 41 anos de criação. Considerado como um dos maiores parques nacionais do Brasil e o maior parque do mundo em floresta tropical úmida intacta. O nome Jaú vem do Tupi (ya' ú) denomina um dos maiores peixes brasileiros e também representa o rio que banha o parque.

Reconhecido como Sítio do Patrimônio Mundial Natural e Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e integra o Sítio de Ramsar Rio Negro e também faz parte do Corredor Central da Amazônia

O PARNA Jaú foi criado em 1980, com objetivo de proteger a bacia hidrográfica do Rio Jaú. Administrado pelo Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), possui aproximadamente 2,4 milhões de hectares, localizado entre os municípios de Novo Airão e Barcelos, ao norte do Estado do Amazonas.

Foto: Reprodução/ Parque Nacional do Jaú

 Suas paisagens possuem uma grande diversidade de belezas naturais como áreas inundáveis, planícies, colinas, igapós, igarapés e matas de terra firme. Banhado pelos rios Negro, Jaú, Carabinani, Unini, Pauini e Canauaru, além de concentrar diversas cachoeiras. Abriga a maior bacia de águas pretas do mundo, a do rio Negro.

Segundo estudos biológicos, a área abriga cerca de 400 espécies de plantas. Sua biodiversidade tropical inclui amostras dos ecossistemas, várzeas, igapó, florestas, lagos e canais. Nas margens dos rios estão espécies como o açaizeiro, a macaricuia e o macucu do igapé, também encontradas em áreas ocasionalmente inundadas. Os terrenos de maior altitude abrigam os arbustos: amapá-doce, jaranae mangarana. As castanheiras-do-Pará, maçarandubas, angelins-rajados e sucupiras são algumas das espécies da área de floresta tropical mais densa.

Foto: Reprodução/ Parque Nacional do Jaú

Além da flora típica da região amazônica, os pesquisadores têm encontrado uma fauna rica e diversificada. O parque é o habitat da maior variedade de peixes elétricos no mundo, os quais estão incluídos na lista das 263 espécies de peixes já catalogadas nos seus limites. Estão protegidas, também, muitas espécies ameaçadas, incluindo a arapaima-gigante, peixe boi da Amazônia, jacaré-açú, jacaretinga, tartaruga da Amazônia, tracará, gavião real, uacari-preto, ariranha, gato-maracajá, onça pintada e duas espécies de botos.

Foto: Reprodução/ Josângela Jesus

O parque ainda abriga ainda cachoeiras isoladas, como a Miratucu e praias que se formam nas margens do rio Jaú. Entre as bacias dos rios Negro e Japurá encontra-se o maior lago amazônico, o Amanã, com 45 quilômetros de extensão e três quilômetros de largura. Por não ter sofrido ocupação humana permanente, como a presença impactante de garimpeiros ou madeireiros, o ecossistema permanece integralmente com suas características originais. Dentro do parque existem cerca de 160 famílias de ribeirinhos, que vivem da pesca, das roças de mandioca e da coleta de frutas e cipó.

Foto: Reprodução / Chico Batata

Importância Arqueológica

Além da importância ecológica, o Parque Nacional do Jaú possui uma importância arqueológica e turística da região, onde uma expedição arqueológica identificou 16 sítios na foz do rio, conhecido atualmente como Velho Airão. 

Foto: Divulgação

Localizado no entorno do PARNA Jaú, o Velho Airão foi o primeiro povoado fundado pelos europeus nas margens do rio Negro em 1694 e seus primeiros moradores eram padres e missionários que viviam da caça e da pesca no local.

Estudos realizados no ambiente ajudarão a explicar a história a ocupação do baixo rio Negro. 

Nas proximidades da boca do Rio Jaú, é possível encontrar os petróglifos,  representações gravadas pelo homem em pedra ou em rochas. Onde é possível encontrar uma área com vários registros no entorno imediato do parque.

A observação dos Petróglifos é uma atividade sazonal, na época da seca, com acessibilidade somente via fluvial com canoas.

Foto: Reprodução / Josângela Jesus

Por ser um patrimônio frágil, os visitantes devem tomar cuidado para não bater com as embarcações nas gravuras nem as tocar. É possível percorrer os sítios de petróglifos numa trilha aquática de 31 km, passando ainda por áreas de praias e no meio de ilhas.

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