Lenda das três princesas de Aruanda

Fugindo da guerra, as princesas turcas se perdem e acabam adentrando num portal místico e chegando à Aruanda – uma terra encantada. Quando o portal reabre, as jovens despertam na foz do Rio Amazonas, no Pará.

Foto: Divulgação/Acadêmicos do Grande Rio

A lenda das três princesas de Aruanda começa quando o então Sultão da Turquia, equivalente ao cargo de imperador no Brasil, tenta proteger suas filhas das guerras que assolavam o local. Então, para salvá-las, ele coloca as três princesas em um navio com destino a uma terra distante.

Nessa viagem, as princesas se perdem e acabam adentrando num portal místico e chegando à Aruanda – uma terra encantada. Quando o portal reabre, as jovens despertam na foz do Rio Amazonas, no Pará.

De acordo com o artigo ‘Mariana, Herondina e Toya Jari: transculturalidade nas figurações do sagrado feminino na Encantaria Amazônica’: “as três princesas foram embarcadas às pressas para um reino amigo, situado à Mauritânia, no noroeste da África. Porém, nunca chegaram ao seu destino; os emissários ficaram na praia a esperar por horas, dias, meses pelas princesas, que estavam em alto mar perdidas, navegando involuntariamente rumo aos seus destinos místicos. Em viagem para a África, atravessaram o Estreito de Gibraltar, conhecido como portal para outras dimensões não corpóreas. Sem perceber, deixaram o mundo físico, perpassando a mortandade carnal para entrar neste vasto mundo dos encantados”.

Anos se passam até que as que elas encontram a Velha Tapuia, a pororoca, na foz do rio Amazonas. “Ao se depararem com esse momento, Mariana, Herodina e Toya Jarina puderam ter a visão de sua nova
existência. Enquanto passavam pela pororoca, na embarcação que as transportava, as princesas navegaram rio acima por diversos dias e noites sem um local certo para desembarque e descanso”.

Na lenda, Jarina é a mais jovem das turcas e está associada à jiboia e borboleta azul; Herondina é a irmã do meio, que se transforma em onça; e Mariana é a primogênita, a arara-cantadeira. As três são caboclas associadas a poderes de cura.

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