Mitos e verdades sobre a doação de sangue: você sabe o que é necessário para ser doador?

A prática da doação de sangue é capaz de salvar inúmeras vidas e no mês de novembro a campanha ganha reforço, por ser considerado um dos períodos com os estoques mais baixos.

Com o intuito de atrair doadores que se sensibilizem a praticar um ato de solidariedade capaz de salvar inúmeras vidas, o dia 25 de novembro foi definido como o Dia Nacional do Doador de SangueConforme dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, o mês de novembro é um dos períodos com os estoques de sangue mais baixos, com a proximidade das férias, datas comemorativas e feriados prolongados.

A transfusão de sangue acontece independente de conhecer ou não os pacientes que estão necessitando e é possível doar em qualquer momento do ano. No hemocentro de doação é oferecido o suporte necessário para a realização da transfusão, onde o sangue coletado é armazenado para o uso em transfusões das mais diversas origens.

O corpo humano retém cerca de cinco litros de sangue e o sangue coletado durante a doação corresponde a cerca de 450ml – o que ajuda a salvar até quatro vidas. No entanto, circulam muitas dúvidas e desinformações sobre o ato da doação de sangue. 

Pensando nisso, o Portal Amazônia te convida a entender mais sobre os mitos e verdades da doação de sangue.

Para doar sangue é preciso estar em jejum

MITO. Quando o voluntário se apresenta pela primeira vez para realização da doação de sangue, ele deve estar com o seu documento de identificação para informar seus dados, após o cadastro é feita uma avaliação clínica. Também é feito uma série de exames sorológicos. O item mais importante é estar bem alimentado, não é recomendável o jejum.

Foto: Reprodução/TDSA

Quem já teve malária ou hepatite não pode doar sangue

VERDADE (com ressalva). De acordo com a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), como o sangue doado é direcionado para pessoas que enfrentam cirurgias, hemorragias, acidentes ou enfrentam algum câncer no sangue, pessoas que já tiveram malária ou hepatite depois dos 10 anos de idade não podem doar sangue. Antes do voluntário ser aceito, ele passa por exames sorológicos, que verificam se existe Hepatite B e C, Sífilis, Doença de Chagas, Malária, HTLV I e II, ALT ou HIV (Aids). Quem teve febre nos últimos 30 dias também não pode doar. Além disso, durante os exames é possível obter uma tipagem sanguínea (processo que identifica a qual grupo sanguíneo o doador pertence caso desconheça). 

Idosos acima de 60 anos podem doar

VERDADE. A recomendação da faixa etária dos doadores de sangue varia entre 18 e 69 anos, com um peso a partir de 50 quilos. No caso da terceira idade, a primeira doação deve ser feita antes de completar os 60 anos, podendo continuar fazendo até os 69. Pessoas com 70 anos ou mais, não podem realizar doação de sangue devido às suas questões de saúde. Jovens de 16 e 17 anos podem doar com autorização formal do responsável ou representante legal.

Foto: Reprodução/Hemoam

Quem já recebeu transfusão de sangue pode doar

VERDADE (com ressalvas). As pessoas que já receberam alguma transfusão de sangue podem doar também. A única recomendação importante é sobre a necessidade de completar o ciclo de um ano para fazer a doação. Conforme o Ministério da Saúde, quem recebeu transfusão de sangue há menos de 12 meses ainda pode estar no período em que as doenças nem sempre são detectadas nos exames, o que fica conhecido como uma “janela imunológica”.  

Qualquer tipo de sangue pode ser recebido por qualquer pessoa

MITO. De acordo com dados do Hemoam, o grupo B contribui com 10% e o AB com apenas 3%. O sangue O- é o único universal, ou seja, pode ser transfundido em qualquer pessoa. Mas apenas 9% dos brasileiros possuem esse tipo de sanguíneo. É muito utilizado pelos hospitais, pois é o sangue que salva em situações de emergência. Já o tipo O+ é o sangue mais utilizado no Brasil. O estoque de um hemocentro deve ter, no mínimo, 50% deste tipo sanguíneo. No caso de transfusão, o ideal é o paciente receber sangue do mesmo tipo que o seu. Somente em situações de urgência/emergência lança-se mão de sangue universal.

Novidades

O Hemoam divulgou no início de fevereiro de 2023 uma informação valiosa para quem gosta de se tatuar, mas também é doador – ou pretende ser. Antes, a orientação é que só poderia doar sangue um ano após tatuar e agora o tempo de espera após o procedimento é de seis meses.

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