“Esse é um dos poucos lugares que eu tenho prazer em frequentar aqui em Belém. O Líbero faz parte da minha história. Aqui me refugiei por várias vezes quando, ao me expressar, era repreendido”, confidencia seu Orlando ao fazer uma breve viagem pela sua juventude.
Querido cinema
Cineasta paulistano com alma paraense, Líbero Luxardo foi um pioneiro na produção de longas metragens em nossa região. Seu nome empresta prestígio a cinema é considerado hoje um dos mais importantes do circuito alternativo de Belém e nacional. Em 2016, recebeu 18 mil pessoas. O mesmo público fiel que segue defendendo o local, por vez ou outra, como instrumento didático crucial para a formação crítica das novas gerações.
Carinhosamente chamado de “Cineminha do Centur”, o Líbero é uma sala simples, porém cheia de peculiaridades – justamente por causa das projeções de películas preferencialmente não comerciais exibidas diariamente.
A reunião cultural que o cinema propicia, que inclui do mais experiente, como Orlando e seus 65 anos, às dezenas de jovens que entram e saem todos os dias da sala de exibição, faz do Líbero Luxardo um espaço único da Belém que faz 401 anos – e algo muito além do mero espaço que oferece o acesso ao cinema de arte.
“Isso tudo é bem mais que uma sala de cinema. O Líbero foi, por muitos anos, meu espaço de libertação pessoal e cultural, e ponto de encontros amorosos que faço questão de lembrar”, sorri seu Orlando.