Nem a urbanização da cidade, em mais de sete décadas, conseguiu tirar a visão das edificações dos padres, como é o caso do Instituto de Ensino Santa Teresinha e da Escola São José, anexa a um convento e a um prédio residencial para líderes religiosos.
Se no alto os edifícios alemães chamam a atenção, em uma parte mais baixa bem no centro da cidade, está a imponente Catedral Nossa Senhora da Glória. Um dos maiores pontos turísticos do município. Inaugurada em 1957, a catedral possui forma octogonal.
O monumento histórico tem em sua estrutura um milhão de tijolos maciços, madeira especial – como marfim – e o teto de bronze produzido na Alemanha.
O legado dos missionários alemães é visível por toda cidade. São escolas, capelas, seminários, abrigos, unidades de saúde, centros comunitários, prédios e conjuntos residenciais. As construções diferem das demais, pela estrutura física reforçada. Quase todas foram erguidas com tijolos maciços e possuem cobertura de telha apoiadas em madeiras de lei que podem durar séculos.
Em poucos anos, junto com a evangelização, o grupo missionário qualificou mão de obra e gerou emprego, aquecendo a economia local. Os prédios deram outra cara à cidade e junto com eles, mais religiosidade, educação, saúde e obras sociais.
Atualmente, sem os missionários alemães e os recursos conseguidos por eles, a Diocese de Cruzeiro do Sul enfrenta dificuldade para manter tudo o que foi construído. Muitas escolas foram repassadas ao Estado, assim como o Hospital Dermatológico para abrigar os hansenianos quando eram descriminados e separados do convívio familiar e social.