Além disso, a programação comemorativa conta com uma edição especial do projeto de socialização do conhecimento ‘Circuito da Ciência’, nesta sexta-feira (28), e ainda a ‘Virada Sustentável Manaus’ com cerca de 30 atividades educativas e culturais no fim de semana. A entrada no Bosque da Ciência, onde acontecem as atividades, é gratuita a partir desta quinta-feira (27) até domingo (30). O bosque está localizado na Rua Bem Te Vi, s/nº, Petrópolis.
Recuperação
As obras da torre começaram em março deste ano. O objetivo da obra é permitir que mais pesquisas sejam implementadas e que exista maior interação com o público por meio do turismo científico e da divulgação. Construída na década de 1970 para medições meteorológicas, a torre da ZF-2 já serviu de base de pesquisas para diversos projetos do Inpa, nas áreas de fenologia de árvores, ciclos químicos atmosféricos, mudanças climáticas e de várias teses e dissertações de pós-graduação.
Com 40 metros de altura e plataforma de 36 metros quadrados, cercado por 360 graus de floresta intacta até o alcançar da vista, também se tornou destino preferido para a observação e fotografia de aves e para cursos sobre a floresta amazônica.
Para o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, essa torre é simbólica: “É o novo com o velho juntos numa formatação diferente para um novo momento do Inpa, que tem história e protagonismo de pesquisa na Amazônia”.
Experiência
De acordo com o pesquisador do Inpa e integrante do projeto Museu na Floresta, o ornitólogo Mario Cohn-Haft, a torre da ZF2 é crucial para pesquisas e observações, oferecendo uma “experiência inigualável”. “Essa torre tem uma importância histórica, por ser a mais antiga da Amazônia ainda em pé e servindo de inspirações para outras torres. É um equipamento bem construído, de peso e grau de segurança incríveis”, lembra.
A recuperação da torre é uma obra do projeto ‘Museu na Floresta’, uma parceria do Inpa com a Universidade de Kyoto, e com o patrocínio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). O projeto tem por finalidade a conservação da biodiversidade na Amazônia com base em um novo conceito de museu.
“Durante todos esses anos da torre ela nunca sofreu uma manutenção tão detalhada e minuciosa como agora. Vamos ter novamente essa torre fantástica provavelmente por outros 50 anos no mínimo e que vai oferecer oportunidades para pesquisa e principalmente de visitação do não cientista que tem interesse na natureza, na preservação, como os observadores de pássaros”, disse a coordenadora no Brasil do projeto Museu na Floresta e pesquisadora no Inpa, vera da Silva.
Além de restaurar a torre da ZF-2, o Museu na Floresta está revitalizando estruturas existentes do Inpa, como a exposição na Casa da Ciência, o sistema de filtragem da água dos tanques dos peixes-bois, ambos no Bosque da Ciência, e faz a instalação da base de pesquisa e de turismo científico no rio Cuieiras, localizada na Reserva Ecológica do Cuieiras, próxima a Novo Airão.
“Essa infraestrutura que o Museu da Floresta proporcionará aos brasileiros é de grande importância, porque abrirá novas perspectivas de trabalho e logística facilitando nossa vida, dos alunos e dos visitantes”, ressaltou Silva.
As visitas técnicas e científicas nas reservas e estações de pesquisas do Inpa são previamente solicitadas à Divisão de Suporte às Estações e Reservas (Diser) do Inpa. Para mais informações: (92) 3643-3377 ou (92) 3643-3192 (Bosque da Ciência).