Cinturão verde. Foto: Reprodução/Ufam
Em meio ao avanço desordenado das cidades e ao aumento das temperaturas nas áreas urbanas, os cinturões verdes surgem como aliados silenciosos, porém essenciais, na preservação ambiental e na qualidade de vida da população.
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Um cinturão verde é uma faixa de vegetação preservada, geralmente composta por árvores nativas, que exerce funções ecossistêmicas fundamentais. De acordo com especialistas, essas áreas contribuem para a redução da temperatura local, oferecem sombra natural e melhoram a qualidade do ar. Além disso, agem como barreiras contra a expansão urbana descontrolada, protegendo ecossistemas frágeis e importantes para o equilíbrio climático.
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A equipe do Portal Amazônia conversou com a professora Adoréa Rebello, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que destacou a importância desses espaços em centros urbanos. “Um exemplo claro de cinturão verde é a área de preservação ambiental da Ufam, conhecida como ‘Mata da Ufam’. Ela não só impede a ocupação urbana em zonas de floresta, como também presta um grande serviço ambiental para regiões próximas, como o bairro Elisa Miranda”, explicou a professora.
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Segundo Rebello, é possível perceber a diferença de temperatura nas áreas próximas à mata. “Ali no Elisa Miranda, as temperaturas são visivelmente mais amenas. A qualidade de vida é melhor por conta do microclima proporcionado pela mata. Além disso, a área abriga uma rica biodiversidade, com presença de macacos, aves e outras espécies silvestres”, afirmou.
O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e outras áreas protegidas dentro do campus também fazem parte desse cinturão verde, reforçando o papel da universidade como guardiã de um ecossistema vital para a cidade de Manaus.
Em tempos de mudanças climáticas e urbanização acelerada, os cinturões verdes se destacam como ferramentas estratégicas para tornar as cidades mais resilientes, sustentáveis e saudáveis. Mais do que áreas de sombra e frescor, são patrimônios naturais que merecem atenção e preservação.