Guerra na Ucrânia: conheça ex-militares que saíram do Amapá para lutar no conflito contra a Rússia

Os brasileiros Rendli Mateus, de 30 anos, e Thony Yankee, de 34 anos, são ex-militares do Exército do Brasil e passaram a atuar na guerra

Ex-militares Amapaenses atuam em guerra na Ucrânia. Foto: Divulgação/Thony Yankee/Rendli Mateus

Os brasileiros Rendli Mateus, de 30 anos, e Thony Yankee, de 34 anos, são ex-militares do Exército do Brasil e passaram a atuar neste ano nas tropas ucranianas em Kiev. Ambos iniciaram a vida militar no 34º Batalhão de Infantaria de Selva no Amapá e, desta vez, enfrentam a missão mais árdua da carreira e da vida: o conflito militar russo-ucraniano.

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Rendli Mateus é oiapoquense e está há 4 meses na Ucrânia. Por ter experiência militar, atualmente é sargento e instrutor de novos soldados. Já o carioca Thony Yankee, que foi criado em Oiapoque e em Macapá, desembarcou na capital ucraniana no dia 2 de julho, e segue em preparação, ainda como recruta.

A guerra que iniciou em fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram locais próximos a Kiev, segue até hoje.

Sobre os combatentes militares

Mateus, que é sargento e instrutor de soldados na Ucrânia, disse ser o primeiro amapaense a formar forças especiais em um cenário de guerra. Ele viveu no município de Oiapoque, a cidade mais ao norte do litoral brasileiro, até os 15 anos e na adolescência passou a morar na capital, Macapá.

Amapaense militar atua como sargento e instrutor de soldados na Ucrânia. Foto: Divulgação/Rendli Mateus

“Eu sempre me mantenho otimista para todos os dias retornar vivo, pensando sempre no meu filho, minha família e amigos”, disse o militar.

Ele contou que após servir o exército brasileiro em território amapaense, tentou seguir a vida como civil, mas relatou que o ‘espírito militar falava mais alto’.

“Continuei buscando a carreira militar, no ano de 2024. Assim, indo para a França, onde me alistei na tão famosa Legião Estrangeira Francesa, onde fiquei apenas 1 um ano servindo o exército francês. Em janeiro de 2025 pedi final de contrato, após receber um convite para fazer parte de um grupamento de forças especiais que estava atuando na Ucrânia”, explicou o Mateus.

Criado no Amapá, Thony Yankee é recruta em guerra na Ucrânia. Foto: Reprodução/Redes Sociais Thony Yankee

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O brasileiro Thony Yankee, de 34 anos, nasceu no Rio de Janeiro (RJ), mas foi criado desde a infância na capital do Amapá, berço de seu pai e sua mãe. Nas redes sociais, Yankee se apresenta como um ‘carioca amapaense’.

Thony também possui uma longa trajetória no cenário militar, iniciada em 2014 no Batalhão de Infantaria, no Amapá. Em 2015, ele iniciou o curso de formação de cabo e em 2016 teve a sua promoção ao cargo.

Em 2023, tomou a decisão de atuar na Legião Estrangeira na França, e começou a se preparar com uma equipe operacional para o Teste de Aptidão Física (TAF). “Entrei na equipe da charlei operacional para me preparar. Com apoio da Rafaela Freitas, consegui chegar na França e comecei minha jornada. Meu companheiro de farda Rendli foi na frente”, explicou.

No entanto, mesmo após passar em todos os testes na França, Thony não foi selecionado por não ter o perfil estabelecido para o momento. Ele então foi morar em Portugal e em seguida recebeu o convite de Rendli para atuar como combatente na Ucrânia. “Não acho justo um país querer tomar decisões por outro e invadir por motivos não plausíveis”, disse Thony ao ser questionado sobre o que o motivou a atuar diretamente na guerra.

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Rendli e Yankee na Ucrânia. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Situação atual da guerra na Ucrânia

No dia 4 de julho foi registrado o maior ataque de drones russos contra a Ucrânia, desde o início do conflito. Foram lançados pelo menos 600 drones, após uma ligação entre Putin e Trump.

De acordo com o sargento Mateus o local atacado é afastado e a área atingida é distante do centro da cidade. No entanto, segundo informações divulgadas pelo governo ucraniano, 23 pessoas ficaram feridas durante o ataque e diversos prédios foram atingidos.

Famílias precisaram se abrigar dos ataques em estações de metrô subterrâneas, e os moradores da capital da Ucrânia passaram a noite em claro sob o barulho de sirenes de ataque aéreo, drones kamikazes e detonações estrondosas.

O conteúdo foi originalmente publicado pelo G1 Amapá e escrito por Isadora Pereira.

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