Foto: Divulgação/Bactolac
A inteligência artificial está sendo usada pela startup amapaense Bactolac para medir o peso e comprimento de peixes na Amazônia. O objetivo é usar a tecnologia no processo mais preciso da piscicultura, evitando o estresse dos animais em razão do manuseio e fornecendo dados em tempo real para a produção.
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A ideia inovadora fez com que a empresa fosse a campeã do Desafio do Pescado 2025, que ocorreu no último dia 27 de março em São Paulo. No evento, concorreram 15 startups ligadas ao setor da Agtech.
Inteligência artificial e psicultura
A empresa usa uma espécie de biometria automatizada em peixes. Por meio de uma análise computacional de imagens, os técnicos da empresa conseguem captar dados dos animais sem precisar fazer o manuseio direito deles.
Segundo a Bactolac, a tecnologia gera o fortalecimento da indústria pesqueira e da saúde dos organismos aquáticos. Para isso, é necessário fazer biometrias em um intervalo de 15 dias ou de 30 dias. A análise produz dados do desempenho dos animais e a quantidade de ração que ele precisa ingerir.
Desafio do Pescado 2025
Criado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o desafio selecionou 15 startups para apresentar seus modelos de negócio e propostas de solução para o setor. Essa foi a 1ª edição da premiação.

O CEO da empresa, Antonio Carlos, destaca que a conquista do prêmio gera diversos retornos positivos à empresa:
- Possibilidade de estabelecer parcerias tecnológicas e comerciais;
- Mentorias técnicas e de negócios;
- Acesso à rede de inovação e conexões do setor;
- Oportunidades de networking com indústrias e investidores;
- Premiação simbólica para as melhores soluções.
“Vencer esse desafio é uma oportunidade de aproximação com a indústria de piscicultura e de oferta da nossa solução para a indústria demandante dos desafios, alcançando cada vez mais mercados”, disse Carlos.
A Bactolac foi criada em 2020 durante o programa Inova Amazônia do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ela é fruto da tese de doutorado de Antonio Carlos, CEO da empresa.
A empresa faz parte do portfólio do “Hub CNA” (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), responsável por mapear e tornar as soluções tecnológicas acessíveis aos produtores rurais.
De acordo com dados da plataforma do Sebrae Startups, a plataforma conta com mais de 18.000 startups cadastradas. O mercado é visto como uma nova alternativa de empreendimento.
*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP