Manaus possui potencial para se tornar a capital da pitaya, diz especialista

O Amazonas possui características favoráveis para que a produção de pitaya ocorra de janeiro a dezembro.

Originária das Américas do Norte e Central, a pitaya possui inúmeros benefícios à saúde. O fruto é rico em antioxidantes, fósforo, cálcio e fibras, compostos importantíssimos para a prevenção de doenças cardiovasculares, doenças crônicas e também no combate à alguns tipos de câncer, diabetes, problemas estomacais e respiratórios. O consumo das fibras e das substâncias antioxidantes, presentes na polpa, podem reduzir o colesterol e, também, melhorar a pressão arterial.

Sendo assim, a pitaya tem ganhado cada vez mais espaço no mercado local, especialmente nas Feiras de Produtos Regionais da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), onde os próprios produtores podem colocar a fruta à venda com preços mais competitivos. Do pequeno ao grande produtor, as políticas públicas de incentivo ao Setor Primário têm construído histórias de sucesso no coração da Amazônia.

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Foto: Reprodução/ ADS

Apesar de os quatro primeiros meses do ano serem considerados o auge da safra, o Amazonas possui características favoráveis para que a produção de pitaya ocorra de janeiro a dezembro. Essa já é uma prática comum na propriedade do agricultor e empresário Cleber Medeiros, localizada no quilômetro 35 da AM-010, rodovia que liga a capital à Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).

Cleber afirma que, para explorar a fruta com boa produtividade é necessário levar em consideração as condições climáticas, correção de acidez do solo, a política de fertilização, método de colheita, escoamento da produção, armazenamento e comercialização.

Por mais que pareçam muitos itens a serem considerados, ainda assim, a cidade de Manaus preenche todos os requisitos para se tornar referência no mercado mundial. “Nós queremos tornar Manaus a capital nacional da pitaya porque nós temos terra, temos gente trabalhadora, temos o clima totalmente favorável, estamos aqui a quatro horas de Miami, então podemos exportar pitaya para todo o mundo. O que está faltando é produção”, disse Cleber Medeiros.

Entre dezembro e abril, período em que é registrada grande quantidade de chuva na região, as plantações são capazes de produzir uma quantidade maior de pitaya, conforme explica o engenheiro agrônomo da ADS, Haroldo Cunha Diórgenes.

“A maior produtividade da pitaya (Hylocereus undatus) no Estado do Amazonas ocorre nos meses de maior índice pluviométrico, ou seja, nos meses de dezembro a junho de cada ano agrícola. O sistema de irrigação é necessário para atender às necessidades hídricas das plantas nos meses de menor índice pluviométrico”, destaca. 

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