Projeto estuda área no Amapá que pode abrigar maior parque ambiental do mundo

Em fase de estudos técnicos, de acordo com o executivo estadual, o projeto apresentará um diagnóstico com informações sobre o solo, relevo, geologia, água e clima, entre outras informações.

Com uma área de 6,5 mil hectares, o Amapá pode abrigar o maior parque metropolitano do mundo. O ‘Amaparque’ foi apresentado pelo Governo do estado (Gea) durante a Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP 27), no Egito.

O projeto está em fase de estudos técnicos, de acordo com o executivo estadual, e apresentará um diagnóstico com informações sobre o solo, relevo, geologia, água e clima, fauna, flora, serviços ecossistêmicos, socioeconomia e possibilidades de uso público.

Foto: Reprodução/Rede Amazônica

O local será uma grande área de conservação para lazer, práticas esportivas e contemplação da natureza. O secretário de Planejamento do Amapá, Eduardo Tavares, foi quem apresentou a proposta na COP 27.

“A iniciativa pretende recuperar a bacia hidrográfica do Igarapé da Fortaleza, uma das principais áreas de ressaca da Região Metropolitana de Macapá e Santana, com atenção especial à Lagoa dos Índios. Nos dois municípios vivem 660 mil pessoas, dois terços de toda a população do Estado”, 

explicou o secretário.

De acordo com Tavares, as zonas úmidas reconhecidas como Sítios Ramsar tem prioridade no acesso à cooperação técnica internacional e apoio financeiro para promover projetos com intuito a proteção e a utilização sustentável dos recursos naturais, favorecendo a implantação de um modelo de desenvolvimento que proporcione qualidade de vida aos moradores da região.

“O Amapá, com este projeto, poderá ter um Sítio Ramsar que compreende a uma área úmida de relevância ecológica Internacional com reconhecimento pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)”, ressaltou.

Convenção de Ramsar 

Segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, a Convenção de Ramsar foi estabelecida em fevereiro de 1971, na cidade iraniana de Ramsar, e tratou sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional. A convenção está em vigor desde 21 de dezembro de 1975 e foi incorporada ao sistema legal do Brasil em 1996.

Desde a adesão, segundo o Ministério, o Brasil promoveu a inclusão de 27 Sítios na Lista de Ramsar, sendo 24 correspondentes a Unidades de Conservação, ou parte delas, e três Sítios Ramsar Regionais formados por Unidades de Conservação, terras indígenas e Áreas de Preservação Permanente (APP).

Leia também: Entenda o que são áreas úmidas amazônicas e porquê são importantes

O Parque Nacional do Cabo Orange, no Amapá, localizado no entre os municípios de Oiapoque e Calçoene, foi declarado Sítio Ramsar em 2013.

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