Um projeto da Universidade Federal Rural da Amazônia pode contribuir com a preservação e até mesmo ampliar a exportação de peixes. Pesquisadores da universidade trabalham na criação de um banco de perfil genético, inicialmente de matrizes de tambaqui e pirarucu, para a criação de alevinos (peixes recém-saídos do ovo). O objetivo do projeto é o melhoramento genético de peixes da Amazônia. O coordenador do projeto, Igor Hamoy, explica que os peixes serão mapeados e muitos deles receberão um chip para possibilitar o melhoramento genético para fins comerciais. Os piscicultores terão um login e uma senha que avaliará, dentro do banco genético, as melhores possibilidades de produção do tambaqui e do pirarucu. “Os peixes da Amazônia, quando comparados com animais como a tilápia, têm uma performance zootécnica menor. A tilápia é um animal que vem passando por melhoramento há mais de 20 anos. A solução não é criar tilápia na Amazônia, mas é melhorar geneticamente de nossos animais nativos, como o tambaqui, e esse projeto é um embrião disso”, destacou Igor Hamoy.
O coordenador do projeto acrescenta que o investimento na pesquisa sobre o perfil genético dos peixes vai fortalecer outros estudos da universidade.“Estamos comprando um sequenciador de DNA, um dos mais modernos que existe, em termos de equipamento. Também em termos de formação de recursos, neste projeto vai ter aluno de mestrado e do doutorado da Universidade Federal Rural da Amazônia e da UFPA – Universidade Federal do Pará -, colaboradora nossa.”O projeto do banco de perfil genético de peixes conta com financiamento de R$ 1 milhão, e as informações da pesquisa serão disponibilizadas gratuitamente na internet até 2019.