O monitoramento de quelônios na comunidade Nova Esperança foi realizado também com a participação de monitores da comunidade Barreirinha.
A comunidade indígena Nova Esperança, localizada da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, no Amazonas, realizou na sexta-feira (8) a soltura de 226 quelônios às margens do rio Cuieiras.
Este é o sétimo ano em que a comunidade se envolve na atividade. Toda a programação foi conduzida pelos alunos da Escola Indígena Municipal Puranga Pisasú, que fizeram apresentações de dança, atividades culturais, concurso de desenho e brincadeiras voltadas para a temática.
A atividade faz parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso Sustentável de Recursos Naturais (Probuc), implementado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), gestora da RDS Puranga Conquista.
“Quando a gente promove uma atividade como essa, de monitoramento de quelônios, não estamos só fortalecendo a conservação das espécies, estamos fortalecendo a participação e o empoderamento da comunidade na gestão dos seus próprios recursos”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
O monitoramento de quelônios na comunidade Nova Esperança foi realizado também com a participação de monitores da comunidade Barreirinha, que contribuíram com ovos coletados em sua região.
Entregas
Além da soltura de quelônios, também foram entregues 20 certificados de conclusão do curso de qualificação profissional ‘Introdução à Pesca Esportiva’, realizado em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). Os comunitários que participaram do curso agora estão aptos a exercer a função de guia de pesca.
Também foram entregues uniformes e equipamentos de campo para monitores da biodiversidade e Agentes Ambientais Voluntários (AAV). Paralelamente, ocorreu ainda uma feira de artesanato, onde a comunidade expôs biojoias e itens decorativos.
Monitoramento de quelônios
De junho a dezembro, os comunitários se mobilizam para percorrer áreas de praias, campinas e barrancos para procurar covas, onde as fêmeas depositam seus ovos durante a descida dos rios.
Quando localizados, os ovos são coletados e transferidos para uma estrutura conhecida como berçário, que reproduz o habitat natural dos animais. Os ovos ficam no local até sua eclosão.
Após o nascimento, os filhotes são realocados em tanques, onde permanecem até atingirem um tamanho ideal para serem soltos na natureza em segurança.