Guaraná e Copaíba: conheça os frutos que são os olhos da Amazônia

A flora da região amazônica é cheia de surpresas. Alguns frutos são tão curiosos que chamam a atenção por suas características peculiares.

A flora da região amazônica é cheia de surpresas. Alguns frutos são tão curiosos que chamam a atenção por suas características peculiares. E existem duas que são consideradas os olhos amazônicos: guaraná e copaíba

Mas, porque esses frutos são tão diferenciados? Tanto o guaraná, quanto a copaíba possuem formatos diferentes, que lembram olhos humanos. 
Foto: Reprodução

Guaraná

O guaraná é um fruto popular, encontrado no Brasil e na Venezuela. É cultivado principalmente no município de Maués, no Amazonas. Seu nome científico é Paullinia cupana Kunth e pertence a família Sapindaceae. O nome Paullinia foi atribuído em homenagem ao médico e botânico alemão Simon Pauli. É também conhecido por uaraná, narana, guaranauva, guaranaina, guaraná cerebral e guaraná-da-Amazônia.

O fruto possui grande quantidade de cafeína (chamada de guaraína quando encontrada no guaraná) e devido a suas propriedades estimulantes é usada na fabricação de xaropes, barras, pós e refrigerantes. Tem casca vermelha e quando maduro deixa aparecer a polpa branca e suas sementes, assemelhando-se com olhos. 

Na região próxima ao município de Maués os indígenas saterê-mawé têm lendas sobre a origem da planta. Eles consideravam o guaraná sagrado e utilizavam pasta como remédio. 

Guaraná. Foto: Reprodução/ Idesam

O guaranazeiro foi estudado pela primeira vez, em 1826, por Von Martius. Nesta época, já se difundiam na Europa informações sobre as qualidades terapêuticas da planta.

A cidade de Maués, no Amazonas, é o maior produtor da planta na Amazônia, colhe e vende tudo o que planta – cerca de 180 toneladas anuais, produzidas por pouco mais de 3 mil pequenos agricultores.

Leia também: Saiba como o guaraná se tornou símbolo da cultura de Maués

Até os anos 80, Maués era líder absoluta na produção do guaraná, com 90% da pequena produção brasileira, mas a ampliação do uso comercial da semente, incorporada pela indústria farmacêutica e de beleza, animou milhares de agricultores no baixo sul da Bahia, na antiga zona cacaueira a plantarem o produto.

Copaíba

Outro olho da Amazônia? Sim! E é o “olho que cura”. Trata-se da copaíba, um dos principais frutos medicinais da região. Ela é utilizada na medicina popular, devido às propriedades etnofarmacológicas do óleo resina, extraído do tronco de suas espécies. Os óleos de espécies de Copaifera são comumente comercializados em mercados, feiras e até mesmo farmácias da região.

Copaíba. Foto: Divulgação

Seus óleos são muito procurados. O Óleo de Copaifera reticulata é mais fino, de odor fraco e coloração amarelo-claro; o de C. duckei é mais viscoso, de odor forte e coloração vermelho intenso; e o de C. martii é mais denso, de odor forte e coloração marrom.


Com ação anti-inflamatória e antisséptica, a copaíba e muito utilizada para aliviar inflamações, problemas de pele, feridas e machucados abertos. O uso se dá pela administração oral ou tópica.



Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Publicidade

Mais acessadas:

Fitoterapia brasileira perde a botânica e farmacêutica Terezinha Rêgo

Reconhecida internacionalmente, a pesquisadora desenvolveu projetos como a horta medicinal que beneficiou centenas de famílias periféricas no Maranhão e revelou revolta em caso que envolvia plantas amazônicas.
Publicidade

Leia também

Publicidade