Imagem de ovo do Aedes aegypti feita no Amazonas chega em final de concurso internacional

Captada por pesquisadores do CMABio/UEA, imagem de ovo do Aedes aegypti está entre as duas únicas brasileiras que chegaram à final.

Foto: Jander Matos e Joaquim Nascimento

Uma imagem que atraiu o mundo científico. Levando o pioneirismo em capacidade analítica e a atuação da região Norte do país para o mundo, o Centro Multiusuário para Análise de Fenômenos Biomédicos da Universidade do Estado do Amazonas (CMABio/UEA) ficou entre os 25 finalistas do concurso internacional de fotografias ‘Wellcome Photography Prize‘ (‘Prêmio de Fotografia da Wellcome’, em português).

A imagem de microscopia, que captura o ovo do mosquito Aedes aegypti, foi exibida na categoria ‘The Marvels of Scientific and Medical Imaging‘ (‘As maravilhas da imagem científica e médica’, em português), fazendo parte do retorno da modalidade.

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Intitulada ‘Febre Submarina’, a imagem apresenta uma área maior, que trata do ovo do mosquito, conhecido por transmitir dengue, causador da febre chikungunya e o Zika vírus. Os pontos amarelos são chamados de tubérculos e servem para grudar os ovos nas superfícies mesmo sem água, também fornecem nutrientes pro embrião que está dentro do ovo.

Foi adquirida em microscópio eletrônico de varredura no CMABio pelo tecnólogo em microscopia e bolsista do Fundo de Reserva Específico de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (FEPD&I) da UEA, Jander Matos, e por Joaquim Nascimento, doutorando em Biologia Evolutiva & Conservação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Leia também: 1 mosquito e 4 doenças: conheça o Aedes aegypti, o “maldito do Egito”

Segundo Jander, esse estudo mostra os efeitos externos causados no ovo da espécie. “Nesse caso, são observadas a forma, o tamanho, quantidade de tubérculos e integridade das camadas externas. Os efeitos externos desse teste são condições climáticas extremas, como aumento de temperatura. Olhar esses efeitos determina se a espécie tem sua reprodução afetada pelo aquecimento global”, afirmou.

Foto: Jander Matos/Acervo pessoal

Imagem ficou em exibição

A dupla teve oportunidade de exibir a fotografia durante a cerimônia de premiação, que aconteceu dia 16 de julho no Instituto Francis Crick, centro de pesquisas em Londres (Inglaterra). Apesar de não terem vencido dentro da categoria, o trabalho deles integra, agora, a exposição Wellcome Photography Prize 2025, disponível para visita até outubro deste ano na Manby Gallery, localizada no Instituto Francis Crick.

Foto: Jander Matos/Acervo pessoal

Para o tecnólogo, esse momento traz um valor enorme para o trabalho que estão realizando e que está sendo publicado.

“Mostra que estamos em um nível alto em relação a projetos internacionais e instituições de renome, como o Instituto Francis Crick. Também eleva a UEA, que a todo momento é pautada como instituição estratégica por estar inserida no contexto amazônico”, finalizou Jander.

O concurso

O ‘Wellcome Photography Prize‘, anteriormente conhecido como ‘Wellcome Image Awards‘ (‘Prêmios de Imagem Wellcome’, em português), possui um legado de 28 anos, em que reconhece profissionais que, por meio de imagens impactantes, apresentam aspectos da vida, do mundo e da ciência.

Neste ano, a premiação teve três categorias: ‘Fotografia Solo Impressionante’; ‘Uma Série de Histórias’; e ‘As Maravilhas da Imagem Científica e Médica’.

O prêmio é aberto a todos, e recebeu inscrições de mais de 100 países, com a dupla do Amazonas estando entre os 25 melhores selecionados. Além deles, mais uma imagem brasileira também chegou à final.

Mais informações no site oficial do concurso: https://wellcome.org/engagement-and-advocacy/engaging-people/wellcome-photography-prize/2025

*Com informações da UEA

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