Nova ferramenta monitora Amazônia em tempo quase real e reforça proteção ambiental

Objetivo da ferramenta é reforçar a proteção ambiental e garantir mais transparência nas ações de combate ao desmatamento na Amazônia.

Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

Uma nova ferramenta foi desenvolvida pelo Governo Federal para acompanhar o bioma amazônico em tempo quase real. O objetivo é reforçar a proteção ambiental e garantir mais transparência nas ações de combate ao desmatamento.

O sistema amplia o escopo do Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que já monitorava áreas de floresta nativa. Agora, também passam a ser observadas regiões não florestais, como campos naturais e savanas, que representam cerca de 20% da Amazônia.

“A gente não fazia isso naquela área que não tem cobertura florestal. Várias áreas e outras formações que não são do tipo florestal não estavam cobertas por esse monitoramento diário, então a gente passou a fazer isso para todo o bioma amazônico. Agora está completo”, explicou Cláudio Almeida, coordenador do programa Biomas BR, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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ferramenta do governo monitora amazônia
Dedmatamento na Amazônia é um dos pontos de monitoramento. Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace

IA para ajudar a Amazônia

Com o uso de inteligência artificial e imagens de satélite, o sistema vai emitir alertas diários sobre desmatamento, mineração ilegal e queimadas na Amazônia.

“A gente está desenvolvendo ferramentas com base principalmente no uso de aprendizado profundo. O pessoal conhece bastante como inteligência artificial. São algoritmos que, a partir de um conjunto de amostras significativas, passam a entender e reconhecer padrões. Quanto mais amostras o sistema analisa, mais ele consegue detectar esses padrões”, detalhou Almeida.

Atualmente, os alertas do Deter já cobrem mais de 75% do território nacional. A meta do governo é expandir o monitoramento para outros biomas que ainda não contam com vigilância constante, como a Mata Atlântica, a Caatinga e o Pampa.

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“A gente entende que é um avanço. É mais um tijolinho que estamos colocando para construir uma base sólida. Produzimos dados que vão apoiar políticas públicas”, concluiu o coordenador.

*Por Matheus Santos, da Rede Amazônica AM

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