Kikão: a história da versão brazuca e turbinada do cachorro-quente

O empresário Alceu Pereira trouxe a receita do sul do país, mas foi no Amazonas que o kikão se popularizou 

Salsicha, pão, molho, ketchup e maionese. Reconheceu esse sanduíche? Sim, o assunto de hoje é o adorado kikão, o irmão do hot dog, que no Brasil foi batizado de cachorro-quente e ganhou diversas versões pelo mundo afora.

A história do prato americano no Amazonas começou em 1974, quando o empresário Alceu Pereira inaugurou um carrinho de cachorro-quente na Praça da Polícia. A receita surgiu no Rio Grande do Sul, terra natal de Pereira, mas foi no Amazonas que ganhou uma grande repercussão.

Lanche Kikão Centro. Foto: Ricardo Conte/Manaus, uma viagem no tempo

Com o prato criado, faltava apenas nomeá-lo. A ideia inicial era usar a expressão “que cão”, devido ao formato da salsicha que lembrava o cachorro da raça dachshund, conhecido como cachorro salsicha. Por essa razão, o empresário optou por escrever “Ki-Kão”, com dois ‘K’.

Pelas mãos de Pereira, o kikão ganhou uma personalidade própria. Sem economizar nos ingredientes, o empresário juntou a delicadeza do pão massa fina com a salsicha cozida, além de um molho feito com extrato de tomate, creme de leite e verduras. Já no topo do sanduíche, ketchup, maionese, batata palha e queijo ralado.

Foto: Reprodução/Facebook

O negócio deu certo e o Kikão de Pereira ganhou admiradores por toda a cidade. Inclusive, a barraca de Kikão do empresário mudou de endereço, saiu da Praça da Polícia para o Largo de São Sebastião, além de expandir para a Bola da Suframa e Boulevard. O empreendimento funcionou até o início da década de 90.

Infelizmente, em fevereiro de 2021, Alceu faleceu em São Paulo, onde se tratava de um câncer.

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