Estudo sobre resiliência climática em serviços de saúde na Amazônia peruana ganha destaque em revista científica

Trabalho, produzido em 2023 entre Minsa e Universidade Cayetano Heredia, foi realizado nas comunidades indígenas de Satipo (Junín) e Balsapuerto (Loreto).

Foto: Divulgação/Agência Andina

A revista científica internacional BMJ Global Health, do Reino Unido, publicou o estudo intitulado “Caminhos para fortalecer a resiliência climática dos sistemas de saúde na Amazônia Peruana trabalhando com líderes, comunidades indígenas e autoridades de saúde”, desenvolvido pelo Ministério da Saúde (Minsa) e a Universidade Peruana Cayetano Heredia (UPCH).

“Este estudo segue as diretrizes de gestão estabelecidas pelo Ministro da Saúde, César Vásquez, um passo fundamental para fortalecer a colaboração entre os sistemas de saúde oficial e indígena”, afirmou o diretor-geral de Gestão de Risco de Desastres e Defesa Nacional em Saúde (Digerd), Miguel Aponte Jurado.

Ele acrescenta que as conclusões e recomendações “proporcionam uma base sólida para a integração de abordagens tradicionais e modernas na resiliência climática, garantindo que as nossas comunidades indígenas estejam melhor preparadas para enfrentar os desafios apresentados pelas alterações climáticas”. 

A investigação é fruto dos compromissos nacionais determinados em saúde face às alterações climáticas, estabelecidos na Resolução Ministerial n.º 599-2022/MINSA, e no Acordo n.º 003-2023-MINSA de cooperação interinstitucional entre ambas as instituições.

Para o desenvolvimento da pesquisa foram realizadas entrevistas, questionários e revisão de literatura a fim de compreender a adaptação e resiliência às mudanças climáticas dos sistemas de saúde na Amazônia peruana, atuando na Rede Alto Amazonas em Loreto e na Rede Satipo em Junín, especificamente nas comunidades indígenas pertencentes a Satipo e Balsapuerto (Loreto).

O estudo foi realizado em 2023 e fornece evidências das respostas implementadas nos sistemas de saúde oficiais, indígenas, agentes comunitários de saúde e membros da comunidade diante dos perigos climáticos, e presta assessoria para a articulação dos dois sistemas (oficial e indígena), em benefício da saúde da população das comunidades indígenas.

Uma equipe da Faculdade de Saúde Pública e Administração da UPCH participou em colaboração com o Minsa, através da Direção de Promoção da Saúde, Direção de Saúde Mental e da Direção dos Povos Indígenas e Nativos, da Direção Geral de Intervenções Estratégicas em Saúde Pública, além da Direção Geral de Gestão do Risco de Desastres e Defesa Nacional em Saúde.

Também participaram a Direção Regional de Saúde de Junín e sua Rede de Saúde Satipo, a Gerência Regional de Saúde de Loreto e sua Rede de Saúde do Alto Amazonas, a Organização de Mulheres Indígenas Amazônicas Asháninka da Selva Central e o Governo Territorial Autônomo Shawi de Loreto, com financiamento da Aliança para Pesquisa em Políticas e Sistemas de Saúde da Organização Mundial da Saúde.

*Com informações da Agência Andina

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