Foto: Ana Clara Rodrigues/Arquivo Pessoal
A estudante amapaense Ana Clara Souza, de 16 anos, embarca nesta sexta-feira (19) para Novo Hamburgo (RS). Ela vai apresentar na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec) um projeto que criou em Macapá a partir do uso de carcaças de caranguejo como fertilizante para plantações de soja.
O projeto é voltado para o melhoramento da produção do grão com o uso de resíduos orgânicos encontrados na região. A aluna descreveu a expectativa para participar do evento científico que vai receber delegações de todo o país e de outras partes do mundo.
“A expectativa é muito boa, por sair do estado pela segunda vez para representar o Amapá em uma mostra internacional de ciência. Espero que tenha uma boa colocação, não só isso, mas construir novos conhecimentos, amizades e a experiência no projeto. Considero que é um projeto de muita relevância social”, disse a aluna.
O projeto “K+” foi desenvolvido no laboratório de ciências da Escola Estadual Irmã Santina Rioli, em Macapá, onde Ana Clara estudou até o ano passado. Atualmente é ela é aluna da Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, também na capital.
A ideia recebeu orientação do professor Giovanne Tavares Ferreira e coorientação do professor Aldeni Melo. Para participar da Mostratec, o projeto foi aprovado e premiado na Mostra Amazônica, que ocorreu no fim de setembro em Macapá.
Sobre o projeto
O projeto recebeu o nome de “K+: análise da farinha do processamento da carcaça do caranguejo-uçá, como uso orgânico para fertilizantes na sojicultura”.
Para a produção da farinha do caranguejo-uçá, a aluna coletou carcaças e triturou no laboratório da escola. Foram realizados testes químicos e de amostragem de solo com o cultivo de alface e soja para analisar a biomassa produzida e a eficiência da farinha.
A proposta é criar uma alternativa inovadora para o melhoramento da produção de grãos como fonte de renda para moradores de comunidades do interior do estado.
Para testar a proposta, a aluna introduziu a agricultura da soja em uma comunidade com limitações de acesso.
*Por Rafael Aleixo, da Rede Amazônica AP