IBGE informa que mais de 60% dos indígenas do Amazonas moram em cidades

Segundo o IBGE, a população indígena total, em 2022, foi de 490.935 pessoas, sendo que 62,3% vive em áreas urbanas (305.866) e 37,7% em áreas rurais (185.069).

Mais de 60% dos indígenas do AM moram em cidades, aponta IBGE. Foto: Janailton Falcão/FAS

Cerca de 62% dos indígenas no Amazonas moram em cidades. É o que aponta uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no dia 19 de dezembro. O recorte ainda é do Censo realizado em 2022, pelo órgão.

Segundo o IBGE, a população indígena total, em 2022, foi de 490.935 pessoas, sendo que 62,3% vive em áreas urbanas (305.866) e 37,7% em áreas rurais (185.069).

Já em relação ao número de indígenas que moram em terras indígenas, esses são 149.080 (30,4% do total indígena). Desses, 22,2% vivem em áreas urbanas (33.070), enquanto a maioria (77,8%) permanece em áreas rurais (116.010).

Fora de terras indígenas, o IBGE aponta que a população é majoritariamente urbana, com 341.855 indivíduos (69,6% do total indígena).

O Censo também aponta que, os cinco municípios do Amazonas com maior população indígena nas cidades foram:

  1. Manaus: 69.747 indígenas;
  2. Tabatinga: 26.091 indígenas;
  3. São Paulo de Olivença: 18.265 indígenas;
  4. Tefé: 15.544 indígenas; e
  5. Santo Antônio do Içá: 13.863 indígenas,

Já em áreas rurais, destacaram-se São Gabriel da Cachoeira (24.913), Maués (8.092), Tabatinga (8.406), São Paulo de Olivença (8.354) e Santo Antônio do Içá (5.019), mostrando forte presença em territórios rurais.

Manaus continua sendo a cidade mais indígena do Amazonas

A pesquisa também apontou que Manaus é a cidade com o maior número de indígenas no Amazonas. Segundo o Censo, são 71.691 indígenas que, segundo o órgão “demonstra o impacto da urbanização e da migração em busca de oportunidades”.

A lista também contempla:

  • São Gabriel da Cachoeira, com 48.256 indígenas, destaca-se como um dos principais polos culturais e tradicionais indígenas;
  • Tabatinga, com 34.497, representando a influência das comunidades indígenas na região de tríplice fronteira;
  • São Paulo de Olivença (26.619) e Autazes (20.447) evidenciam a relevância indígena em áreas mais interioranas.
  • Tefé (20.394), Santo Antônio do Içá (18.882), Benjamin Constant (17.811), Barcelos (14.178) e Santa Isabel do Rio Negro (13.622) completam a lista, mostrando a ampla presença indígena nas regiões do médio e alto Rio Negro e do Solimões, que preservam tradições e enfrentam desafios em infraestrutura e serviços públicos, como saúde e educação.
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