Em 2018 a Prefeitura de Manaus e o governo do Amazonas prometem dar vida a prédios antigos, e históricos, do Centro da cidade dentro de projetos de requalificação e restauração, alguns deles abandonados há décadas, outros que só continuarão a servir à população, seja com eventos esportivos ou de arte.
Um desses prédios é o Paço da Liberdade, que já funciona como espaço cultural, na praça D. Pedro II, mas que vai ser transformado no Museu da Cidade. Ainda em processo de restauração, também serão entregues em 2018 as duas casas mais antigas de Manaus, denominadas casas 69 e 77, e o Casarão de São Vicente, todos na rua Bernardo Ramos, além do Les Atistes Café Teatro, na avenida Sete 7 de Setembro.
Compõem, ainda, o plano estratégico municipal para o Centro Histórico da cidade, a Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista, na praça do Congresso; as praças Adalberto Valle e Tenreiro Aranha; além dos antigos prédios do Hotel Cassina, o famoso Cabaré Chinelo, na praça D. Pedro II; e da Câmara Municipal, na avenida Sete de Setembro. Iniciada em 2013, a retomada da prefeitura no resgate do Centro Histórico de Manaus foi responsável por reabrir o Mercado Municipal Adolpho Lisboa e requalificar a avenida Eduardo Ribeiro e a Praça XV de Novembro (Matriz).
Outro prédio que será reativado em 2018 é o Museu do Porto. Tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 2002, o Museu do Porto passou a integrar o projeto de ressignificação do Centro Histórico de Manaus, após a prefeitura ter assinado um termo de posse do prédio histórico, localizado na rua Governador Vitório com Vivaldo Lima. A cessão do prédio foi um pedido da prefeitura à SPU (Superintendência do Patrimônio da União), intermediado pelo MPF (Ministério Público Federal), em função da importância e do valor histórico do Museu do Porto no contexto geográfico onde ele está inserido.
Sambódromo e Teatro Amazonas
Para o sambódromo, até agora já está confirmado pela Secretaria Estadual de Cultura (SEC) o desfile das escolas de samba, que este ano acontece no sábado (10 de fevereiro), com as escolas de samba do Grupo Especial: Reino Unido da Liberdade, a campeã de 2017; Vitória Régia, A Grande Família, Mocidade Independente de Aparecida; Unidos do Alvorada, Andanças de Ciganos; Sem Compromisso e a escola campeã do grupo de acesso A, Primos da Ilha, que volta para o Grupo Especial, além dos desfiles dos grupos de acesso.
Teatro Amazonas, outro espaço administrado pela SEC, janeiro já começa repleto de programações. No domingo (7), acontece a apresentação da Ovam (Orquestra de Violões do Amazonas), às 19h; na terça-feira (9), a Ovam faz uma reapresentação, às 20h. Nos dois eventos os ingressos custam a R$ 50, (inteira). Na sexta-feira (12), às 20h, o Teatro recebe o espetáculo ‘Cúmplices das Arte Autoral’, com classificação livre e ingressos a R$ 20, (inteira). No dia seguinte, sábado (13), também às 20h, é a vez do ‘Show Regional Banda Tucandeira’, com músicas regionais e beiradão. A classificação é livre e a entrada é franca.
Quarta-feira (24), a Amazonas Jazz Band sobe ao palco para fazer sua apresentação com ingressos a R$ 50, (inteira); no sábado (27), José Evangelista Torres faz o show ‘Holly Bossa’, com ingressos a R$ 20. Fechando o mês, na quarta-feira (31), Lairton Oliveira da Silva, realiza o espetáculo ‘Amazônia Instrumental’, com entrada franca. Todos os eventos começarão às 20h. Centro de Cultura Popular Finalmente, depois de desativada em outubro de 2016, reativada em janeiro de 2017 e desativada novamente em maio de 2017, a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, com seus 111 anos de existência, deve ser transformada em espaço cultural.
Em dezembro os secretários de Cultura, Denílson Novo, e de Administração e Gestão, Angela Bulbol, visitaram as instalações da antiga cadeia e anunciaram o projeto de restauração de todo o complexo, que será transformado em Centro de Cultura Popular do Amazonas. “Nós vamos resgatar todas as formas de expressão da cultura popular e das nossas raízes, que, até hoje, não têm um espaço destinado a elas”, disse Denílson Novo.
Para a diretora do Departamento de Patrimônio Histórico, Regina Lobato, a ideia de restauração da Cadeia Pública tem como principal objetivo resgatar as manifestações da Cultura Popular, como as festas tradicionais, o artesanato, a música e a gastronomia regional. “Já temos as plantas e o modelo arquitetônico no qual será realizado o Centro de Cultura Popular.
Os critérios para reformulação serão preservar tudo que for original e dar espaço para novas histórias”, destacou. Projeto do Centro inclui oficinas e cursos de capacitação para a produção de artesanato, apresentações culturais e exposições por meio de uma parceria que deve ser oficializada através de um Termo de Cooperação Técnica entre a SEC e a Secretaria de Trabalho (Setrab). Dessa forma, o prédio vai dar espaço às atividades culturais, comércio de artesanato e ações de capacitação para artesãos.