As PANC são plantas comestíveis que geram diversos benefícios para a saúde como fontes de nutrientes e vitamina.
Elas podem estar mais perto do que você imagina. No quintal, no jardim, na horta do bairro. E são chamadas de “mato” por falta de conhecimento. As PANC (plantas alimentícias não convencionais) são comestíveis e ricas em nutrientes.
Em Macapá, um grupo tem estudado bastante essas plantas e estão desenvolvendo um projeto para disseminar o conhecimento para a sociedade. As PANC são plantas comestíveis que trazem diversos benefícios para a saúde como fontes de nutrientes e vitaminas.
Melson Monte, idealizador do projeto, explicou que o interesse pelas plantas surgiu a partir de trabalhos com abelhas. “Eu sempre gostei de plantas, mas trabalhava apenas com abelhas. E elas gostam de plantas que têm flores que elas possam retirar o néctar e o poro para fazer o mel. A partir daí passei a descobrir essas plantas que as pessoas pouco conheciam e comecei a divulgar”, disse.
No Brasil, existem pelo menos 3 mil espécies de plantas alimentícias com ocorrência conhecida. De acordo com um levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), estima-se que em todo o país, pelo menos 10% da flora nativa (4 a 5 mil espécies de plantas) sejam alimentícias.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), ao menos 400 mil plantas já foram identificadas em todo mundo. Dessas, 30 mil estão aptas a comporem o cardápio diário.
Mas cerca de 6 mil apenas foram cultivadas para produzir alimentos e, atualmente, se usa por volta de 170 em escala comercial significativa. Uma das ideias do projeto no Amapá é catalogar e oferecer para restaurante locais essas informações com objetivo de incentivar a criação de pratos com as PANCS para culinária local.
Como são naturais, podem ser mais fáceis de cultivar, mais frescas e livre de agrotóxicos.