Festival do Beijú: corrida com tora e outros jogos tradicionais indígenas reúnem comunidades em Roraima

O objetivo do festival é fortalecer a cultura dos povos Wapichana e Macuxi da região Serra da Lua e conta com uma vasta programação com disputas de competições tradicionais indígenas.

Corrida com tora, baladeira, ralar mandioca. Essas são apenas algumas das disputas tradicionais indígenas que fazem parte do Festival do Beijú, realizado em Roraima. O evento, que ocorre durante três dias, acontece na comunidade indígena Tabalascada, localizada na região Serra da Lua, no município do Cantá. Em 2022, as competições chegaram a 11ª edição em dezembro. 

Corrida com tora é uma das modalidades do Festival do Beijú. Foto: Divulgação/Instagram-festivaldobeiju2022

O nome escolhido para o festival, Beijú, é inspirado no alimento à base de mandioca, tradicionalmente consumido pelos indígenas nas comunidades. O objetivo do festival é justamente fortalecer a cultura dos povos Wapichana e Macuxi da região Serra da Lua e conta com uma vasta programação com disputas de competições tradicionais indígenas:

Arco e flecha;
Trançar darruana;
Corrida pedestre;
Estilingue (baladeira);
Dança do parichara;
Comer mais beijú;
Cabo de guerra;
Corrida com tora;
Corrida do anikê;
Fiar algodão;
Ralar mandioca;
Subir na bacabeira;
Tomar caxiri.

Competição de caxirí também é uma modalidade do festival. Foto: Divulgação/Instagram-festivaldobeiju2022

Além dos jogos que envolvem as tradições, estão incluídas competições como futebol de campo masculino e futebol feminino society. Atrações culturais, como a escolha da rainha do festival, apresentação de teatro e festa dançante também fazem parte do evento.

A primeira edição do Festival do Beijú foi realizada em 2005 para valorizar uma das bases da alimentação dos povos indígenas em Roraima. Após a edição de 2008, o festival foi suspenso por alguns anos. Em 2013, Jodecildo Cruz se tornou tuxaua da comunidade Tabalascada, quando iniciou o planejamento para retomar a realização do evento. O tuxaua morreu no mesmo ano.

Por conta disso, o festival só foi retomado em 2014, sob a responsabilidade do tuxaua Cesar da Silva. Em 2015 o festival tomou um novo rumo. O evento ganhou grande repercussão e em 2016 teve um público nos dois últimos dias de aproximadamente 6 mil participantes. 

*Com informações do g1 Roraima

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