O projeto pioneiro de um dos principais complexos portuários privados do Brasil, localizado em Manaus, surgiu em 1987 e ganhou destaque com o desenvolvimento de transporte rodofluvial no Amazonas.
O Porto Chibatão é um complexo portuário privado, localizado em Manaus (AM), que abrange toda a Amazônia Ocidental (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima). Com cerca de um quilômetro de cais flutuante, aptos para embarque e desembarque, o Chibatão recebe navios de cabotagem (navegação entre portos marítimos sem perder a costa de vista) e longo curso de empresas mundiais, sendo considerado o maior complexo portuário privado do Norte do Brasil.
As navegações de longo curso são realizadas entre portos brasileiros e estrangeiros, enquanto os navios de cabotagem navegam em portos do mesmo país. Nas margens do Porto Chibatão são recebidos contêineres com mercadorias vindas pelos rios Negro, Madeira, Solimões e Amazonas.
O Portal Amazônia conversou com o diretor executivo geral do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis, que explicou quais são as principais características do porto amazonense.
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No dia 9 de novembro de 1987 foi fundado o Grupo Chibatão, com transporte fluvial de distribuição e transporte de bebidas. Em 1996, passou a transportar de forma rodofluvial (logística segmentada, sendo parte via rodovia e parte via rios). Até 2010, segundo dados da Suframa, somente o Porto Chibatão já era responsável por, pelo menos, 60% da movimentação de cargas no Amazonas.
O terminal de uso privativo – que também é considerado um dos maiores portos privados da América Latina – oferece suporte logístico para o transporte de diversas balsas (embarque e desembarque) e contêineres. Fidelis informou que, diariamente, Manaus recebe cerca de 850 contêineres e ao ano registra a chegada de 306.000 mil contêineres com destino ao Amazonas.
Os produtos recebidos pelo porto são de diversas regiões do país e também internacionais. “São materiais da indústria têxtil, eletroeletrônicos, polo duas rodas, entre outros tipos de insumos”, informou Jhony Fidelis.
O portuário está localizado no Polo Industrial de Manaus (PIM), na Zona Centro-Sul, fazendo parte do maior completo industrial da região. É possível ter acesso ao Chibatão por meio das BRs 319 e 174 e da AM-10.
Podem ficar atracadas até oito embarcações, contando com uma estrutura com capacidade estática de 40 mil TEU’S, que é a Unidade Equivalente de Transporte.
Conforme o diretor geral, o Porto Chibatão busca por tecnologias e investe em inovação e melhoria continua nos serviços de: Terminal Portuário Privativo Misto de Movimentação e Armazenagem de Contêineres e Cargas em geral; Logística Pesada na Remoção Industrial e Içamento de Cargas; Transporte Fluvial de Cargas no Sistema Roll-on Roll-of Intermunicipal e Interestadual; e Transporte Rodoviário de Cargas e Contêineres.
Mas, por estar localizado no bioma amazônico, a preocupação também se volta ao cuidado e preservação do meio ambiente. “O Grupo Chibatão possui boas práticas ambientais, existe a coleta seletiva de resíduos, destinação correta de materiais de todos os tipos, monitoramento em todos os perímetros e possuímos o Plano de Emergência Individual (PEI), que é o plano de contingência de derramamento de óleo”, disse Jhony Fidelis.
De onde vem o nome?
Uma das curiosidades sobre o porto vai além de sua capacidade ou serviços oferecidos: o que significa o nome? Para quem conhece o “amazonês” (expressões típicas usadas por amazonenses) talvez já tenha adivinhado a origem.
“O nome ‘Chibatão’ foi dado pelo Sr. Passarão [fundador do Grupo Chibatão], a motivação foi de utilizar um nome regional que objetiva algo bom: chibata”, explicou Jhony.
A expressão completa é “chibata no balde”, que significa que algo é muito bom.