Amazônia pode perder mais de 2,7 mil km² de floresta nos próximos 12 meses

Ao todo, 48 Terras Indígenas e 18 Unidades de Conservação estão sob risco alto ou muito alto de desmate

A Amazônia pode perder a 2.714km² de floresta nos próximos 12 meses, de acordo com estimativas levantadas pela plataforma PrevisIA.

Entre as áreas mais vulneráveis se encontram no estado do Pará, com 1.282km². Também foi identificado áreas protegidas que estão ameaçadas pelo desmatamento. Ao todo, 48 Terras Indígenas e 18 Unidades de Conservação consideradas com risco alto ou muito alto de desmate.

As maiores áreas de florestas altamente ameaçadas estão no Pará (1.282 km²), Amazonas (382 km²), Rondônia (327 km²), Acre (306 km²) e Mato Grosso (290 km²).

Lançada no dia 4 de agosto, a ferramenta PrevislA analisa dados, como topografia, cobertura do solo, infraestrutura urbana e dados socioeconômicos para identificar possíveis áreas de desmatamento e o monitoramento dos dados. A plataforma foi desenvolvida com o apoio da Microsoft em colaboração com pesquisadores do Imazon e o Fundo Vale.

Foto: Reprodução

A ferramenta utiliza inteligência artificial para analisar imagens de satélite e dados socioeconômicos e projetar tendências de mudança de uso do solo na região amazônica.

No total, a plataforma aponta 9.635 km² sob risco de desmatamento no território da Amazônia Legal, sendo 192 municípios abrigando áreas com risco alto ou muito alto. Além disso, há 2 territórios quilombolas e 789 assentamentos rurais.

As terras indígenas sob maior pressão são Apyterewa, em São Félix, no Pará e o Parque Nacional do Xingu, no município de São Félix do Araguaia, no estado do Mato Grosso.

Entre as principais unidades de conservação estão Parque Nacional dos Campos Amazônicos, Reserva Extrativista Chico Mendes, Reserva Biológica do Gurupi e Parque Nacional do Araguaia. 

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