Foi realizado, na manhã deste domingo (18) evento em alusão ao Dia da Síndrome de Down, a ser comemorado no próximo dia 21 de março. Durante toda a manhã do domingo, na Praça Batista Campos, centro da capital paraense, órgãos que tratam da pessoa com Síndrome de Down no Estado expuseram seus trabalhos e chamaram a atenção para a importância da educação inclusiva.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) é uma das instituições que integram o comitê gestor do Plano Estadual de Ações Integradas à Pessoa com Deficiência (Existir), lançado em 2012 pelo Governo do Estado, com o objetivo de garantir ações nos campos da saúde, educação, acessibilidade e inclusão social para a promoção dos direitos fundamentais da pessoa com deficiência.
“Como membro do grupo gestor do Plano Existir, a Coordenadoria de Educação Especial, veio ao evento para apresentar as suas ações para esse público. E esse trabalho consiste no Atendimento Educacional Especializado, tanto nas escolas de ensino regular, por meio das salas de recursos multifuncionais, quanto nas instituições conveniadas com a Seduc, como é o caso da Associação de Pais e Amigos do Excepcional (Apae), entre outras”, detalhou a técnica da coordenadoria, Francinete Amaro.
A dona de casa Gardener Castro, fez questão de acompanhar a apresentação de dança do filho único, Gabriel, de 23 anos, portador da Síndrome de Down. Ela conta que, pela manhã, Gabriel tem acompanhamento pela Apae e, à tarde, estuda em uma escola pública. “Esse tipo de evento é muito importante, pois ele serve para mostrar à sociedade o quanto as pessoas com Síndrome de Down são capazes, apesar do preconceito que ainda existe. Meu filho, por exemplo, faz teatro, dança e é uma pessoa extremamente extrovertida, faz amizade com todo mundo”, relatou.
A mesma emoção tem a dona de casa Claudia Batista, mãe de William, de 24 anos, portador da Síndrome de Down. Ela relata que o rapaz também recebe acompanhamento por meio da Apae há dez anos e, durante esse tempo, conseguiu se desenvolver de uma maneira surpreendente. “Lá na Apae ele participa de várias atividades, como a dança, o esporte, a informática, entre outras. E isso o ajuda bastante, sobretudo na comunicação com as outras pessoas”, avaliou.
Atualmente, em todo o Estado, cerca de 3,4 mil alunos com deficiência intelectual/Síndrome de Down são atendidos. Esses estudantes têm o direito, garantido pelas normativas legais, de receber o Atendimento Educacional Especializado ofertado prioritariamente no contraturno escolar. Segundo a Política Nacional da Educação Especial, o atendimento está condicionado à efetivação da matrícula do estudante em escola da rede regular de ensino.