Carlos afirma que o animal não avançou ao perceber a presença dele na água. “Na verdade, ela foi se afastando à medida que eu entrava no rio. Ela parecia ter algo na barriga. Por isso, não se mexia. Tirei a foto e saí da água. Depois, já não a vi mais”, acrescentou.
Em comentários nas diversas postagens da foto, internautas mostraram espanto e até brincaram com a situação. Comentários como “Eu amo esses animais, só que não queria encontrá-los assim. #medo”, “Eu já estaria correndo sobre as águas…” e “Menino, tenha amor pela vida. Eu só de ver esta foto quase tenho um troço”, acompanham a publicação.
‘Força para matar ou afogar pessoa’
De acordo com a pesquisadora de cobras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Luciana Frazão, não é comum ter registros frequentes de ataques de sucuris a humanos. Conforme ela, a espécie de cobra não é venenosa, porém, tem grandes tamanhos e força. O autônomo estima que a cobra vista em Nhamundá tenha entre 4 e 5 metros de comprimento.
“Elas alcançam de 7 a 8 metros. Já teve registros de sucuris maiores de até 10 metros. Apesar de não serem venenosas, elas mordem e podem afogar uma pessoa, por ter muita força”, disse Luciana.
A pesquisadora informou ainda que as sucuris não têm humanos como presas, mas podem atacar caso se sintam ameaçadas. “Como elas são muito fortes quando adultas, as sucuris podem sim ter força suficiente para matar uma pessoa ou até afogá-la. Já que são mais aquáticas e podem segurar uma pessoa embaixo da água”, comentou.
Após analisar a foto publicada por Carlos, a pesquisadora de cobras orientou para pessoas que encontrem uma sucuri que deve ser mantido um respeito e uma distância segura para que não haja risco.