Game com personagens da Amazônia quer popularizar folclore brasileiro

Para o ilustrador brasileiro Joe Santos, o folclore brasileiro deveria ter a mesma popularidade que as mitologias dos povos nórdicos e gregos. No entanto, com uma roupagem mais adulta e sombria. Para concretizar este desejo, ele criou o game “Guerreiros Folclóricos – O Reino de Tupã“, inspirado em lendas da cultura do Brasil. Agora, o ilustrador e seus sócios, buscam financiar coletivamente a ideia.

O game conta a história do Kambaí, um índio guerreiro que deve impedir o saci de invadir as terras de Akakor, um Eldorado ficcional. Além deles, o jogo também tem outros personagens muito populares na Amazônia como como mapinguari, iara, matinta perera e curupira. Até o lobisomen e a alamoa se fazem presentes.

“Eu acho o nosso folclore tão interessante quanto as histórias de gregos e nórdicos. Por isso resolvi criar um jogo que pudesse mostrar o outro lado, longe dos contos infantis”, explica o ilustrador apaixonado por desenho e pelas histórias contadas por seus avós sobre as criaturas mágicas do País.

Quando criança, Joe teve contato com as histórias de seres como o saci e a caipora nos livros de Monteiro Lobato. Entretanto, foi na boca dos avós que esses seres ganharam vida, personalidade e forma, às vezes muito mais obscuras e misteriosas do que nas páginas dos livros.

Joe aprendeu a desenhar aos oito anos, escolheu o hobby como profissão e chegou à vida adulta fazendo ilustrações e peças de computação gráfica. Aos 23 anos, migrou para a área de produção de jogos. Durante o processo de criação de um game, surgiu a inspiração com as histórias que ouvia na infância.

Financiamento coletivo

O projeto está no site Catarse onde os usuários que realizarem doações poderão adquirir o jogo e outras recompensas. A campanha pretende arrecadar R$150 mil até o próximo dia 2 de outubro. Atualmente, o projeto alcançou 4% deste total. Para eles, não apenas o entretenimento, mas a cultura brasileira também vai ganhar com financiamento. “Queremos muito concretizar a ideia, porque isso vai ajudar as pessoas do Brasil e do mundo a enxergarem nossa cultura”, diz Joe.

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