Amapá lança Atlas que orienta novos investimentos em usinas eólicas e solares

Serão investidos cerca de R$ 14,3 milhões para a criação do laboratório de desenvolvimento de pesquisa aplicada voltada para a questão energética regional.

Projeto que promete impulsionar a produção de energia renovável. Foto: Antônio Medeiros/Arquivo pessoal

Foi lançada, no município de Santana, nesta segunda-feira (26), a plataforma Atlas Eólico e Solar do Amapá. Com investimento de R$ 5 milhões, o estudo mapeia as áreas disponíveis para novos investimentos em energia renovável. O estado é pioneiro, no Norte, neste mapeamento.

O projeto é estudado desde a época do apagão em 2020 numa parceria entre o governo estadual, o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Na plataforma, os investimentos poderão ter acesso aos índices em tempo real do estudo.

Segundo Antônio Medeiros, coordenador de pesquisa e desenvolvimento do Instituto Senai de Inovação e Energias Renováveis (ISI-ER), foram instaladas estações de mapeamento nos municípios de Santana, Laranjal do Jari, Porto Grande, Ilha de Maracá-, Jipioca e Tartarugalzinho.

O coordenador destaca ainda que o Amapá, apesar de ainda não ter uma cadeia econômica voltada para esse tipo de energia, encontra-se numa posição geográfica privilegiada.

“Estados como o Amapá têm um potencial de desenvolvimento tecnológico para combustíveis do futuro muito grande, a gente tem muita biomassa, tem muita energia solar e muita água, que são os elementos principais da composição dos combustíveis do futuro”, detalhou Antônio.

O projeto conta com contrapartida do Senador Davi Alcolumbre. Ele destaca os pontos positivos do Amapá em relação aos outros estados.

“Temos capacidade de gerar 56 megas de energia elétrica. São duas vezes e meia Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do planeta. São duas vezes a três gargantas, sendo a maior hidrelétrica do Brasil e do mundo, na China. Nós estamos falando de transição energética, de hidrogênio verde, de energia limpa e o Amapá sai na frente desse estudo porque é o primeiro estado do Norte”, disse o senador.

Durante a programação desta segunda, foi lançada também a pedra fundamental do Instituto Margem Equatorial (IMQ), que deve funcionar como um polo para desenvolvimento sustentável da região da margem equatorial brasileira.

Serão investidos cerca de R$ 14,3 milhões para a criação do laboratório de desenvolvimento de pesquisa aplicada voltada para a questão energética regional, tanto do Amapá quanto da margem equatorial, que compreende desde a área que vai da costa do Rio Grande do Norte à do Amapá.

*Por Mariana Ferreira, Mônica Costa, g1 AP e Rede Amazônica 

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